A noite em Lunaris era um espetáculo de tirar o fôlego. As luas gêmeas pairavam altas no céu, banhando os jardins do palácio com um brilho prateado suave. As flores noturnas desabrocharam sob a luz suave, exalando um perfume doce que se misturava ao som distante de grilos e ao sussurro do vento nas árvores.
Na majestosa sala de jantar, uma longa mesa de ébano reluzia sob o brilho de candelabros de ouro maciço. O aroma de pratos elaborados pairava no ar, e criados moviam-se silenciosamente, servindo a nobreza presente. Sentado à cabeceira estava o rei Alaric, seu olhar firme observando os filhos. Ao lado dele, três mulheres de postura distinta. Lilith, a rainha de Lunaris, emanava um ar sereno e autoritário. Ao seu lado, Mirena e Evelyne, as mães de Leonard, Adrian e Selene, exalavam graça e imponência. Próxima aos trigêmeos, Elena, a mãe dos pequenos herdeiros, mantinha-se vigilante, olhos atentos e postura defensiva.
O ambiente estava pesado, uma tensão velada flutuando pelo salão enquanto os irmãos trocavam olhares. Leonard, sempre altivo, lançou um olhar desdenhoso aos trigêmeos antes de espetar um pedaço de carne. Mirena, sua mãe, sorriu satisfeita.
O silêncio foi quebrado pela voz suave de Lilith. — Então, crianças, como têm sido seus estudos e treinamentos?
Vitória, normalmente ousada, hesitou. — São... intensos, mas interessantes.
Leonard arqueou uma sobrancelha. — Interessantes? Ouvir que você explodiu metade do campo de treinamento parece mais destruição que aprendizado.
Antes que Vitória pudesse responder, Elena, a mãe dos trigêmeos, interveio, sua voz firme, mas gentil. — A magia flui forte em Vitória. Dominar um talento assim exige paciência e orientação.
Mirena ergueu uma sobrancelha fina, desdenhosa. — Ou controle. Crianças imprudentes causam problemas.
Elena não se intimidou. — Melhor um espírito livre que alguém amargo e sem compaixão.
Leonard desdenha com os olhos, mas Adrian interveio, sorrindo. — Istefany, ouvi que você se destaca em estratégias. Já pensou em jogar xadrez comigo algum dia?
Istefany assentiu, determinada. — Se você estiver pronto para perder.
Selene riu, animada. — Luan, você parece forte. Talvez um duelo amistoso um dia?
Luan sorriu tímido. — Se não se importar de perder para alguém menor.
Leonard bufou, mas Mirena o repreendeu com um olhar. — Adrian, Selene, não precisam bajular seus novos irmãozinhos.
Evelyne, quieta até então, ergueu a voz. — Um pouco de gentileza não machuca ninguém, Mirena.
O jantar prosseguiu com risos, provocações e trocas de olhares calculados. As mães dos irmãos mais velhos observavam os trigêmeos com uma mescla de curiosidade e ceticismo. Elena manteve-se protetora, olhos atentos.
Ao final do jantar, Selene aproximou-se de Istefany. — Se quiser, podemos treinar juntas. Não sou tão habilidosa quanto Leonard, mas sei algumas coisas.
Istefany sorriu. — Eu adoraria.
Os trigêmeos foram conduzidos para os jardins iluminados pelas luas. Vitória olhou para as mãos. — Eles nos veem como estranhos.
Luan suspirou. — Vamos provar que somos dignos.
Istefany ergueu o queixo. — Sempre juntos.
O céu estrelado parecia abençoar seu juramento silencioso. O vínculo familiar começava a se formar, mas ainda havia um longo caminho pela frente.
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Atualizado até capítulo 31
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