capítulo 4

Marisa, chegou em casa. Foi até o quarto rezar também. Pedia a Deus, que protegesse a amiga e a ajudasse com a filha e o marido.

Depois foi colocar a mesa para o café do filho. Matias, mandou um dos soldados avisar que não iria em casa, estaria de serviço.

Nivia, foi para a cozinha, olhou o que tinha, e resolveu fazer um ensopado.

Rita, aproximou-se dela.

_ Filha, ei faço o jantar. Vai descansar.

_ Não mãe, hoje eu vou fazer a comida. A senhora Marisa, ela virá?

_ Não, disse que em outra ocasião ela vem. Filha, com quem aprendeu a atirar?

_ Mãe, na guerra, aprendi muitas coisas. Algumas necessárias para salvar a minha vida. Vou preparar um ensopado. Amanhã farei um bolo delicioso para o nosso café. O que acha?

_ Amanhã vamos ao mercado, gostaria de nos acompanhar?

_ Claro que sim, vou adorar.

Rita, se perguntava. Que tipo de coisas a filha teve que passar para sobreviver. Ela foi arrumar as roupas da filha.

Não tinha um único vestido novo. Apenas roupas velhas. Algumas com ajustes e pequenos remendos.

Rita, se culpava por não ter tido coragem suficiente para ir embora, quando podia. Se culpava pelo tempo perdido com a filha. Por ela não ter vestidos bonitos como as outras meninas da idade dela. Rita chorou em silêncio.

Algum tempo depois o general entrou em casa. Foi até a cozinha, e se deparou com a Nívia, colocando a comida nas travessas. Nivia fingiu não vê-lo.

Ele foi até o quarto, onde encontrou Rita, sentada no escuro, olhando para o nada.

_ O que faz no escuro? _ perguntou ele, ao ligar a luz.

_ A sua roupa está sobre a cama, e já passei o seu uniforme de amanhã.

_ O que você tem? _ perguntou ele, sem obter resposta alguma.

O general desconfiado, pegou a roupa que estava na cama, e foi para o banho. Quando retornou, ao quarto ela não estava mais lá.

Se encaminhou até mesa, e elas estavam lá, sentadas e já haviam se servido.

Rita serviu ele. O general ficou desconfiado.

_ Vamos rezar e agradecer a nossa refeição. _ disse Nivia.

O general apenas a olhou. Nivia fechou os olhos e começou a rezar o pai nosso. Após o término, ela começou a comer.

O general observava as duas. Rita mal tocava na comida. Nivia, comia com vontade. Por um instante ele pensou que ela poderia ter colocado veneno na comida dele. Não comeu muito, apenas um pouquinho.

_ Não se preocupe general, não coloquei veneno na comida. Pode comer. _ mencionou Nívia.

Após o jantar, Nívia começou a juntar toda a louça. Rita parecia um pouco distante de tudo.

O general levantou, e colocou a mão sobre o ombro dela.

_ Vamos para o nosso quarto.

_ Vou ajudar a Nivia. Irei daqui a pouco.

_ Não demore, se não já sabe.

Rita apenas assentiu. O general se retirou. Rita, foi ajudar a filha.

_ Mãe vai deitar, eu vou deixar tudo organizado, não se preocupe.

_ Me perdoa minha filha.

_ Perdoar, pelo que?

_ Por ter sido uma covarde todo esse tempo. Por não ter lutado por você.

_ Isso não importa. E não há nada para perdoar. A partir de agora, vamos estar sempre juntas. E vamos cuidar uma da outra. Agora, esqueça isso. Vai deitar, amanhã precisamos ir ao mercado.

_ Boa noite filha.

_ Boa noite.

Rita foi para o quarto. Antônio estava esperando por ela. Ela tirou a roupa, e colocou a camisola para deitar.

_ Eu vou perguntar pela última vez, o que você tem?

_ Por que você mandou ela embora?

_ Você era rebelde demais Rita, eu queria um filho, e você só se dedicava aquela menina. Você não podia ficar com ela, por causa dela, eu machucava você.

_ Você faz isso porque gosta. A nossa filha não tem nada a ver com tudo isso. Por sua causa ela precisou ver coisas horríveis, e pior, aprendeu coisas que não deveria. Ela não teve conforto, não teve roupas bonitas. Você é o culpado de tudo. Só você general.

_ Tome muito cuidado com as suas palavras Rita. Pode acabar se arrependendo muito. Não pense que a sua filha vai te proteger sempre. Ela vai pagar caro pela afronta de hoje.

_ O que você vai fazer?

_ Você vai descobrir em breve. Agora esquece esse assunto, precisamos dar continuidade no nosso projeto. Em breve terei um filho, se continuarmos com essa dedicação.

_ E se for outra menina.

_ Para o seu bem, será melhor que seja um menino.

Antônio não quis mais conversa. Apenas fez o seu papel, para conseguir o tal filho que ele tanto queria.

Nivia, terminou de limpar tudo e preparou um bolo. Enquanto o mesmo assava, ela lavou a roupa do banho. Após, estar tudo em ordem. Lívia se retirou e rezou antes de dormir.

Baixar agora

Gostou dessa história? Baixe o APP para manter seu histórico de leitura
Baixar agora

Benefícios

Novos usuários que baixam o APP podem ler 10 capítulos gratuitamente

Receber
NovelToon
Um passo para um novo mundo!
Para mais, baixe o APP de MangaToon!