Os dias que se seguiram foram um verdadeiro inferno — um inferno delicioso, viciante, sufocante.
Por fora, eu tentava manter a pose, agir como se nada tivesse mudado. Fingia que o mundo seguia normal, que eu ainda tinha controle sobre meus sentimentos e desejos.
Mas por dentro, meu corpo inteiro queimava em chamas. Cada lembrança dele — o toque firme das mãos, a boca explorando minha pele, o cheiro misturado de suor e perfume, o peso dele contra o meu — me consumia de um jeito que eu não sabia explicar.
E, pra piorar, o desgraçado tinha o dom de me provocar como se fosse a coisa mais natural do mundo.
No meio do dia, do nada, uma mensagem dele iluminava a tela do meu celular:
“Tô com saudade desse teu gemido.”
Ou uma foto: ele no espelho, sem camisa, o pau marcando forte na calça, aquele sorriso torto, arrogante, que desmontava minha cabeça e meu corpo num instante.
“Se eu te pegar hoje… não te devolvo mais.”
E eu? Tentava fingir que era só conversa, que eu não tremia só de ver o nome dele acender na tela. Que eu não tinha vontade de largar tudo e me perder ali, com ele.
Mas a culpa não parava de apertar. Porque a Jaidee… voltou a falar com ele. Não era bem uma reconciliação, mas o contato tinha recomeçado, e isso fazia meu peito queimar com uma mistura cruel de ciúmes, medo e vergonha.
Era errado, era sujo. Mas eu não conseguia controlar.
E claro... a gente não parou.
A gente se via escondido. No carro, num banheiro de bar, na escada do prédio, onde desse. Onde ele pudesse me encostar na parede, me apertar, me morder o pescoço e sussurrar, com aquele tom rouco:
“Você é meu. Eu preciso de você. Tô viciado no seu corpo, no seu cheiro, no som do seu gemido.”
E eu? Eu estava exatamente igual: viciado, destruído, entregue.
Aconteceu num dia qualquer. Na casa da minha irmã.
Sim, dentro da casa dela.
Tinha gente, amigos, churrasco, risadas, conversa fiada — todo mundo ali como se fosse um dia normal, ignorando o que rolava por trás das portas.
Mas Leo… não conseguia disfarçar.
Ele me olhava como se quisesse me despir ali, na frente de todo mundo.
Cada vez que passava perto, esbarrava de propósito. Apertava meu ombro, segurava minha nuca, deixava a mão deslizar pelas minhas costas. Eu ficava duro, tremendo, suando frio.
Até que, num momento que ninguém percebeu, ele chegou perto do meu ouvido, e sussurrou:
— Sobe. Agora. No banheiro. Ou eu te pego aqui mesmo.
Meu corpo todo tremeu. Engoli seco, fingi que ia ao banheiro, e subi. Entrei, tranquei a porta.
Dois segundos depois, ele estava lá.
Trancou a porta, me prensou contra a parede, segurou minha nuca e me beijou com tanta força que parecia arrancar minha alma.
— Porra… Você não tem ideia do que tá fazendo comigo, Louis… — Ele rosnava, mordendo meu queixo, chupando meu pescoço, me deixando completamente entregue.
As mãos dele desceram direto pra minha cintura, me viraram, me colocaram de frente pra parede, puxaram minha bermuda até o joelho e ele sussurrou, rouco:
— Fica quieto… não faz barulho… ou eles vão ouvir você sendo meu.
O som do zíper dele descendo me fez perder o fôlego. Senti o pau duro dele roçar na minha bunda, quente, grosso, pedindo passagem.
Ele cuspiu na mão e passou rápido, sem nem pensar duas vezes.
— Eu não aguento mais, baby… Eu preciso... — E sem aviso, empurrou, me fazendo morder o próprio braço pra não gemer alto.
— Porra... Louis... sempre tão apertado... tão meu... — Ele gemia no meu ouvido, segurando firme minha cintura, me fodendo ali, de pé, no banheiro da minha irmã, enquanto o barulho da galera lá embaixo seguia como se nada estivesse acontecendo.
O som dele me socando, os risos e conversas abafados, a respiração pesada, os gemidos contidos — tudo tornava aquilo ainda mais sujo, mais errado... e por isso mesmo, muito mais gostoso.
Ele segurava meu quadril com tanta força que eu já sabia que ia ficar marcado.
— Goza, Louis... Goza pra mim... enquanto eu te como... enquanto você é só meu...
E eu gozei.
Sem nem tocar no meu pau.
Só de ser fodido por ele ali, encostado na parede, escondido, proibido.
Ele meteu mais algumas estocadas, forte, rápido, segurando meu quadril, e gozou junto, mordendo meu pescoço, abafando o gemido no meu ombro.
Ficamos ali, suados, ofegantes, colados, sem saber o que fazer.
Ele beijou meu ombro, depois minha nuca, depois meu pescoço, e sussurrou:
— Eu tô perdido em você, Louis… E não tem mais volta.
Arrumamos a roupa, nos olhamos no espelho — vermelhos, tremendo, tentando parecer normais — e voltamos pra festa.
De novo, fingindo.
Fingindo que a gente não tinha acabado de se foder feito animais bem debaixo do nariz de todo mundo.
Mas, no fundo, sabíamos.
Essa coisa toda já tinha saído do controle
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Atualizado até capítulo 20
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