Demônios Internos (BakuDeku)
Capitulo 1
Euzinha
𝐁𝐞𝐦 𝐯𝐢𝐧𝐝𝐨𝐬 𝐚𝐨 𝐩𝐫𝐢𝐦𝐞𝐢𝐫𝐨 𝐜𝐚𝐩𝐢𝐭𝐮𝐥𝐨
O inverno cobria a cidade com seu silêncio gelado, e as luzes dos letreiros pareciam dançar ao longe, borradas pelas lágrimas que Izuku tentava esconder.
Izuku
— Você não precisava me carregar, Kacchan… eu tô bem…
Bakugou
— Cala a boca, nerd. Tá tremendo inteiro. Não é "tá bem" coisa nenhuma.
O silêncio caiu entre os dois, quebrado apenas pelo som abafado dos passos de Bakugou sobre a neve. As ruas estavam quase vazias. Era madrugada. O tipo de hora em que os monstros internos sussurram mais alto.
Izuku
— Eu sinto como se… como se eu estivesse me afundando de novo. Aquela voz na minha cabeça, ela… ela nunca cala a boca.
A resposta foi seca, mas seus braços seguravam Izuku com firmeza, como se a qualquer momento ele pudesse desaparecer.
Izuku
— Ela diz que eu não sou suficiente. Que não importa o quanto eu tente, eu sempre vou estragar tudo. Que ninguém realmente…
(sua voz falhou)
Bakugou parou. Ficou ali, no meio da calçada deserta, com a respiração pesada e os olhos apertados.
Bakugou
— Eu devia socar essa voz. Com força.
Izuku soltou um pequeno riso fraco, enterrando o rosto no pescoço de Bakugou.
Izuku
— Ela é parte de mim. Esses demônios, Kacchan… eles são meus. Eu não consigo me livrar deles.
Bakugou
— Então eu vou carregá-los com você. Mesmo que isso me destrua também.
Izuku sentiu as lágrimas escorrerem, quentes, contrastando com o frio cortante da madrugada.
Izuku
— Por quê? Por que você faria isso?
Bakugou
— Porque, droga, eu te amo. E se você cair, eu caio junto. Mas eu não vou deixar. Não dessa vez.
A cidade parecia tão distante, como se o mundo todo tivesse encolhido até caber só ali, entre os dois. Izuku se apertou mais contra ele, como se tivesse medo de acordar de um sonho.
Izuku
— Eu tô cansado, Kacchan… cansado de lutar contra mim mesmo.
Bakugou
— Então deixa eu ser teu abrigo. Nem que seja só por essa noite. Nem que eu tenha que brigar com cada demônio teu, um por um.
O vento soprou forte, levando embora qualquer palavra não dita. Ali, envoltos em cachecóis e feridas invisíveis, dois garotos que não eram heróis, que não tinham poderes, lutavam contra os monstros que ninguém via.
E naquele momento, Izuku acreditou — talvez pela primeira vez — que seus demônios não eram invencíveis.
Comments
𝕊𝕒𝕓𝕣𝕚𝕟𝕒 ℂ𝕣𝕚𝕤𝕥𝕚𝕟𝕒
Autoraaaaa, a história ta incrível por favor continua
2025-06-02
1
❥Akina_Bakugo☙
Owwwww
2025-07-03
1
❥Akina_Bakugo☙
já amei
2025-07-03
2