O sol dourado de Lunaris brilhava intensamente, lançando sombras longas pelos corredores de mármore branco do palácio real. Os trigêmeos, agora com sete anos, treinavam incansavelmente sob a supervisão atenta de seus mestres. O reino exigia herdeiros fortes e habilidosos, e o rei Alaric não aceitava nada menos que a excelência. Mesmo crianças, os três sentiam o peso das expectativas.
Luan girou a espada de treino com um sorriso confiante. Sua força física era impressionante, mas a preguiça habitual fazia com que ignorasse a técnica mais refinada, preferindo golpes diretos e brutos. O mestre de armas, um homem musculoso e de olhar severo, ficou irritado.
— Luan! Técnica antes da força! Se continuar atacando sem pensar, será derrotado por um espadachim habilidoso — ralhou o mestre.
Luan resmungou algo ininteligível e ajustou a postura. Istefany, observando de perto, sorria divertida. Ela preferia estratégias e táticas, uma estudiosa nata que enxergava além dos movimentos físicos. Ao lado dela, Vitória murmurava um feitiço, criando pequenas chamas que dançavam na palma de sua mão.
— Que interessante, maninha — provocou Istefany. — Você finalmente conseguiu fazer algo sem explodir tudo?
Vitória estreitou os olhos. — Só porque eu treino magia não significa que não saiba lutar. Se quiser, podemos testar isso agora.
— Meninas! — rugiu o mestre. — A prática de magia não é permitida aqui!
Vitória fez uma careta, mas dissipou o feitiço. O treino continuou, horas a fio. No final, o suor escorria de seus rostos e os músculos doíam. Alaric observava, de longe, um brilho crítico nos olhos dourados. Esperava que seus filhos fossem fortes o suficiente para proteger Lunaris das ameaças que rodavam o reino.
Após o treino, os trigêmeos se reuniram nos jardins do palácio, cercados por flores exóticas e pássaros cantantes. Luan afundou na grama, suspirando alto.
— Estou morto. Que tortura!
— Você só está cansado porque não faz nada direito — provocou Istefany.
Vitória bufou. — Fala como se fosse perfeita.
— Porque eu sou! — rebateu Istefany com um sorriso arrogante.
Antes que a discussão aumentasse, uma figura surgiu dos arbustos. Era Leonard, um dos irmãos mais velhos, filho de outra rainha. Ele cruzou os braços, com um sorriso zombeteiro no rosto.
— Ora, ora, os pequenos príncipes brincando de guerreiros? Que adorável — zombou Leonard. — Um fraco, uma boca grande e uma pirralha que mal sabe lançar feitiços.
Os trigêmeos cerraram os punhos. Leonard era um espadachim talentoso e cruel. Adorava humilhar os mais jovens e provar sua superioridade. Com um movimento rápido, sacou sua espada e apontou para Luan.
— Que tal um duelo de verdade? Vamos ver se é tão forte quanto dizem, monstrinho preguiçoso.
Luan hesitou. Ele sabia que Leonard era um lutador habilidoso, e seu estilo bruto não funcionaria. Mas não podia recuar. Sem responder, pegou sua espada de treino e assumiu posição.
— Não seja tolo, Luan — alertou Istefany, olhos preocupados. Vitória apertou a mão da irmã, ansiosa.
O combate começou. Leonard atacou com precisão e velocidade, forçando Luan a recuar. O irmão mais velho ria, provocando-o a cada golpe bloqueado. Mas Luan, determinado a não falhar, resistiu, absorvendo o impacto dos ataques.
Quando Leonard ergueu a espada para um golpe final, Luan agiu por instinto. Desviou para o lado e empurrou o irmão com um chute inesperado. Leonard cambaleou e caiu de costas, de olhos arregalados de surpresa. Istefany e Vitória explodiram em risadas enquanto Leonard se erguia furioso.
— Isso não acabou! — rosnou Leonard antes de se afastar, humilhado.
Luan desabou no chão, exausto. — Nunca mais deixo alguém me provocar assim.
— Nem parecia você, preguiçoso — zombou Istefany, dando-lhe um tapinha nas costas.
Vitória sorriu. — Você foi incrível, Luan.
Eles riram juntos, ignorando o olhar penetrante de um espião oculto nas sombras. As intrigas palacianas apenas começaram.
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Atualizado até capítulo 31
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