03

Revna virou a cabeça para o lado e viu as bocas das pessoas se mexendo, mas não conseguia ouvir nada. Por que ela não conseguia ouvir nada?

“Pontos… tala… mas primeiro… limpe… ferida…”

Ela gritou de dor e sentiu como se alguém estivesse tirando algo da sua perna. O que estavam fazendo com ela?

A dor era tanta que se tornou nauseante.

"Shhhh, você está bem, pequena. Tudo vai ficar bem agora. Respire fundo por mim", disse gentilmente o homem que segurava a mão dela.

Ela não sabia por que conseguia ouvir a voz dele tão claramente quando não conseguia ouvir a de mais ninguém.

Revna gritou de dor enquanto eles continuavam a raspar e a desenterrar o que quer que estivessem fazendo em sua perna.

"Você está bem. Vão te dar remédio agora. Vai ficar tudo bem."

Mas como ele sabia? Como ele sabia se tudo ia ficar bem?

Sua visão começou a falhar conforme a dor aumentava. Sem dúvida, ela desmaiaria se continuassem a fazer o que estavam fazendo com sua perna.

"Relaxa. Vai ficar tudo bem. O papai está cuidando de você", disse ele calmamente. "Eu cuido de você. Não resista ao remédio, deixe-o fazer efeito e durma. Que menina boazinha."

...DANTE...

Dante segurou a mão dela enquanto se sentava ao lado dela. Ela não deveria acordar pelos próximos 30 minutos.

Ele não esperava encontrá-la tão cedo. Já tinha visto outras pessoas encontrarem suas companheiras e imaginou que levaria vários anos até encontrar a sua. A sorte nunca esteve do seu lado, mas aparentemente desta vez estava.

Ela finalmente estava ali e ele mal podia esperar que ela acordasse. Dante teria que ser paciente quando ela acordasse. Sem dúvida, ela ficaria desorientada e teria muitas perguntas, mas ele estava preparado para isso.

Ou ele esperava estar preparado para isso.

Ele não sabia quais seriam todas as perguntas, mas sabia algumas das básicas. Onde ela estava? Ela poderia ir embora? Onde estavam as coisas dela?

Tudo o que ele ouvia sempre que alguém encontrava seu par. Ele sabia que não seria fácil, mas nada na vida é fácil. Ele estava preparado para ser paciente com ela e mostrar que viver em um Refúgio Seguro era a melhor coisa para ela. Mesmo que ela não pensasse assim naquele momento.

Ela já havia perguntado sobre suas coisas. Ele não sabia se ela havia percebido, mas percebeu. E ele teria que lhe dizer que ela nunca mais receberia suas coisas de volta. Isso o deixou triste, mas ele não conseguia deixar de se sentir feliz.

Ele finalmente a tinha e não iria desistir dela.

Não que ela pudesse ir embora de qualquer maneira. Uma vez que alguém entrasse na cidade, não havia como voltar atrás. Não importava o quanto tentasse, nunca conseguiria sair.

Dante nunca teve vontade de deixar a cidade. Ela lhes dava tudo o que precisavam. Era mágica e os ajudava a encontrar seus parceiros. O que mais uma pessoa poderia querer?

“Dante?” Tobias gritou seu nome.

Ele olhou e viu Tobias entrando na sala. Ele estava esperando por ele. Ele era o alfa de Safe Haven. Sempre que alguém encontrava seu companheiro, ele vinha e verificava.

Era uma cortesia, mas também uma formalidade. Ele queria ter certeza de que tudo estava indo bem e se precisavam de ajuda.

“Alfa”, Dante curvou a cabeça levemente.

"Você sabe que pode me chamar de Tobi. Eu sou o alfa da cidade, mas somos todos amigos. Nós meio que crescemos juntos", disse Tobi. "Ouvi dizer que você encontrou sua companheira. É ela?"

"É ela. Ainda não sei o nome dela, mas quando ela acordar, vamos nos conhecer", respondeu ele.

“Posso perguntar como ela se machucou?”.

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