0001

0001- Família Ruterfohrd:

—Rápido, Anna. Não me faça repetir. —a voz dela vinha seca, mas eu percebia o leve tremor escondido atrás da autoridade. Ela apertava meu braço com tanta força que minhas unhas quase cravaram na própria pele tentando me equilibrar.

Subimos as escadas em silêncio. O tipo de silêncio que faz o peito doer, que avisa que algo está errado — muito errado. Cada degrau rangia como se gritasse por socorro que nunca viria.

—Mãe...? —minha voz saiu pequena, quebrada. Mas ela não respondeu.

Seus olhos estavam arregalados. Assustados. Ela estava apavorada. Mas não comigo. Não com o que ia fazer. Era como se estivesse apenas… cumprindo uma ordem.

—Você tem que entender, Anna. —ela disse, finalmente me olhando. Seu rosto pálido, quase sem cor, e os lábios trêmulos.

—Eu faço tudo isso por um bem maior. Pela sua felicidade. Pelo futuro. —aquela mentira velha escorria da boca dela como veneno. Fria. Enlatada.

Sem amor.

Ela empurrou a porta do quarto.

O frio me atingiu como uma bofetada.

A janela mal vedada deixava o vento cortar como lâminas. O escuro parecia vivo, me esperando de braços abertos.

—Você precisa se adaptar. Precisar aceitar. Eles vão te moldar… e você vai agradecer por isso um dia. —ela disse, sem piscar. O medo ainda nos olhos, mas nenhum traço de arrependimento.

—Mãe, por favor… —tentei implorar, mas ela me lançou um último olhar. Vazio. Como se já tivesse me enterrado viva.

—Você nasceu pra isso. Não desperdice.

E então me empurrou.

A porta se fechou com um estalo seco. A tranca girou.

E ali fiquei.

Sozinha, no escuro, abraçada pelo frio e pela promessa quebrada de quem deveria me proteger.

O estalo da tranca ainda ecoava quando minhas pernas cederam.

O chão estava gelado, úmido… como se o quarto tivesse esquecido o que era calor. Eu tentei me levantar, mas o frio me abraçava com força demais. Ele não queria que eu escapasse. Ele queria que eu sentisse.

Meus dedos tremiam. O vento passava pela fresta da janela como um sussurro cortante. Quase parecia uma voz. Uma voz que dizia: ninguém vai vir te buscar, Anna.

Eu engoli o choro. Lágrimas aqui não adiantavam. Só congelariam no meu rosto.

No escuro, tudo parecia mais próximo. As sombras no teto, os ruídos da casa, os passos abafados que talvez estivessem lá fora... ou só na minha cabeça.

—Por que você fez isso comigo...? —sussurrei, mas minha voz morreu ali mesmo.

Ela não ia responder.

Ela nunca responde.

Tudo que eu tinha era o frio, o escuro…

E a certeza de que eu tinha sido deixada para ser moldada. Como ela disse. Como se eu fosse barro. Como se eu fosse propriedade.

E no fundo, uma parte de mim…

Já começava a acreditar que era mesmo.

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