capítulo 5

A rotina da Rita começou cedo.

Nívia levantou junto com o general. Ambos se encontraram a caminho do banheiro. Ele olhou o vestido que ela estava usando. Não comentou nada. Seguiu o seu caminho, sem nem ao menos dar bom dia.

Assim que ele saiu do banheiro, ela entrou.

O general sentou-se a mesa.

_ Leve essa menina para comprar alguns vestidos. Parece uma mulambenta com esses trapos. Empreste um vestido e um sapato seu, para que saia vestida adequadamente. _ proferiu ele, sem nem ao menos dar bom dia.

_ Irei ao mercado, quer algo?

_ Traga bacon, e ovos. Não esqueça.

_ Trarei.

_ Bom dia!

_ Bom dia, filha.

_ Vou pegar o bolo que preparei. Aliás, deveria tirar um pedaço e levar para a senhora Marisa.

_ Mais tarde levamos. Ela vai adorar.

Nivia, levantou e pegou o bolo. Colocou sobre a mesa, e o cortou. Tirou uma fatia para ela, e serviu café.

O general terminou e se retirou. Como sempre, saiu sem dizer nada.

_ Mãe quer um pedaço de bolo?

_ Já comi uma torrada. Deixarei para mais tarde. Depois quero que escolha um dos meus vestidos, e um sapato. Vamos passar numa loja e comprar alguns vestidos para você. Os seus já estão velhos.

_ Mãe, não é necessário.

_ Minha filha, eu quero que fique tão linda quanto as moças da sua idade. Você pode andar bem vestida, e vai andar. Não vamos discutir por causa disso. Termina o café, enquanto eu vou organizando essas coisas.

_ Vamos fazer juntas.

_ Não, assim vamos demorar mais, e precisamos sair. Daqui a pouco a Marisa está aqui.

_ Tudo bem mãe.

Rita, começou a tirar a mesa. Lavou a louça. Nívia, guardou o restante das coisas. Elas limparam a casa, e foram até o quarto da Rita.

_ Filha, pode escolher o que quiser. Eu vou com o vestido florido.

_ Ao menos ele deixa a senhora andar vestida decentemente. São todos lindos, vou pegar esse azul.

_ Ficará lindo em você. O seu pai me disse para vestir você bem, e leva-la as compras. Você precisa ter vestidos lindos, você é tão linda minha filha. Vamos arrumar o seu cabelo, e vai ficar mais linda ainda.

Nívia, apenas deu um sorriso para a mãe.

Elas se arrumaram. Rita, arrumou o cabelo da filha num belo coque.

_ Você está linda. Nem parece a mesma menina que entrou nessa casa ontem.

_ Não exagera mãe. Nada mudou.

Elas escutaram as batidas na porta. Foram atender.

_ Bom dia! Entre Marisa, só vou pegar a minha bolsa.

_ Bom dia! Nossa, você está muito bonita. Essa cor ficou linda em você.

_ Obrigada, a senhora também está muito bonita.

_ Bom, vamos. Não podemos nos atrasar. _ proferiu Rita, apressadamente.

Elas sairam. Antes de cruzarem os portões da vila, um carro entrou e parou próximo a elas.

_ Bom dia! senhoras.

_ Bom dia meu filho. Estamos indo ao mercado, quer algo?

_ Não mãe, se quiser levo vocês até o mercado.

_ Não precisa meu querido. A propósito, quero que conheça a filha do general Smith, e da Rita. Essa é a Nivia.

_ Bom dia senhorita. É um prazer conhecê-la.

_ Bom dia, igualmente.

_ Filho, está tudo pronto para o seu café. Basta se servir.

_ Obrigado. A senhora volta antes do almoço?

_ Claro que sim, não se preocupe. Vá descansar.

_ Se cuidem.

Matias, seguiu o caminho dele.

_ Seu filho é um homem de ouro.

_ De fato, mas, vejo o meu falecido marido nele.

_ Realmente, ele é parecido. Mas tenho certeza que aquele coração puxou você.

_ Espero que sim, ele não demonstra ter puxado o pai dele em mais nada.

Elas continuaram caminhando. A cidade não era muito grande. E a presença da Nívia foi notada. Alguns observavam de longe, e curiosos para saber quem era aquela jovem. Elas chegaram a uma loja.

_ Filha, pode escolher o que quiser. Eu quero ver você sempre bem vestida e linda.

Nívia, olhou alguns vestidos. Nenhum com decote, e que mostrasse demais o seu corpo. Todos acinturados, e abaixo do joelho. Ela comprou algumas peças intimas. Dois pares de sapatos também.

Ao sairem da loja. Foram ao mercado, e compraram algumas coisas, que precisavam levar para casa.

_ Deveria ter deixado o Matias nos trazer. _ disse Marisa, carregando duas sacolas.

_ Chegaremos rapidinho, não se preocupe. _ comentou Nivia.

Um rapaz aproximou-se delas.

_ Senhoras, senhorita. _ ele tirou o chapéu. _ Gostariam de uma ajudinha?

_ Não, obrigada. _ respondeu Nivia.

_ Creio que as sacolas estejam pesadas. E mãos tão delicadas não merecem ser tão maltratadas.

_ O senhor está sendo impertinente. Não precisamos de ajuda. Poderia nos dar licença.

_ Ainda insisto, vocês devem estar muito cansadas. Apenas estou querendo ser gentil.

_ Já foi, agora poderia nos dar licença.

_ Bom, poderia me dizer o seu nome então.

_ Josefina Altamira.

_ Senhoras, passar bem. Senhorita, nos vemos em breve.

Nívia, continuou andando. Rita e Marisa a seguiram.

_ Filha porque mentiu o seu nome?

_ Mãe, não seja ingênua. Ele só queria saber o meu nome e onde moro. Não quero problemas com o general, por causa de outras pessoas. Vamos, quero fazer algumas coisas.

Elas seguiram o caminho até a vila. Assim que o soldado que estava de guarda, viu elas. Abriu o portão e ofereceu ajuda.

Nívia não aceitou. Ele retornou ao posto.

Assim que chegaram, as três entraram na casa da Rita. Colocaram as sacolas de comida na cozinha.

_ Viu, não foi difícil. Chegamos bem. Vou colocar as outras sacolas no quarto. Depois, ajudo a senhora a levar as suas coisas em casa.

Nivia levou as sacolas para o quarto.

_ Fazia tanto tempo que não ia comprar roupas, e depois ao mercado. _ mencionou Marisa.

_ Ao menos sabemos que não vou ter problemas com as roupas que a Nivia escolheu.

_ Mesmo sendo completamente discretas, a beleza dela não vai passar despercebida. Já viu que hoje aquele rapaz se aproximou.

_ Isso pode trazer problemas a nossa casa. O Antônio não vai gostar de ver esses rapazes todos se aproximando dela.

_ Ninguém mandou ter uma filha tão bonita.

_ Senhora Marisa, gostaria de almoçar aqui?

_ Não, vamos combinar em outra ocasião. O meu filho deve estar me esperando.

_ Então vou carregar essas sacolas para a senhora. Mãe, já volto. Apenas me espere na porta. Para que eu não me perca.

_ Tudo bem, irei esperar. Não demore.

Nívia, pegou as sacolas e saiu com a Marisa.

_ Fazia tanto tempo que não ia a uma loja de roupas, e ao mercado em seguida. _ comentou Marisa.

_ Podemos passear, ir ao parque, a igreja. _ mencionou Nívia.

_ Ao cinema. _ acrescentou Marisa.

_ Então nosso próximo passeio será ao cinema. Vou combinar com a minha mãe.

_ Creio que vocês poderiam vir jantar aqui hoje, o que acha?

_ Sabe que precisamos comunicar ao general. Não vim causar discórdia, apenas quero proteger a minha mãe. Vamos manter as regras dele, sem deixá-lo abusar.

_ Então avise a sua mãe, que eu convidei vocês para jantar. Pode ser amanhã.

_ Avisarei, e se aceitarem, virei cedo para ajudá-la.

_ Não é necessário.

_ É sim, não posso permitir que faça tudo sozinha.

_ Bom, estamos chegando. Essa é a nossa casa. Vamos entrar, é sempre bem vinda.

_ Obrigada.

Marisa abriu a porta de casa. E escutou a voz do Matias.

_ Mãe, é a senhora?

_ Sim meu filho. Pensei que estava descansando.

_ Eu dormi um pouco, coloquei a minha farda para lavar. Desculpa, não sabia que a senhorita Smith estava aqui.

_ Ela veio me ajudar com as sacolas.

_ Eu pego agora, e levo para a cozinha.

Matias, pegou as sacolas, e as levou.

_ Nívia, quer um café?

_ Não, obrigada. Preciso ir agora. Vá a nossa casa mais tarde. Vou fazer alguns biscoitos para o chá.

_ Assim que organizar aqui, irei até lá. Obrigada pela ajuda com as sacolas.

_ Merece. Agora preciso ir.

Marisa acompanhou ela até a porta. Nivia voltou para casa.

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