Capítulo 4 – A Primeira Noite na Casa do Dono da Máfia
Continuação...
Tenho uma boa leitura🙇📖
Capítulo 4 – A Primeira Noite na Casa do Dono da Máfia
Aurora
— Você precisa de um respiro — disse Aurora, enquanto empurrava uma mochila para Luna. — Vamos fazer uma noite só nossa. Pipoca, filme ruim, conversa de verdade. Tipo irmãs.
Luna hesitou.
Luna
— Eu não quero incomodar você...
Aurora
—É claro que não vai me incomoda, também eu não tenho nada para fazer— Aurora responder dando uma risadas.
Aurora
— E também está é sua casa Lu.— Aurora da um sorriso.
Aurora morava numa casa grande, moderna e aconchegante, um contraste total com o ambiente mais humilde de Luna. Ainda assim, a energia era calorosa. Luna se sentiu bem, quase segura.
No quarto de Aurora, cercadas por almofadas, cobertores e luzinhas penduradas, elas comeram chocolate, assistiram comédia romântica e, finalmente, Luna desabou.
Luna
— Eu sinto que tudo que eu faço, quebra. Todos os caras... eles me usam, me traem, me tratam como se eu não valesse nada. Será que sou o problema?
Aurora segurou firme a mão dela.
Aurora
— O problema são eles. Homens fracos têm medo de mulheres fortes. E você é forte, Luna. Mesmo sem saber de onde vem, mesmo sem entender quem é de verdade. Você é mais do que eles mereciam.
Luna chorou baixinho. Pela primeira vez, sem vergonha.
Alguns minutos depois, Aurora foi até a cozinha procurar algo para comer. Luna ficou na sala, observando os quadros luxuosos nas paredes, os móveis caros. Tudo ali era tão distante de sua realidade que ela se sentia fora do lugar.
A sala
A cozinha
Foi então que a porta da frente se abriu com um estalo firme.
Entrou um homem alto, de expressão fria, terno escuro impecável, o cabelo penteado para trás com precisão cirúrgica. Os olhos eram penetrantes, quase ameaçadores.
Noah.
Ele parou ao ver Luna no sofá, surpresa, de moletom e pantufas cor-de-rosa. Ela se levantou rapidamente.
Luna
— Ah... me desculpa. Eu... estou aqui com a Aurora... — gaguejou.
Aurora voltou da cozinha com um pacote de biscoitos na mão e viu os dois frente a frente.
Aurora
— Ah, ótimo! Vocês se conheceram! — sorriu.
Aurora
— Luna, esse é meu irmão, Noah. Noah, essa é minha melhor amiga.
Luna
— Você tem um irmão? — Luna perguntou, surpresa.
Aurora
— Eu achava que já tinha falado... — respondeu Aurora, pensativa.
Noah não disse muito. Apenas olhou para Luna de cima a baixo, como quem tenta decifrar um livro fechado.
Noah
— Prazer. — disse ele, com voz baixa.
Houve um silêncio desconfortável. Mas algo ali... brilhou. Um reconhecimento sem nome.
Aurora
— Luna, você pode ir até o mercado da esquina comprar refrigerante? Esqueci de pegar.
Luna assentiu e saiu com uma pequena lista na mão.
Mas, ao sair da loja, distraída, não percebeu a aproximação rápida de um rapaz encapuzado.
???
— Passa o celular e a bolsa! AGORA!
Antes mesmo de terminar a frase, o ladrão arrancou a bolsa de suas mãos e correu. Mas o que ele não esperava era que Luna também corresse.
Com passos rápidos e impulsionados por pura adrenalina (e talvez por sua origem desconhecida), ela o perseguiu por duas ruas até que ele tropeçou e caiu ao lado de um muro com restos de corda e entulho.
Luna não pensou.
Ajoelhou-se sobre ele, imobilizou seu braço com um golpe de karatê, amarrou-o com a corda e deu um soco direto no estômago.
O ladrão gemeu de dor.
Ela ofegava, com o cabelo bagunçado, os olhos brilhando de fúria e orgulho. O coração acelerado.
Foi nesse exato momento que uma sombra se projetou sobre a cena.
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