Esta mulher precisaria de mim. Ela ficaria ao meu lado e confiaria em mim, e nossos filhos não ficariam órfãos de mãe.
Ela era como uma joia rara. Um bem valioso.
Sim, eu estava orgulhoso e ansioso. Eu a possuiria para meus irmãos verem e me certificaria de que não houvesse dúvidas de que ela gostasse.
E se a ciência do templo estivesse errada... logo
descobriríamos.
Ainda assim, quando vi como ela estava com medo, como ela era realmente pequena contra mim, outra semente de dúvida formigou no fundo do meu estômago. Ela era realmente tão nervosa quanto parecia? Estaria eu condenado a uma vida de
movimentos deliberados, palavras suaves e controle de todos os meus instintos?
Tudo o que eu queria era deitá-la aberta no leito de sacrifício e festejar com ela, e então reivindicá-la para que todos vissem. Eu não queria ser gentil e paciente. Eu queria inundá-la com minha semente, fazê-la transbordar dela, plantando meus herdeiros
dentro de seu ventre.
Mas quando olhei para a mulher cuja cabeça nem chegava à minha cintura, a dúvida se aprofundou, transformando-se em inquietação. Uma correspondência genética estava tudo bem, mas e nossas personalidades? Eu não sabia nada sobre ela, e ela não sabia nada sobre mim.
Seríamos capazes de manter uma conversa? Ela seria minha igual, um consolo e uma esposa solidária como planejei ser para ela?
Ou ela apenas cumpriria seus deveres e nada mais, como uma égua reprodutora?
Eu estava prestes a dar um passo para trás, minhas dúvidas me deixando hesitante.
Mas naquele exato momento, ela olhou para cima, seus olhos brilhando com determinação. Sua boca estava em uma linha, e percebi que sua aparência era enganosa. O corpo delicado escondia uma criatura de força e coragem, alguém que olhou para mim com uma coragem feroz.
Eu sorri, algumas das minhas preocupações aliviadas. Depois de um momento, ela sorriu de volta, seus olhos nunca deixando meu rosto.
Se ela tivesse fogo, faríamos isso funcionar. Eu tinha certeza disso.
— Vamos começar, — a sacerdotisa disse, e eu acariciei o interior do pulso de Lucy com meu polegar.
Seus olhos se arregalaram e ela estremeceu, mas não parecia ser de medo. Eu acariciei novamente, aplicando um pouco mais de pressão. Sua pele era deliciosamente quente e eu não conseguia
imaginar como seria beijá-la e acariciá-la. Estar por dentro…
Gigantes de gelo eram legais, dentro e fora. Mergulhar em seu corpo quente... Eu endureci com o pensamento, um desejo sombrio mexendo em minhas entranhas.
— Repita depois de mim, Lucy, — disse a sacerdotisa, virando-se para minha noiva.
Ela assentiu. Seus olhos nunca deixaram os meus enquanto ela dizia o voto, repetindo cada poucas palavras após a sacerdotisa, sua voz forte e determinada.
— Eu, Lucy Mano, estou diante de você como sua noiva. Dou-lhe as boas-vindas ao meu corpo e alma, à minha vida e ao meu futuro, e juro pertencer a você para sempre, assim como você pertencerá a mim. Eu te dou minha obediência, fidelidade e meu coração.
Ela olhou nos meus olhos enquanto falava essas palavras, e meus instintos se agitaram, crescendo em poder, até que todo o meu corpo vibrou com a necessidade de reivindicá-la agora, protegê-la, dar-lhe tudo para que ela fosse feliz para sempre.
A voz de Lucy não falhou até a última linha do voto.
— Eu me entrego a você, Aldrig, o r... rei dos gigantes do gelo.
Ela parecia surpresa e um pouco assustada enquanto repetia meu título depois da sacerdotisa. E, no entanto, seus olhos nunca deixaram meu rosto, a apreensão logo se transformando em admiração.
Eu sabia meu voto de cor, e antes que a sacerdotisa pudesse me pedir para repetir depois dela, eu o disse na íntegra.
— Eu, Aldrig, o rei dos gigantes do gelo, estou diante de você como seu noivo. Eu ofereço meu corpo e minha alma, minha vida e meu futuro, e juro pertencer a você para sempre, assim como você
pertencerá a mim. Eu te dou minha proteção, minha casa e meu coração. Eu tomo você como minha esposa, Lucy Mano.
A sacerdotisa assentiu e se dirigiu a uma mesa, sobre a qual havia uma bandeja com pão e sal. Dois pratos de metal, cada um com um pedaço de pão preto e duas xícaras cheias do sal escuro e
azulado extraído de nossas terras.
— Agora vocês vão alimentar um ao outro com pão e sal como símbolo dos deveres de marido e mulher que prometem cumprir.
Peguei um pedaço de pão e o pressionei no sal. Aumentei o volume, parando por um momento para admirar como os cristais azuis brilhavam à luz do fogo.
— A esposa come à mesa do marido e abre o corpo para receber a semente dele, — disse a sacerdotisa.
Lucy corou, uma deliciosa mancha vermelha se espalhando por suas bochechas. Quando levei o pão a seus lábios, pude sentir o calor de seu rubor contra meus dedos.
Ela abriu a boca e eu coloquei o pão dentro, deixando meu dedo roçar em seus lábios. Eu assobiei, o calor úmido de sua pele enviando uma emoção para mim quando os olhos azuis de Lucy viraram para cima, me dando um olhar que eu não conseguia
decifrar.
Ela fechou a boca, mastigou rapidamente e engoliu, o movimento de sua garganta pronunciado.
— Sua vez, — eu disse, olhando para ela sem piscar.
Todos os meus instintos e sentidos agora estavam voltados para ela, e o resto do quarto ficou borrado e desapareceu na sombra enquanto minha noiva enchia minha visão. Eu não conseguia ouvir
nada além de sua respiração rápida e nervosa, as batidas de seu coração, o sussurro de seu vestido roçando no altar.
Eu inalei, tentando pegar sua fragrância entre os muitos aromas misturados na sala. Lá estava a fumaça, a sacerdotisa, meus irmãos. E algo doce, uma nota fraca que veio da cama. E então…
Dela. Ela cheirava a humana, mas limpa e fresca. Seu cheiro tinha uma ponta afiada, ligeiramente ácida e uma nota quente por baixo. Algo picante, que parecia que iria queimar se eu provasse.
Com os dedos trêmulos, ela pegou o pedaço de pão e o pressionou no prato de sal, assim como eu havia feito. Ela levantou a mão e eu abaixei a cabeça, sabendo que ela não seria capaz de alcançar minha boca se eu me levantasse.
Inclinei-me sobre o fogo, capturando seus dedos entre meus lábios. Ela engasgou e eu corri minha língua sobre sua pele quente, deixando seu gosto se misturar com o do sal e do pão, todos os três
combinando no sabor do meu futuro.
— O marido recebe os filhos que sua esposa lhe dará e sustenta sua família.
Soltei os dedos de Lucy depois de passar minha língua sobre eles e apreciar seu calor. Então me endireitei, engolindo o pão que ela me deu.
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Comments
Maria Luísa de Almeida franca Almeida franca
adorando cada capítulo da história vc está de parabéns autora
2025-04-28
1
Mari
Autora amo as suas histórias, a sua criatividade é magnífica 😍
2025-04-27
0
Mari
Ele é muito fofo 💖
2025-04-27
1