UMA NOITE COM O LOBO - DARK VULTURES MC
SINOPSE
Olívia é uma jovem de dezoito anos, virgem e obcecada por um homem que jamais deveria desejar: Lobo, o líder frio e inalcançável do perigoso moto clube Dark Vultures MC. Ele é o tipo de homem que não se apega, não repete noites, e não olha duas vezes para meninas inocentes. Mas quando ela invade seu mundo e lhe faz um pedido ousado — uma só noite ao seu lado — Lobo aceita, acreditando que será apenas mais uma.
O que nenhum dos dois esperava é que uma única noite proibida seria o começo de algo muito mais sombrio, intenso e incontrolável.
Prólogo — Sussurros na Noite
Parte 1: O Lobo Solitário
A noite caía pesada sobre a cidade, como um manto escuro que engolia as luzes e sons do cotidiano. O vento frio cortava a pele de quem ousasse estar à mercê da madrugada, e até os mais destemidos evitavam as ruas vazias. Mas para Lobo, a escuridão era a melhor companhia.
Ele acelerava sua motocicleta nas estradas fora da cidade, onde a única companhia era o som ronronante do motor e o farol que rasgava a noite em um feixe estreito. O couro preto lhe apertava o corpo, a jaqueta que carregava mais que proteção — uma armadura invisível contra o mundo.
O nome dele circulava nos becos e bares frequentados pelos motoqueiros do Dark Viltures MC, o moto clube que comandava com punho de ferro. Lobo era respeitado, temido e desejado, uma figura quase mítica entre os seus.
Porém, atrás daquela máscara de homem frio e inalcançável, havia cicatrizes que nenhum de seus irmãos poderia ver. Cicatrizes que o impediam de se entregar a qualquer coisa que não fosse a estrada e a liberdade cruel que ela lhe oferecia.
Naquela noite, como tantas outras, ele não buscava nada além do silêncio e do vento cortando seu rosto.
Prólogo — Sussurros na Noite
Parte 2: A Mocinha Inocente
Olívia sempre acreditou que o amor era um conto de fadas, uma história perfeita onde a princesa encontrava seu príncipe em um instante mágico. Aos 22 anos, sua vida parecia pequena demais para seus sonhos gigantes.
Ela cresceu em um lar rígido, onde as regras eram claras e o futuro parecia traçado. Faculdade, casamento, filhos — tudo planejado, mas nada que tocasse seu coração inquieto. Era uma jovem tímida, protegida, quase invisível para quem não quisesse enxergá-la.
O mundo de Olívia girava em torno dos livros que devorava e dos filmes que assistia, onde ela se perdia em romances arrebatadores. Sua obsessão pelo primeiro amor a fazia sonhar acordada, escrevendo cartas que nunca enviaria e imaginando um encontro que mudasse sua vida para sempre.
Naquela noite, ao sair da biblioteca, seu coração acelerava por um motivo que ela ainda não compreendia. Algo estava prestes a acontecer, algo que iria virar seu mundo de cabeça para baixo.
Ela caminhava distraída, perdida em pensamentos, quando o som potente de uma motocicleta se aproximou.
O destino, implacável, estava prestes a cruzar seus caminhos.
Capítulo 1 – O Olhar Proibido
O som dos motores fazia o chão vibrar sob seus pés. O cheiro de óleo queimado, cigarro e couro impregnava o ar como uma aura invisível que deixava claro: aquele lugar não era para ela.
Mas mesmo assim, Olívia estava ali. Parada do outro lado da rua, sentada na calçada de um bar decadente no subúrbio da cidade, observando o mundo dos Dark Vultures MC com a fixação de quem carrega uma obsessão mal disfarçada.
Era como assistir a um filme de violência crua — só que real. Homens tatuados, sujos, com olhos que carregavam mortes e histórias que jamais seriam contadas. E no centro de tudo, estava ele.
Lobo.
O apelido ecoava como uma lenda urbana. Uns diziam que ele era um ex-militar, outros juravam que viera do inferno. Não importava. Ele era o líder, o alfa, o tipo de homem que não precisava levantar a voz para ser temido. Seu nome verdadeiro, Leonard Costa, parecia suave demais para um homem como ele. Todos só o chamavam de Lobo — e com razão.
Ele era o lobo solitário em meio aos abutres.
Olívia o viu pela primeira vez há seis meses, por acaso, quando saiu para buscar a irmã mais velha em uma boate. Ele havia saído da escuridão como uma sombra materializada, e desde então... ela não parava de pensar nele.
Ela sabia que era errado.
Ela tinha apenas dezoito. Ele provavelmente já tinha quarenta. Um homem amargo, perigoso, inalcançável. Mas a diferença de idade não a impedia de sonhar. De se imaginar nos braços dele. De se tocar à noite pensando em como seria o gosto da sua boca.
Ele era uma febre na sua pele. Um pecado para o qual ela queria se entregar inteira.
A porta do galpão do clube se abriu com um rangido, revelando alguns membros dos Dark Vultures rindo alto, alguns com mulheres penduradas no pescoço. As motos estavam estacionadas em fileiras impecáveis. Mas ele ainda não havia aparecido.
Ela suspirou, ajeitando os cabelos castanhos atrás da orelha. A blusa branca colava em sua pele pelo calor abafado da noite. Um homem qualquer poderia olhar para ela e vê-la como apenas uma garota inocente demais.
Mas Olívia tinha sede de perigo.
— A garotinha de novo? — perguntou uma voz grave ao seu lado.
Ela se virou, surpresa. Um dos membros do clube, um sujeito chamado Barril, a observava com desdém. Ele devia ter uns trinta e poucos, com barba mal feita e cheiro forte de álcool.
— Não estou fazendo nada de errado — retrucou, tentando manter a firmeza na voz.
— Só observando o lobo? Cuidado, menina... ele devora as que se aproximam.
Ela ficou vermelha, mas não desviou o olhar.
— Talvez seja isso que eu queira.
Barril riu alto, coçou a barriga e entrou de volta no bar. Ela ficou ali, as mãos trêmulas. O coração martelando no peito. Ela sabia que Lobo jamais a notaria, mas isso não a impedia de tentar.
E então, ele surgiu.
Montado em sua moto preta, com o símbolo do Dark Vultures pintado como uma caveira alada na lateral. Os braços tatuados expostos pela camiseta justa, os olhos escuros escondidos sob o capacete. Quando ele tirou o capacete e o jogou sobre a moto, foi como se o mundo desacelerasse.
Lobo estava ali. De carne, osso e escuridão.
Olívia conteve a respiração.
Ele olhou para os lados, conferindo o ambiente. Até que, por um instante que pareceu eterno, seus olhos cruzaram os dela.
Era como ser atravessada por uma faca. Ele a viu. Viu mesmo. Não como uma figurante qualquer, mas como se a estivesse analisando.
Seu olhar era frio, calculista, impenetrável.
Ela queria desviar. Correr. Gritar. Mas não se mexeu. Havia algo em estar sob o olhar dele que a fazia se sentir viva.
Então, sem aviso, ele desviou os olhos, virou-se de costas e entrou no galpão.
Como se ela fosse nada.
As lágrimas ameaçaram vir, mas ela piscou várias vezes para afastá-las. O que esperava? Um convite para subir na garupa da moto? Um beijo? Um “vem comigo”?
Ela se levantou, sacudindo o short jeans e caminhou lentamente até atravessar a rua. Passou entre as motos, ignorando os olhares curiosos. As mãos tremiam, mas ela não parou.
Parou diante da porta do galpão. O som de risadas, rock pesado e vozes masculinas preenchia o interior.
Ela respirou fundo... e entrou.
O ambiente era um mundo à parte. Paredes escuras, estantes com garrafas de uísque, símbolos do clube espalhados por todo lado. Havia mulheres sentadas nos colos dos motoqueiros, conversas sujas, cheiro de tabaco.
E no canto, no sofá de couro preto, ele.
Sentado como um rei em seu trono. Um copo na mão, um cigarro nos lábios, e os olhos — agora voltados diretamente para ela.
O silêncio caiu por alguns segundos.
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