Capítulo 2 – As Aparências Enganam

Continuação...
Boa leitura🙇📖
Capítulo 2 – As Aparências Enganam.
Era um dia normal de trabalho na cafeteria.
O cheiro de café moído misturado ao som das xícaras tilintando sobre o balcão criava um clima calmo, até acolhedor. Luna, com o avental preto e o cabelo preso em um coque rápido, anotava pedidos com paciência. Os clientes já a conheciam — alguns a respeitavam, outros abusavam de sua gentileza.
E então, ele apareceu.
Caio Morel. Alto, cabelo bagunçado propositalmente, sorriso de canto. Conhecido na cidade por ser “bom de papo”, e por nunca manter um relacionamento que durasse mais do que dois meses.
Daniel
Daniel
— Um cappuccino duplo... e o seu número, se não for pedir demais — disse ele, piscando.
Luna riu sem graça.
Luna
Luna
— Quer açúcar também, ou sua cantada já basta?
Ele continuou insistente, mas de maneira charmosa. E Luna, ainda inexperiente no amor, acabou cedendo. Trocaram números, começaram a conversar, se encontraram algumas vezes fora do café. Ele era divertido, mandava mensagens fofas, dizia que ela era "diferente de todas as outras". Luna acreditou.
Paula ficou desconfiada desde o início.
Paula
Paula
— Gente assim não aparece do nada — avisou. — Fica esperta, Luna.
Mas Luna queria sentir algo. Sentir que alguém a escolhia.
O relacionamento durou dois meses.
Foi o suficiente para o encanto quebrar.
Ela descobriu a traição da pior forma: Caio saindo de uma festa com outra garota no colo. Ele ainda teve a audácia de dizer:
Daniel
Daniel
— Relaxa, Luna. A gente nem era algo sério.
Ela o enfrentou na praça principal da cidade. Chorando, furiosa, magoada.
Luna
Luna
— Você me enganou! Mentiu! Me fez sentir como se eu fosse especial!
Caio perdeu a paciência.
Daniel
Daniel
— Você é só uma órfã sortuda que foi criada por uma família de pena. Acha mesmo que alguém como eu ia querer algo sério com você?
E então, ele a empurrou.
O que Caio não esperava era que, mesmo com lágrimas nos olhos, Luna reagisse.
Dois golpes secos de karatê. Um chute no joelho. Um soco direto no maxilar.
Ela havia treinado em segredo com um velho vizinho japonês desde os 12. "Para se defender", dizia Paula. Mas, naquela noite, Luna descobriu que era capaz de muito mais.
Caio caiu no chão, sangrando do nariz.
Luna
Luna
— Chega perto de mim de novo, e eu juro que vai sair de cadeira de rodas — disse Luna, com os olhos gelados.
Mas o assunto não terminou ali.
David ouviu os boatos. Um amigo o avisou: "O tal Caio agrediu sua irmã."
David não pensou duas vezes.
Procurou o cara naquela mesma noite. Achou Caio bebendo em um bar e, antes que ele reagisse, quebrou-lhe o nariz e duas costelas.
David
David
— Se você chegar perto dela de novo, nem o hospital vai dar conta de te reconstruir — murmurou, deixando Caio caído no chão do beco.
David voltou para casa com os nós dos dedos ensanguentados, mas em silêncio. Quando Luna o viu no dia seguinte, ele apenas disse:
David
David
— Cuida de ti. Só isso.
Luna nunca soube o que aconteceu exatamente. Só notou que Caio sumiu da cidade dias depois.
E, pela primeira vez, ela viu um brilho estranho nos olhos de David. Algo entre raiva e... proteção.
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Continuação...
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