Do outro lado da cidade, Eros caminhava pelo submundo - um antigo templo sob a terra, onde os acordos mais perigosos eram feitos. Havia ali bruxas velhas, lycans cobertos de runas, e dhampirs com sorrisos traiçoeiros.
Um deles, alto e magro como uma sombra viva, se adiantou.
- Eros. Achei que estivesse morto ou apaixonado.
- Talvez os dois - respondeu, seco.
- Ouvi boatos. A menina com sangue raro. É verdade?
Eros ficou imóvel. Só os olhos se moveram, frios como gelo antigo.
- Se você ou qualquer um de vocês se aproximar dela, eu vou arrancar seus corações um por um.
O dhampir riu.
- Está apaixonado por uma humana. Quão patético.
- Não é amor. É guerra.
O clima mudou. A tensão tornou o ar mais pesado.
Uma bruxa sussurrou de um canto:
- Se ela é quem pensamos, não pode ser escondida por muito tempo. O Conselho vai descobrir. Os caçadores também.
Eros virou-se.
- Então deixem que venham. E descubram o que acontece quando tocam no que é meu.
De volta à mansão, Ginebra tomou banho para tentar afastar as visões que começavam a surgir mesmo desperta. Vultos passando pelo espelho. Vozes em idiomas esquecidos. E agora, uma marca surgindo em sua pele - um traço vermelho como se fosse queimado sob sua clavícula.
Um símbolo. A mesma chave com espinhos.
Ela tocou a marca e sentiu o calor pulsar. A respiração ficou difícil. O quarto girou.
No espelho, a mulher de olhos dourados voltou. Mas agora, sorria.
- Gin... você está acordando.
Quando Eros atravessou a porta da mansão, o cheiro de sangue e magia o atingiu como um soco. Ele correu pelas escadas, a visão se tornando vermelha.
Ginebra estava no chão do quarto, tremendo. A marca sob sua clavícula brilhava como ferro em brasa, pulsando com uma energia antiga e viva.
- Gin! - Ele a segurou nos braços, os olhos arregalados. - Fala comigo!
- Eu... não consigo respirar. Está... queimando!
- A marca... - ele rosnou entre os dentes. - Está despertando sua herança. Sua linhagem.
Ela arfava. O suor escorria por sua testa, o corpo arqueado como se estivesse entre o êxtase e a dor.
Eros não pensou. Rasgou o próprio pulso com os dentes e encostou-o aos lábios dela.
- Bebe. Agora.
- O quê...?
- Meu sangue vai estabilizar. Te ancorar.
Ela relutou, mas ao sentir o gosto dele - ferro, vinho e algo indescritível - sua garganta reagiu por instinto. Eros gemeu ao sentir os lábios dela sobre sua pele.
- Isso... é perigoso - murmurou ele. - Você vai sentir... tudo.
Ela bebeu até o corte se fechar, e então gritou.
Visões explodiram na mente de Ginebra. Campos de batalha. Rituais de sangue. Ela em outra vida, outra época - de mãos dadas com uma figura de olhos vermelhos. Não Eros. Outro.
- Eu... já vivi isso?
Eros a deitou devagar na cama, as mãos tremendo.
- O sangue despertou suas memórias ancestrais. Gin... você não é só uma humana marcada. Você é o fim de uma linhagem proibida. Um elo perdido.
Ela o encarou, ainda meio em transe.
- E você...?
Ele se aproximou. Tocou o rosto dela.
- Eu sou o predador que te mordeu. O louco que não consegue parar de pensar no gosto do seu sangue. E o idiota que te apelidou de Gin tônica porque ficou bêbado com você.
Ela riu fraco, mas os olhos estavam cheios.
- Você é meu primeiro abrigo. Mesmo sendo... um monstro.
- Eu sou o monstro que te protege de monstros piores.
Os dois se encararam. E naquele silêncio pesado e mágico, houve entendimento. Havia desejo - sim. Mas também dor, trauma, conexão. Um começo torto, mas inevitável.
Eros se aproximou, roçando os lábios nos dela.
- Se me deixar, eu te mostro tudo. Mas uma vez que cruzarmos essa linha, não vai ter volta. Você vai ser minha. E eu seu.
Ginebra o puxou pela nuca.
- Já sou, Eros. Já sou.
O beijo veio como fogo e gelo. Ardente e gelado. Uma união de dois mundos quebrados que finalmente se encontravam no caos.
Enquanto os dois se entregavam à conexão que crescia entre eles, no subsolo do mundo, sinos antigos soaram. Figuras encapuzadas se reuniam sob luzes frias.
- A chave despertou - disse um deles. - O Portão está rachando.
- A linhagem vive - sibilou outra. - E o vampiro a marcou.
- Então chegou a hora.
Silêncio mortal.
- Que comecem a caça. Ginebra deve morrer... ou abrir o caminho.
O sussurro de vozes antigas ainda ecoava na mente de Ginebra quando Eros fechou a porta do quarto. Ela estava sentada na cama, com as pernas cruzadas, observando a marca que ainda queimava sob sua clavícula. A dor já tinha passado, mas agora havia algo mais - uma presença dentro dela. Uma agitação silenciosa sob a pele.
Eros se aproximou devagar, sem a intensidade habitual. Como se ela fosse feita de vidro.
- Como se sente? - A voz dele era baixa, quase reverente.
- Como se tivesse acordado de um sonho... e agora estou presa em outro. - Ela o olhou. - O que eu sou, Eros?
Ele se sentou à sua frente. Seus olhos vermelhos estavam calmos, mas havia uma tempestade por trás deles.
- Você é a junção de linhagens que nunca deveriam ter se cruzado. Bruxa por parte de mãe. Algo mais sombrio por parte de pai. E humana no meio, tentando sobreviver ao que nasceu para destruir.
Ela riu fraco, sem humor.
- Que romântico.
- É trágico. - Ele tocou a marca com a ponta dos dedos, devagar. - E inevitável.
Ginebra estremeceu ao toque. Não era apenas físico. Era como se ele mexesse dentro dela, com o sangue, com a essência.
- Por que... eu?
- Porque seu sangue me encontrou. E o meu reconheceu.
Ela segurou o pulso dele, os olhos fixos nos seus.
- O que você viu em mim, Eros? Quando me mordeu?
Silêncio.
Depois ele respondeu, com a voz rouca.
- Vi luz. Num mundo que me ensinou a amar a escuridão. Vi algo que me lembrou do que fui antes de me tornar isso. E vi vício. Um veneno que nunca vou querer curar.
Ela respirou fundo, sentindo algo inflar dentro do peito. Algo perigoso e antigo. Algo que dizia: Você é dele. Ele é seu.
Ela se inclinou, roçando os lábios nos dele, um convite e um desafio ao mesmo tempo.
- Então prova.
Eros a puxou para o colo dele com brutal delicadeza, como se a urgência fosse mais forte que a razão. O beijo foi faminto, desesperado, cheio de promessas e pecados não ditos.
- Que delícia - rosnou ele contra a boca dela, totalmente sem controle.
Voltando a sí, Eros a afastou finalizando o beijo e a colocando na cama novamente.
- Desculpe meu doce, quase não consegui me controlar...
- Está tudo bem, eu estou bem... eu...
- Se eu perdesse o controle mais um pouco, poderia ter lhe machucado! - Exclamou após perceber as marcas roxas que havia deixado nos braços dela.
- Ei.. Mas não perdeu, eu juro... Estou bem, eu estava gostando... por favor - Ginebra não sabia mais o que falar para que aquele beijo prosseguisse.
Eros nada disse, apenas encarou a porta, enquanto ela ficava inquieta, Ginebra entendia o medo dele de machucá-la novamente.
O silêncio após o beijo não era vazio. Era um abismo cheio de significados. O quarto escurecido pela penumbra da madrugada parecia vibrar com a energia entre os dois. Eros voltava a encara-la como se estivesse tentando memorizar cada traço do rosto de Ginebra. Como se ela fosse algo que poderia desaparecer a qualquer momento.
Ginebra, ainda sentindo o gosto dele nos lábios, tentava entender o que era aquela combustão interna. Desejo, sim. Mas também algo mais... como se tivesse sido acesa por dentro.
- Você está me olhando como se fosse me quebrar - sussurrou ela.
- Porque eu posso. - A voz de Eros era rouca. Quente. Aveludada com uma ameaça de prazer. - Mas não quero.
Ela levantou-se da cama e se aproximou. Seus dedos deslizaram pelo peito dele, sentindo a pele fria sob a camisa de linho negro. Eros respirou fundo - um ato quase desnecessário, mas que denunciava o autocontrole estilhaçado.
- Então me mostra, Eros. Mostra como um monstro toca alguém como eu.
Ele a empurrou contra a parede com gentileza, mas havia urgência em seu toque. Os olhos vermelhos faiscavam como brasas prestes a consumir. Ele segurou seu queixo com firmeza, os lábios quase encostando nos dela.
- Tem certeza?
- Não. Mas quero mesmo assim.
Foi o suficiente.
O beijo veio como uma onda de calor e destruição. Eros a ergueu como se ela não pesasse nada, levando-a até a cama com um rosnado baixo e primal. Ele arrancou a própria camisa com uma velocidade sobrenatural e ficou sobre ela, os músculos definidos como mármore vivo.
Ginebra passou as mãos por seu peito, descendo pela linha do abdômen até o cós da calça. Ele fechou os olhos, como se sentisse dor ao mesmo tempo em que se rendia ao prazer. Eros a parou por um momento para alerta-la
— Eu sou o monstro que te mordeu, o louco que não para de pensar como deve ser o gosto quente da sua buceta, Amor.
Ela sorriu timidamente, mordendo o lábio, olhos brilhantes e safados.
— Você esta me provocando sabia, tão devasso... para um monstro.
— Sou o monstro que vai encher todos os seus buracos de prazer... e proteger você de monstros piores, já disse.
No silêncio carregado, houve entendimento. Desejo. Dor. Trauma. Conexão.
Eros se voltou, roçando os lábios nos dela.
— Se me deixar, vou te mostrar tudo. Mas depois que cruzar essa linha, não tem volta, Gin. Você será minha. E eu seu.
Ela agarrou a nuca dele.
— Já sou, Eros. Já sou.
O beijo veio mais ardente que os anteriores, voraz, uma mistura de fogo e gelo. Dois mundos quebrados se unindo no caos.
Ele a puxou para o colo, segurando seu corpo contra o dele e inserindo dois dedos em sua intimidade.
— Que delícia essa sua buceta, Amor. Eu quero sentir cada centímetro dela, cada gota do seu desejo.
— Quero seu pau, Eros. Quero sentir ele estocando dentro de mim, cheio, quente, me preenchendo.
Ele riu rouco, mordendo o pescoço dela.
— Você é uma safada, Gin tônica. Me deixa louco.
Despiu-a com reverência e fome, os dedos deslizando pela pele, chegando ao centro quente entre as pernas dela. Ele a explorou com uma precisão cruel, mexendo seu clitóris até ela gemer alto, agarrando os ombros dele.
— Você é perfeita — sussurrou contra a pele dela. — E minha.
— Sim... — ela gemeu sem medo. — Tua.
Ele enfiou o pau dentro dela, devagar e profundo, sentindo o calor da vagina apertando o eixo grosso e quente.
Eros a fudeu em todas as posições possíveis ate despejar todo seu ser dentro dela, os dois arfavam sorrindo, até ele partir para o outro buraco de Ginebra. Corpos colados num ritmo voraz.
— Seu cu quer mais, Amor? — provocou ele, com voz rouca.
— Quero... quero seu pau no meu cu, Eros... me fode, me destrói.
Eros cravou as unhas nas costas dela, rosnando. Enterrou o pau até o fim, fazendo ela gritar de prazer e dor.
Ela apertou as pernas ao redor dele, o corpo tremendo enquanto o prazer explodia.
Quando chegaram ao ápice, corpos se misturaram, suor, gemidos e respirações ofegantes.
Ela sussurrou, coração disparado:
— Eu deveria fugir de você.
Ele lambeu o pescoço dela.
— Mas você não consegue.
— Nem quero.
— Boa garota. Fica comigo, Gin tônica. Pelo tempo que o mundo permitir.
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Atualizado até capítulo 21
Comments
Aini Nurcynkdzaclluew
Não consigo parar!! 🤩
2025-05-29
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