Rendidos ao Amor
Ano de 1950
Nivia, é filha de um general. Nenhum pouco agradável diga-se de passagem. Foi enviada ao convento aos oito anos de idade. O mesmo despreza o fato de ter uma filha. Algo que poucos conhecem. A princípio, todos pensam que o general Smith não tem filhos.
Ela retornará para a casa, após o término da segunda guerra mundial. A mesma ajudava as freiras a cuidar dos feridos no hospital improvisado que tinham. Nívia nunca se deu bem com o pai. Ela tinha um amor incondicional apenas pela mãe. Que quando podia ia ver a filha. Por causa da guerra, já estavam a seis anos sem se ver.
Rita, era uma mulher doce. Que por infelicidade caiu nas mãos do general.
Rita era uma menina quando se apaixonou pelo príncipe errado. Ao ver o marido pela primeira vez, pensou que fosse um bom homem. Bonito, e que chamaria a atenção de qualquer mulher. De boa família. Pai militar, e mãe religiosa.
Após uma semana de casados, e que a lua de mel já havia acabado, e ela precisou ir morar na vila militar, e passou a conviver somente com ele, Rita finalmente descobriu o tipo de homem que vivia ao seu lado.
Frio, impiedoso, agressivo, e que a maltratava sem dó nem piedade. Aos olhos de alguns que não conheciam o temperamento do general, poderiam afirmar que aquela jovem, era uma mulher de sorte. Sendo quinze anos mais nova que o marido. Sem nenhuma experiência, ela precisou se calar para sobreviver. Sem ninguém para apoiá-la, ou até mesmo estender uma mão amiga.
Rita, levou um tempo até conhecer Marisa. Marisa, é esposa de um tenente coronel. Que não é nada diferente do marido de Rita.
Ambos homens cruéis. Elas criaram uma grande amizade, mesmo não se vendo com tanta frequência.
Marisa, tem um filho, chamado Matias. Ele também está na carreira militar. Para o desespero de Marisa, ele precisou seguir os passos do pai. O mesmo acabou morrendo durante a guerra. Algo que de algum modo, trouxe um certo conforto a ela.
Rita pensava que poderia ter tido essa mesma sorte, porém isso não aconteceu. Sua filha precisaria conviver com o pai, e do jeito que conhecia o mesmo, sabia que as coisas não seriam nada agradáveis. Ao mesmo tempo que a desejava próxima a ela, também desejava que ela estivesse distante do pai.
O general retornou mais vivo do que nunca.
Com a mesma arrogância e prepotência de sempre. Chegou dando ordens do que queria comer, e de que forma a esposa deveria estar vestida para agradá-lo. Rita procurava não contrariar o marido, fazendo tudo o que ele ordenava. Sempre vestida, como uma dama impecável.
Ela assou frango e fez torta de maçã. Eram os pratos preferidos dele.
_ Sinto cheiro de frango. _ proferiu o general ao entrar na cozinha.
_ Sim, e fiz torta de maçã. A sua favorita. _ manifestou ela.
_ Mas não é só isso que eu quero hoje. Quero que aqueça a nossa cama, e você ainda pode me dar um filho. Conversei com um médico, e me disse que você pode engravidar ainda. Basta tentarmos, com mais frequência. _ Smith beijava-lhe o pescoço enquanto pronunciava aquelas palavras.
Para Rita, apenas um sacrifício diário. Mas, não poderia recusar. Isso traria problemas graves a ela.
_ Deveríamos comer primeiro, não vamos esperar o frango ficar frio.
_ Tem razão, mas após o jantar, você será minha.
Rita, sentia um frio percorrer todo o seu corpo. Porém manteve a sua postura intacta.
Após servir o jantar, ela sentou-se e procurou esquecer que daqui alguns minutos precisaria se entregar e dividir a cama com aquele homem. Após comerem um pedaço de torta. Rita começou a juntar a louça. Quando estava próxima a pia, já lavando a louça. Smith aproximou-se mais uma vez.
_ Não demora, estou com muita saudade. - ele apertou levemente a sua bunda. _ Sabe que eu não gosto de esperar.
Smith foi para o quarto. Enquanto Rita, se apressava para terminar de limpar a cozinha. Assim que tudo estava limpo, ela foi para o quarto. O general estava sentado na cama, escorado nos travesseiros, a espera dela. Rita, retirou a roupa e deitou. Sem muita demora, e sem muita troca de afeto. Smith era frio em todos os sentidos. Consumou o ato e virou para o lado oposto.
Ela ficou deitada ao lado dele. Precisava levantar cedo, para preparar o café, e arrumar a roupa do serviço do general.
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Atualizado até capítulo 28
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