Capítulo 3

Minha chegada aos Estados Unidos foi tranquila, dividia o quarto com Suzana e Larissa, por sorte duas brasileiras que moravam a anos por lá. Suzana tinha um rosto redondo olhos verdes, cabelos longos e ruivos um pouco acima do peso, oque não a incomodava, ela era feliz com seu corpo, a sua vitalidade e autoestima dela era invejável. Larissa por sua vez era uma loira com corpo de modelo, a mais bonita do campos. Mas de uma coisa não podia reclamar, elas eram super legais.

A primeira semana vou para me adaptar, na segunda já estava totalmente familiarizada com tudo.

Eu no entanto não queria viver de mesada, eu sei que minha família podia bancar meus estudos, mas eu gostava de conquistar meu próprio dinheiro e fui a procura de um estágio, mesmo sendo primeiro ano de faculdade, eu cursava Administração.

Um certo dia, enquanto entregava currículos, passei enfrente a uma boate que ficava um tanto escondida ao lado de um beco e lá vi uma moça sendo agredida, sem pensar duas vezes corri para defende-la e briguei com os dois homens que a agredia, por sorte meu pai colocou eu e minha irmã para treinar boxe e finalmente coloquei em prática tudo que aprendi. Após a surra os homens saíram correndo e me agachei para ajudar a moça, que para minha surpresa era um homem, mas isso não fazia diferença.

— Oi, você consegue se levantar?

— Liga para esse número, diga que venham de pressa. O rapaz desmaia e entro em desespero, ligo para o número indicado e menos de 20 minutos chega um batalhão de seguranças.

— Oque aconteceu? Um deles me pergunta.

— Eu estava passando e vi ele sendo agredido por dois caras que fugiram.

— Pede as imagens das câmeras a boate, vamos achar esses caras. E você mocinha nos acompanhe por favor.

Nessa hora gelei, mas obedeci. O segurança de seus trinta e poucos anos tinha uma voz rouca que metia medo. Entrei em um dos carros e fomos para um hospital particular que era enorme por sinal, parecia um hotel 5 estrelas.

O rapaz que salvei foi levado para fazer exames e fiquei com o segurança marrento.

— Esse assunto não pode sair daqui, qualquer matéria que sair na mídia, a sua vida acaba. Me ameaça o homem.

— Ameaça é crime caso não saiba. Primeiro: eu não tenho nenhuma intenção de contar o ocorrido. Segundo: eu não fazia e continuo não fazendo ideia de quem ele seja e terceiro: eu não tenho medo de ameaças. Já posso ir senhor?

— Aonde a senhorita pensa que vai?

— Não só penso como vou, tenho currículos para entregar, e pelo jeito o rapaz está sendo bem cuidado.

Saio batendo os pés e sem olhar para trás e continuo minha jornada para encontrar um emprego. Três dias depois do ocorrido o segurança marrento vai até minha faculdade para me buscar.

— Helô, estão ti procurando na secretaria. Um aluno me avisa e me dirijo até lá.

— O que o senhor faz aqui?

— Vim buscá-la.

— Eu estou em aula, não posso sair.

— Que horas a sua aula termina?

— Tenho mais duas aulas.

— Ok, agora são 11:30, as 15:00 horas estarei esperando a senhorita enfrente ao portão da entrada. Antes que recusei, adianto que é algo do seu interesse.

— Ok, até porquê se eu não for, tenho certeza que o senhor virá atrás de mim. As três estarei lá.

O tempo passou voando e quando percebi, já era 14:50. Sai correndo e encontrei o segurança do lado de fora do carro olhando para o relógio.

— Desculpa o atraso. Digo que sem fôlego.

— Entra no carro. Diz ele, indo para o lado do motorista.

— Onde vamos?

— Você saberá quando chegarmos.

— Os americanos são sempre arrogantes assim? Ele não respondeu, mas ficava me encarando pelo retrovisor. Após meia hora chegamos em uma mansão luxuosa e não consigo disfarçar meu encantamento.

— Ual, que casa linda.

— Senhorita já pode descer.

— Me desculpe senhor.

— James, esse é o meu nome.

— Heloísa é o meu nome senhor James. Ele me leva para dentro da casa e uma senhora nos aguardava.

— Senhora Leonor, essa é a moça que salvou o jovem mestre. Ela se vira revelando sua elegância e beleza que não se perdeu com o passar do tempo.

— Heloísa, prazer em conhece-la, sou avó do Edgar, o rapaz que você salvou. Vi o vídeo do ataque ao meu neto, mas fiquei aliviada quando você bateu neles, sei que a violência nunca é o caminho, mas dois homens que se acham ao levar uma surra de uma menina é uma lição para nunca se esquecer, sou grata por você não fechar os olhos para Oque aconteceu.

— Não precisa me agradecer, sei que qualquer um tomaria essa atitude.

— Aí que você se engana minha filha, as pessoas não se importam com os outros iguais ao meu neto. Ele é um ótimo garoto, foi difícil para mim aceita-lo da maneira que ele era, ele sofreu muito por minha causa, e eu sofri muito com a morte da minha filha e do meu genro, a perda deles me fez refletir sobre a vida e maneira de viver do Edgar, eu não queria perder meu único neto.

— Eu compreendo a senhora, e que bom que vocês puderam recomeçar.

— Eu ti chamei aqui não apenas para lhe agradecer, mas para lhe oferecer um emprego, quero que você seja secretária pessoal do meu neto, ele será meu sucessor na empresa da família e quero que ele tenha do lado alguém que pode confiar, assim como tenho o senhor James.

— Mas senhora, comecei a faculdade de administração agora, não sei se sou a melhor opção.

— Eu e o senhor James seremos os mentores de vocês, não se preocupe minha querida, experiências são adquiridas com o tempo e na prática.

— Então minha salvadora será minha fiel escudeira?

— Bom ver que está se recuperando rápido. Digo com um sorriso largo.

— Tudo graças a você. Como minha avó disse, quero fazer parte da empresa e ajudá-la a crescer cada vez mais. Somos donos da Thread by thread.

— A maior empresa têxtil do mundo?

— Não diria a maior, mas uma das sim kkkk, então topa se aventurar comigo?

— Topo, claro que topo.

A vida mais uma vez sorria para mim.

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