O corpo ainda fervia por causa da corrida e da luta com o ladrão. Luna respirava ofegante, olhando o assaltante amarrado no chão. Ia chamar a polícia, mas antes que pudesse fazer qualquer coisa...
???
— Você tem o sangue. Dá pra ver.
Ela virou-se assustada.
Um homem alto, de sobretudo preto e cabelos grisalhos a observava da sombra de um beco. Os olhos dele carregavam uma mistura de surpresa e... respeito.
Luna
— Quem é você? — perguntou Luna, se afastando um pouco.
Ele deu um pequeno sorriso, como se soubesse um segredo antigo.
???
— Acha mesmo que uma garota comum conseguiria correr como você correu? Bater como você bateu? Amarrar um ladrão com uma corda improvisada como se fosse treinada?
Luna não respondeu. Estava paralisada.
???
— Você não é só uma garota comum. Você tem sangue de mafioso correndo nessas veias. E isso... não se ensina. — Ele deu meia-volta. — Em breve, você vai entender.
Luna
— ESPERA! Como você sabe disso?
Mas o homem já havia sumido pela esquina, deixando Luna com o coração disparado e mil perguntas na cabeça.
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De volta à casa de Aurora, Luna não conseguiu dormir.
Ficou sentada na cama, olhando o teto, revivendo cada palavra daquele homem. "Sangue de mafioso".
Ela não sabia o que aquilo queria dizer. Mas soava como algo grande. Proibido. Pessoal.
Quando Aurora voltou do banho, percebeu que Luna estava estranha.
Aurora
— Tá tudo bem?
Luna
— Tudo. Só cansada — mentiu Luna, forçando um sorriso.
Luna
— Acho que a adrenalina do ladrão ainda tá em mim.
Aurora observou a amiga por alguns segundos, mas decidiu não forçar. Sabia que Luna só falava quando estivesse pronta.
Na manhã seguinte, Aurora se despediu dela com um abraço apertado.
Aurora
— Se cuida, Luninha. Amanhã a gente se vê, tá?
Luna
— Tá. Obrigada por tudo.
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Em casa...
Paula
— Luna, vem almoçar! — chamou Paula, a mãe adotiva, com a voz doce de sempre.
Elas almoçaram juntas, arroz, feijão, frango e um suco de maracujá que Luna adorava.
Paula
— Amanhã você volta pra escola, hein. E vê se não dorme tarde hoje.
Luna
— Pode deixar, mãe.
Depois do almoço, Luna tomou um banho demorado. Sentia a água escorrer pelo corpo como se lavasse os pensamentos, mas não levava embora a confusão dentro dela.
Vestiu o uniforme da cafeteria, amarrou o cabelo num coque e foi trabalhar.
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Na cafeteria...
Assim que entrou, sentiu os olhares. Pessoas que a conheciam, que sabiam dos escândalos dos ex-namorados, cochichavam, sussurravam entre si.
Algumas a olhavam com pena. Outras, com julgamento. Mas Luna... só ignorou.
Colocou o avental, ajeitou o broche com seu nome e foi direto ao balcão.
Luna
— Bom dia, posso ajudar?
Um cliente arrogante bufou.
???
— Só quero meu café. E sem drama dessa vez, hein.
Luna sorriu, serena.
Luna
— Claro, senhor. Com ou sem açúcar?
Se tinha aprendido algo, era que não valia a pena perder tempo com quem não valia nada.
Mas a sensação estranha de que algo estava para acontecer... permanecia.
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No final do expediente...
Já era noite.
A cafeteria estava quase vazia.
Foi quando um som estranho ecoou pela porta dos fundos. Um barulho metálico, como se algo tivesse sido arrombado.
Luna se virou, lentamente. A colega de trabalho congelou.
Luna
— Que... foi isso?
Antes que pudessem pensar, a porta principal foi chutada.
Dois homens mascarados entraram com armas em punho.
???
— ISSO É UM ASSALTO! TODO MUNDO NO CHÃO!
???
— ISSO É UM ASSALTO! TODO MUNDO NO CHÃO!
(Os dois falar juntos)
Luna gelou. O coração batia forte.
E então... os olhos dela se acenderam.
Luna gelou. O coração batia forte.
Ela tinha duas opções.
1. Ficar no chão e deixar tudo acontecer.
2. Ou deixar o sangue que corre em suas veias... agir.
Comments
Mokey D.Luffy
Que história incrível! Mas falta o próximo capítulo... 😅 Tenho pressa!
2025-05-30
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