A rotina da Rita começou cedo.
Nívia levantou junto com o general. Ambos se encontraram a caminho do banheiro. Ele olhou o vestido que ela estava usando. Não comentou nada. Seguiu o seu caminho, sem nem ao menos dar bom dia.
Assim que ele saiu do banheiro, ela entrou.
O general sentou-se a mesa.
_ Leve essa menina para comprar alguns vestidos. Parece uma mulambenta com esses trapos. Empreste um vestido e um sapato seu, para que saia vestida adequadamente. _ proferiu ele, sem nem ao menos dar bom dia.
_ Irei ao mercado, quer algo?
_ Traga bacon, e ovos. Não esqueça.
_ Trarei.
_ Bom dia!
_ Bom dia, filha.
_ Vou pegar o bolo que preparei. Aliás, deveria tirar um pedaço e levar para a senhora Marisa.
_ Mais tarde levamos. Ela vai adorar.
Nivia, levantou e pegou o bolo. Colocou sobre a mesa, e o cortou. Tirou uma fatia para ela, e serviu café.
O general terminou e se retirou. Como sempre, saiu sem dizer nada.
_ Mãe quer um pedaço de bolo?
_ Já comi uma torrada. Deixarei para mais tarde. Depois quero que escolha um dos meus vestidos, e um sapato. Vamos passar numa loja e comprar alguns vestidos para você. Os seus já estão velhos.
_ Mãe, não é necessário.
_ Minha filha, eu quero que fique tão linda quanto as moças da sua idade. Você pode andar bem vestida, e vai andar. Não vamos discutir por causa disso. Termina o café, enquanto eu vou organizando essas coisas.
_ Vamos fazer juntas.
_ Não, assim vamos demorar mais, e precisamos sair. Daqui a pouco a Marisa está aqui.
_ Tudo bem mãe.
Rita, começou a tirar a mesa. Lavou a louça. Nívia, guardou o restante das coisas. Elas limparam a casa, e foram até o quarto da Rita.
_ Filha, pode escolher o que quiser. Eu vou com o vestido florido.
_ Ao menos ele deixa a senhora andar vestida decentemente. São todos lindos, vou pegar esse azul.
_ Ficará lindo em você. O seu pai me disse para vestir você bem, e leva-la as compras. Você precisa ter vestidos lindos, você é tão linda minha filha. Vamos arrumar o seu cabelo, e vai ficar mais linda ainda.
Nívia, apenas deu um sorriso para a mãe.
Elas se arrumaram. Rita, arrumou o cabelo da filha num belo coque.
_ Você está linda. Nem parece a mesma menina que entrou nessa casa ontem.
_ Não exagera mãe. Nada mudou.
Elas escutaram as batidas na porta. Foram atender.
_ Bom dia! Entre Marisa, só vou pegar a minha bolsa.
_ Bom dia! Nossa, você está muito bonita. Essa cor ficou linda em você.
_ Obrigada, a senhora também está muito bonita.
_ Bom, vamos. Não podemos nos atrasar. _ proferiu Rita, apressadamente.
Elas sairam. Antes de cruzarem os portões da vila, um carro entrou e parou próximo a elas.
_ Bom dia! senhoras.
_ Bom dia meu filho. Estamos indo ao mercado, quer algo?
_ Não mãe, se quiser levo vocês até o mercado.
_ Não precisa meu querido. A propósito, quero que conheça a filha do general Smith, e da Rita. Essa é a Nivia.
_ Bom dia senhorita. É um prazer conhecê-la.
_ Bom dia, igualmente.
_ Filho, está tudo pronto para o seu café. Basta se servir.
_ Obrigado. A senhora volta antes do almoço?
_ Claro que sim, não se preocupe. Vá descansar.
_ Se cuidem.
Matias, seguiu o caminho dele.
_ Seu filho é um homem de ouro.
_ De fato, mas, vejo o meu falecido marido nele.
_ Realmente, ele é parecido. Mas tenho certeza que aquele coração puxou você.
_ Espero que sim, ele não demonstra ter puxado o pai dele em mais nada.
Elas continuaram caminhando. A cidade não era muito grande. E a presença da Nívia foi notada. Alguns observavam de longe, e curiosos para saber quem era aquela jovem. Elas chegaram a uma loja.
_ Filha, pode escolher o que quiser. Eu quero ver você sempre bem vestida e linda.
Nívia, olhou alguns vestidos. Nenhum com decote, e que mostrasse demais o seu corpo. Todos acinturados, e abaixo do joelho. Ela comprou algumas peças intimas. Dois pares de sapatos também.
Ao sairem da loja. Foram ao mercado, e compraram algumas coisas, que precisavam levar para casa.
_ Deveria ter deixado o Matias nos trazer. _ disse Marisa, carregando duas sacolas.
_ Chegaremos rapidinho, não se preocupe. _ comentou Nivia.
Um rapaz aproximou-se delas.
_ Senhoras, senhorita. _ ele tirou o chapéu. _ Gostariam de uma ajudinha?
_ Não, obrigada. _ respondeu Nivia.
_ Creio que as sacolas estejam pesadas. E mãos tão delicadas não merecem ser tão maltratadas.
_ O senhor está sendo impertinente. Não precisamos de ajuda. Poderia nos dar licença.
_ Ainda insisto, vocês devem estar muito cansadas. Apenas estou querendo ser gentil.
_ Já foi, agora poderia nos dar licença.
_ Bom, poderia me dizer o seu nome então.
_ Josefina Altamira.
_ Senhoras, passar bem. Senhorita, nos vemos em breve.
Nívia, continuou andando. Rita e Marisa a seguiram.
_ Filha porque mentiu o seu nome?
_ Mãe, não seja ingênua. Ele só queria saber o meu nome e onde moro. Não quero problemas com o general, por causa de outras pessoas. Vamos, quero fazer algumas coisas.
Elas seguiram o caminho até a vila. Assim que o soldado que estava de guarda, viu elas. Abriu o portão e ofereceu ajuda.
Nívia não aceitou. Ele retornou ao posto.
Assim que chegaram, as três entraram na casa da Rita. Colocaram as sacolas de comida na cozinha.
_ Viu, não foi difícil. Chegamos bem. Vou colocar as outras sacolas no quarto. Depois, ajudo a senhora a levar as suas coisas em casa.
Nivia levou as sacolas para o quarto.
_ Fazia tanto tempo que não ia comprar roupas, e depois ao mercado. _ mencionou Marisa.
_ Ao menos sabemos que não vou ter problemas com as roupas que a Nivia escolheu.
_ Mesmo sendo completamente discretas, a beleza dela não vai passar despercebida. Já viu que hoje aquele rapaz se aproximou.
_ Isso pode trazer problemas a nossa casa. O Antônio não vai gostar de ver esses rapazes todos se aproximando dela.
_ Ninguém mandou ter uma filha tão bonita.
_ Senhora Marisa, gostaria de almoçar aqui?
_ Não, vamos combinar em outra ocasião. O meu filho deve estar me esperando.
_ Então vou carregar essas sacolas para a senhora. Mãe, já volto. Apenas me espere na porta. Para que eu não me perca.
_ Tudo bem, irei esperar. Não demore.
Nívia, pegou as sacolas e saiu com a Marisa.
_ Fazia tanto tempo que não ia a uma loja de roupas, e ao mercado em seguida. _ comentou Marisa.
_ Podemos passear, ir ao parque, a igreja. _ mencionou Nívia.
_ Ao cinema. _ acrescentou Marisa.
_ Então nosso próximo passeio será ao cinema. Vou combinar com a minha mãe.
_ Creio que vocês poderiam vir jantar aqui hoje, o que acha?
_ Sabe que precisamos comunicar ao general. Não vim causar discórdia, apenas quero proteger a minha mãe. Vamos manter as regras dele, sem deixá-lo abusar.
_ Então avise a sua mãe, que eu convidei vocês para jantar. Pode ser amanhã.
_ Avisarei, e se aceitarem, virei cedo para ajudá-la.
_ Não é necessário.
_ É sim, não posso permitir que faça tudo sozinha.
_ Bom, estamos chegando. Essa é a nossa casa. Vamos entrar, é sempre bem vinda.
_ Obrigada.
Marisa abriu a porta de casa. E escutou a voz do Matias.
_ Mãe, é a senhora?
_ Sim meu filho. Pensei que estava descansando.
_ Eu dormi um pouco, coloquei a minha farda para lavar. Desculpa, não sabia que a senhorita Smith estava aqui.
_ Ela veio me ajudar com as sacolas.
_ Eu pego agora, e levo para a cozinha.
Matias, pegou as sacolas, e as levou.
_ Nívia, quer um café?
_ Não, obrigada. Preciso ir agora. Vá a nossa casa mais tarde. Vou fazer alguns biscoitos para o chá.
_ Assim que organizar aqui, irei até lá. Obrigada pela ajuda com as sacolas.
_ Merece. Agora preciso ir.
Marisa acompanhou ela até a porta. Nivia voltou para casa.
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Atualizado até capítulo 28
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