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A Noite, a Balada e a Surpresa

Marcamos de nos encontrar na entrada da boate. A primeira a chegar foi Sthefany, já que morava mais afastada do local. Ela ficou esperando pelas outras enquanto trocávamos mensagens no grupo.

Em pouco tempo, o grupo estava completo. Uma a uma foi chegando, cada uma com seu estilo, todas prontas para a noite. E como sempre... chamamos atenção antes mesmo de entrar.

Samara

Vestido justo, com um decote cavado que destacava os seios. Usava salto alto e maquiagem perfeita para a noite — boca bem desenhada, olhos marcados. Completava o visual com colar, pulseira e anéis prateados bem chamativos. Os cabelos cacheados pretos estavam volumosos e soltos. Samara estava deslumbrante — e ela sabia disso.

Mariane

Vestido preto tubinho bem colado no corpo, com uma jaqueta jogada por cima e um tênis Adidas branco, trazendo aquele contraste de conforto e atitude. Maquiagem sexy, na medida. Os cachos estavam presos em um penteado que destacava ainda mais o volume. Carregava uma bolsa grande — “de mulher do job”, como ela mesma dizia rindo.

Sthefany

Cabelos cacheados escuros bem definidos. A maquiagem destacava os olhos e os lábios volumosos. Vestia um vestido preto com fenda lateral e amarração nas costas. Acessórios dourados combinavam com o salto alto. Elegante, sensual e fiel ao próprio estilo.

Joana

Cabelos ondulados soltos, vestido branco justo que moldava seu corpo com leveza. Usava uma bota de cano fino e acessórios dourados — corrente, brincos e anéis. A bolsa pequena completava o look com delicadeza. Joana estava linda, mesmo com aquele olhar meio distante.

Anny

Meus cabelos cacheados cor chocolate estavam soltos, definidos e cheios de vida. Vestia o meu vestido preto preferido — sexy sem ser vulgar, com um decote discreto em V. Combinei com um scarpin preto que me dava altura e presença. Batom vermelho nos lábios, acessórios dourados e prateados misturados com equilíbrio, e uma bolsinha prata.

Estava pronta. Por fora.

Entramos na boate, que já estava lotada. A música pulsava, as luzes piscavam, e o cheiro de perfume caro misturado com álcool pairava no ar.

Mas mesmo com tanta gente, não passamos despercebidas.

Seguimos direto para o bar. Cada uma pediu sua bebida:

Samara: um dry martini

Mariane: vodka

Sthefany: uma Ice

Joana: um drink

Anny: água. Nunca fui de bebidas alcoólicas.

A música certa começou a tocar — aquela que a gente sempre canta junto no carro — e as meninas se empolgaram. Mas eu… eu estava cansada. Fiquei no bar mesmo.

Conversas rápidas e sinceras:

Samara:

— Hoje vou aproveitar. Tô afim de me distrair, beijar muito na boca!

Mariane:

— Quero pegar uns gatinhos hoje. E olha… nessa balada tem um mais bonito que o outro.

Sthefany:

— Realmente tem uns bonitos, mas prefiro meu gordinho que tá em casa me esperando.

Joana:

— Quero esquecer o meu ex. Faz meses que não fico com ninguém. Hoje eu me jogo.

Anny:

— Vou só curtir o momento...

As meninas seguiram para a pista. Dançavam, voltavam pro bar, pegavam mais bebida, e voltavam a dançar. O vai e vem típico de uma noite entre amigas.

Fiquei ali. Observando. Sentindo o ambiente. Do meu lado, tinha um cara sentado, o rosto escondido atrás da tela do celular. Não dava nem pra ver quem era.

Então chegou outro. Alto, bonito, corpo forte. Porte eclético, cabelo preto bem cortado. Pediu uma bebida e puxou conversa logo de cara.

Fiquei receosa. Esses caras bonitos demais geralmente não estão sozinhos, ou pior, não respeitam nada. Não queria me meter numa confusão.

Mas ele insistiu com jeitinho, e acabei cedendo.

Descobri que seu nome era Lucas.

Ele me cumprimentou com um beijo no rosto — tão perto da boca que me arrepiou. A conversa fluía. Demos algumas risadas. Ele parecia diferente.

Por alguns minutos, me deixei levar.

Mas antes que algo mais acontecesse… Samara apareceu.

Ela percebeu o clima na hora.

Em menos de cinco minutos de conversa entre eles, já estavam se beijando.

Fiquei em choque.

Não surpresa… mas em silêncio.

Entre nós, isso nunca tinha acontecido.

Nunca tivemos o mesmo gosto por ninguém. Nunca nos atravessamos.

Mas ali estava ela. Com ele.

Quando estavam saindo para dançar, ele voltou até mim e disse:

— Poxa, Anny… Desculpa. Não foi minha intenção. A carne foi fraca. Não foi premeditado ficar com sua amiga. Não quero que fique um clima estranho entre a gente.

Sorri por fora.

— Relaxa. Tá tudo bem.

Mas por dentro… algo doía.

"Tá tudo bem."

Mentira.

Aquilo tinha me acertado de um jeito que eu não esperava.

Talvez não fosse sobre o Lucas.

Mas sim sobre mais uma vez, eu ficar de lado. Fingindo que não importa.

Fingindo que não senti.

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