Capítulo 5

Zaira sentiu a respiração embaraçar-se no peito quando Leonardo, sem desviar o olhar cinzento e penetrante, abandonou o seu centro.

— Aah... — sussurrou, apenas um sopro de voz.

Ele grunhiu baixo, um som primitivo que vibrou contra a sua garganta enquanto a erguia nos braços sem esforço, levando-a através do quarto.

Zaira agarrou-se ao seu pescoço, sentindo o batimento firme sob a sua pele, o aroma envolvendo-a, marcando-a. Cada passo que dava retumbava nos seus ouvidos como um tambor de guerra.

Leonardo deixou-a cair sobre a cama, com uma rudeza medida, como um lobo depositando a sua presa.

Os lençóis estalaram sob o seu peso.

O teto girou sobre a sua cabeça uns segundos, mas a sua visão focou-se nele: de pé frente à cama, terminava de desabotoar a camisa com uma lentidão que a torturava.

Cada centímetro de pele exposta era uma promessa perigosa: o peito firme, marcado por músculos tensos; tatuagens desenhando uma linha até desaparecer sob o cinto das suas calças. Uma cicatriz cruzava o seu abdómen, uma marca que falava de histórias não contadas.

Zaira engoliu saliva, sentindo a boca secar enquanto o seu ventre se apertava de antecipação.

Leonardo lançou a camisa para um lado, e em duas passadas estava sobre ela, cobrindo-a com a sua sombra.

As suas mãos encontraram a borda do vestido e deslizou-o lentamente para cima, como despindo-a palmo a palmo, enquanto os seus lábios exploravam o caminho: o seu ventre tremeluzente, a curva da sua cintura, o suave vale entre as suas costelas.

Zaira arquejou, arqueando as costas contra a cama, o seu corpo reagindo a cada carícia como se a sua pele fosse pólvora e Leonardo a faísca que a incendiava.

Quando finalmente o vestido ficou amarrotado à volta da sua cintura, Leonardo incorporou-se o suficiente para a olhar: a roupa interior de renda apenas cobrindo-a e muito encharcada, a sua pele arrepiada, os seus olhos semicerrados suplicando algo que ela não podia nomear.

— Estás preciosa assim... — murmurou, a sua voz rouca como veludo gasto.

Os seus dedos, firmes, mas reverentes, traçaram a linha das suas costelas, desceram em direção às suas ancas, apertando-a como para memorizar cada curva.

Zaira soltou um gemido abafado quando sentiu os seus lábios na parte interna da sua coxa, o seu alento quente deslizando em direção a zonas onde nenhum homem tinha tocado jamais desse modo.

Leonardo mordiscou suavemente a pele sensível, arrancando-lhe um espasmo, antes de deslizar lentamente o tecido da sua roupa interior pelas suas pernas.

O ar frio roçou a sua intimidade nua, fazendo-a tremer.

Então, sem aviso, Leonardo inclinou-se e beijou-a ali, direto, sem pudor.

Zaira soltou um grito entrecortado, agarrando-se aos lençóis como se pudesse ancorar a sua alma a algo enquanto o seu corpo se arqueava involuntariamente em direção a ele.

A língua de Leonardo era implacável, lenta e profunda, explorando-a, saboreando-a como se fosse um manjar requintado.

Cada movimento enviava ondas de prazer brutais que a deixavam sem alento, com lágrimas toldando-lhe os olhos de pura intensidade.

— Aaah... — soluçou, as suas ancas movendo-se erraticamente contra a sua boca, a sua voz quebrada entre súplicas e gemidos.

Leonardo grunhiu algo ininteligível contra a sua pele, como se o seu desejo fosse um monstro que mal podia conter, e segurou-a pelas ancas para dominar os seus tremores.

Quando Zaira esteve à beira do abismo, chorando de necessidade, ele afastou-se.

Ela gemeu de protesto, mas não teve tempo de rogar.

Leonardo desabotoou o cinto, baixou o fecho com um som quase obsceno no quarto silencioso, e libertou a sua ereção pesada, grossa, que palpitava com urgência.

Zaira olhou-o com olhos dilatados pelo desejo, o medo e o fascínio.

— Não temas... — sussurrou ele, acariciando-lhe o rosto com uma ternura inesperada. — Esta noite só saberás de mim... do que posso fazer-te sentir.

E então, lentamente, acomodou-se entre as suas pernas.

A ponta do seu pênis encontrou a sua entrada já húmida e tremeluzente, roçando-a apenas, provocando-a.

Zaira soltou um gemido quebrado, o seu corpo suplicando mais.

Com um grunhido contido, Leonardo empurrou, entrando nela num movimento firme e profundo que a deixou sem alento.

Zaira soltou um grito abafado, agarrando-se aos seus ombros, sentindo-o enchê-la, reclamando-a desde dentro.

Ele deteve-se uns segundos, arquejando contra o seu pescoço, dando-lhe tempo para se acostumar ao seu tamanho, à sensação avassaladora de ser possuída tão completa e brutalmente.

— Tão apertada, tão perfeita... — murmurou contra o seu ouvido, a sua voz carregada de um prazer selvagem que a fez estremecer.

Quando Zaira moveu as ancas, buscando mais, Leonardo soltou uma maldição e começou a mover-se.

O ritmo foi lento ao princípio, quase tortuoso, cada estocada profunda roçando um ponto dentro dela que a fazia ver estrelas.

O quarto encheu-se do som dos seus corpos chocando, dos seus gemidos, dos seus nomes sussurrados como preces.

Leonardo beijava-a com desesperação, alternando entre a sua boca, o seu pescoço, os seus seios, deixando rastros ardentes da sua língua e dentes na sua pele sensível.

O mundo desapareceu.

Só existia o vaivém dos seus corpos, o calor que os envolvia, a eletricidade que faiscava no ar cada vez que os seus olhos se encontravam.

Quando o ritmo se tornou frenético, selvagem, Zaira sentiu algo dentro dela romper-se, uma presa que se quebrava sob a intensidade insuportável.

Gritou ao gozar, o seu corpo sacudido por vagas de prazer brutais.

Leonardo seguiu-a pouco depois, enterrando-se profundamente, derramando-se dentro dela com um grunhido gutural, tremendo contra o seu corpo como se ela tivesse sido a sua condenação e a sua salvação ao mesmo tempo.

Durante longos segundos, somente houve respirações entrecortadas, corações descompassados e o peso dos seus corpos entrelaçados.

Leonardo apoiou a sua testa na dela, os seus olhos fechados, o seu alento misturando-se.

Zaira sentiu lágrimas quentes escorrer pelas suas têmporas, sem saber se eram de alívio, de medo ou da intensidade brutal do que acabavam de compartilhar.

Ele beijou-as sem dizer palavra, os seus lábios recolhendo cada lágrima com uma devoção que a desarmou.

— Descansa, boneca — Sussurrou Leonardo.

Não sabia o que lhe acontecia, mas Zaira não tinha sido mais uma do monte, com ela tudo tinha sido diferente.

Desde o momento em que se parou para ele, tornou-se difícil até ao momento em que o seu corpo reagia a ela com um desejo avassalador.

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