Juramento Eterno dos Trigêmeos

Juramento Eterno dos Trigêmeos

Capítulo 1: Um Novo Começo

O som estridente de pneus derrapando cortou o ar, seguido por um impacto devastador. A dor foi intensa, e a escuridão os envolveu. Em meio ao caos, suas mãos se entrelaçam, firmando um juramento silencioso: "Nunca nos separaremos."

Aos poucos, a consciência retornou, mas algo estava estranho. O toque suave de tecidos finos, um calor acolhedor e um leve murmúrio ao redor. Istefany sentiu o corpo pequeno e frágil, o peso de algo cobrindo-a. Ao abrir os olhos, viu um teto abobadado com pinturas detalhadas e candelabros dourados. Sentiu o toque familiar das mãos dos irmãos, igualmente pequenos.

"Eles são lindos!" exclamou uma voz feminina, emocionada. Um homem alto, de cabelos prateados e olhos dourados, os observava com um sorriso orgulhoso. Ele segurava os três embrulhos com cuidado. “Os herdeiros do trono de Lunaris nasceram!” anunciou em um tom autoritário. A sala explodiu em aplausos, gritos e murmúrios emocionados.

Dentro dos corpos frágeis, as mentes dos irmãos tentavam compreender o impossível. "Reencarnamos?" pensou Istefany, enquanto seus olhos buscavam os de seus irmãos. Luan, com uma expressão irritada, resmungou baixinho. Vitória, confusa, tentou chorar, mas apenas um gemido infantil escapou.

Os primeiros meses foram um desafio inesperado. Incapazes de falar ou se mover livremente, estavam presos às limitações de um corpo infantil. A fome, o desconforto e as noites mal dormidas tornaram-se constantes. Com o tempo, cederam ao instinto e se comportaram como bebês, mas a frustração de não poder comunicar pensamentos adultos persistia.

Com dois anos, os trigêmeos aprenderam a caminhar e a falar. O palácio se tornou um mundo vasto e cheio de mistérios. Corredores intermináveis, tapeçarias detalhadas e jardins exuberantes eram seus campos de exploração. Istefany era curiosa e observadora, sempre analisando o ambiente e testando os limites impostos pelos criados. Vitória era curiosa e destemida, encantada por tudo relacionado a magia, enquanto Luan demonstrava uma preguiça singular, mas surpreendia com força desproporcional ao tamanho.

Certo dia, durante uma aula de magia com um velho mago ranzinza, Vitória tentou conjurar uma simples bola de luz, mas o feitiço escapou de seu controle, explodindo em uma chuva de faíscas e deixando o mago de cabelos em pé. Enquanto o tutor se recuperava, Istefany aproveitou para pregar uma peça em um irmão mais velho arrogante, enquanto Luan roncava tranquilamente num canto.

Os anos passavam, e os desafios aumentavam. As lições de etiqueta, história e magia se tornavam mais complexas, e os três se viam cada vez mais pressionados pelas expectativas da corte. Durante uma cerimônia oficial, Istefany teve que controlar a própria língua ao ouvir um lorde zombar de sua pouca idade. Luan apertou os punhos, mas Vitória, sorridente, resmungou um feitiço que fez o homem tropeçar diante de todos.

Numa noite iluminada pelas luas gêmeas, os trigêmeos sentaram-se no jardim. Istefany fitou o céu estrelado e suspirou. “Não importa o que aconteça, sempre juntos.” Vitória sorriu, determinada, e Luan murmurou sonolento: “Sempre.”

A infância não foi fácil. Mesmo com privilégios, o ambiente era competitivo e cruel. Os irmãos mais velhos, especialmente os três filhos de outra rainha, sempre os desafiaram e testaram suas habilidades. A rivalidade era evidente.

Com seis anos, o treinamento de combate começou. Luan demonstrou talento natural para o manejo da espada, embora preguiçoso, enquanto Istefany dominava a arte de antecipar movimentos. Vitória, porém, achava difícil lidar com a espada, preferindo a magia. A cada treino, um sentimento de inadequação surgia nela.

Certo dia, após um exercício desastroso, Vitória fugiu para o jardim, frustrada. Luan, sempre preguiçoso, foi atrás dela. Istefany chegou logo depois. "Não desista tão fácil", provocou a irmã mais velha. Vitória secou as lágrimas e, determinada, prometeu se tornar a melhor maga de Lunaris.

Os desafios apenas começaram. As rivalidades se intensificaram e a sombra de um destino sombrio parecia espreita. Mas, como sempre, firmaram um juramento: “Sempre juntos, nunca separados.”

O caminho seria longo, mas os trigêmeos estavam prontos.

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