Capítulo 4
Após terminar de subir a muralha e chegar ao quinto andar, Norman e Moema viram mortos todos os homens de Alá que ainda mais cedo os estavam perseguindo. Tudo o que eles viam naquele momento eram vários corpos no chão, muito sangue e várias feridas. Entre tudo isso, havia um sobrevivente. Este estava deitado, com a barriga sangrando muito, graças a uma ferida grande no abdômen. Ele estava bem quieto, aguardando pela morte, e quando viu Norman e Moema, disse: "Moema, é você?"
Então Norman e Moema se aproximaram dele, e este sobrevivente disse: "Eu jamais poderia querer o seu mal. Sei que você sofreu muito nas mãos de nossa aldeia. Eu perdi tudo: minha família, meus líderes e toda a minha comunidade. Logo perderei também a minha vida."
Este era um dos poucos soldados de Alá que sentia uma certa empatia por Moema, mas ele era apenas um soldado, e se, de alguma forma, tentasse trair Alá, ele e sua família seriam mortos. Então ele não podia fazer muito por Moema.
Moema estava feliz por ver que, graças ao destino, a aldeia que destruiu o lar e toda a família de Moema finalmente foi destruída, mas Moema, assim como Norman, sentia muito medo, pois muitos guerreiros estavam ali mortos e, sem dúvidas, algo os atacou. Moema, sentindo compaixão desse homem à beira da morte, apenas respondeu: "Tudo bem, não posso dizer que você não tem parte da culpa por tudo o que aconteceu, ou mentir dizendo que não sinto ódio de você, mas, de agora em diante, vou seguir minha vida e, aos poucos, ir perdoando vocês. Mas, em minha memória, terei você guardado como alguém especial."
Então o guerreiro de Alá, por todas as circunstâncias que estava passando, apenas fechou os olhos e começou a chorar, e, com os olhos cheios de lágrimas, disse: "Moema, preste atenção. Nós fomos atacados por uma horda de dezoito monstros. Não sei o que diabos era aquilo, parecia até um zumbi. Ele tinha olhos vermelhos e, além deles, havia um semelhante a eles, porém mais forte e mais alto. Nós fomos massacrados! Em alguns poucos segundos, este maior matou Alá!"
Norman logo percebeu que esses dezoito monstros se tratavam de bárbaros e que este outro monstro se tratava de um rei bárbaro, mas alguém como o rei bárbaro não deveria estar nesse andar, apenas no mais profundo da caverna. Norman relatou isso para Moema.
Moema perguntou: "Eles estão aqui perto?"
E, com a cabeça, o homem fez um sinal de não - e morreu.
Norman disse a Moema: "Olha, como você já deve imaginar, há uma grande chance de encontrarmos essas criaturas enquanto estivermos tentando voltar para a superfície."
Moema respondeu: "Sim, Norman, eu sei."
Norman: "Devo dizer, se todos eles foram mortos tão rapidamente, nós dois não temos nem chances, mas eu não vou desistir!"
Moema então sorriu de canto e concordou com Norman.
Então eles levantaram a cabeça e corajosamente seguiram em frente.
Mas antes, Norman tinha pegado uma espada um pouco maior, e agora consigo estava carregando a espada pequena de Valquíria e uma maior que ele pegou de Alá. Portanto, a espada que ele pegou de Valquíria, por mais que pequena, era mais poderosa, uma espada feita para enfrentar inimigos de altura média. O nome dessa espada era "Ace", uma espada mágica. Nela, havia um pouco de magia que deixava seu usuário com a velocidade aumentada em até 0,5% e sua força nos ataques aumentada em 1,5%.
Já a espada de Alá era feita para inimigos grandes, porém não tinha nenhum tipo de magia. Norman percebeu que logo seria meio-dia. Ele percebeu porque a caverna estava ficando movimentada. Ele podia ouvir alguns gritos de monstros vindo dos andares inferiores. Essa agitação ocorria aos meios-dias e às meias-noites, porém ele não disse nada a Moema. Na caverna, quando os monstros morrem, podem liberar algum item: pode ser item de cura, minérios para fazer armas, etc., e logo após serem derrotados, seu corpo vira pó e, com este pó, pode vir o sonhado item. Logo, após poucos minutos andando, viram do chão surgir dois golens pantanosos, além de outros quatro caranguejos. O bioma daquele andar era "pantanoso" e esses golens basicamente eram feitos de raízes de árvores e mediam apenas 1,90 metro, e os caranguejos eram bem menores e fracos, mas Norman e Moema, naturalmente, ficaram com medo, pois os monstros eram assustadores. Moema e Norman já estavam se acostumando com aquele inferno, porém aqueles inimigos eram algo que eles nunca enfrentaram. Na verdade, tudo foi muito repentino. Então os caranguejos começaram a atacar. Eles eram pequenos, porém eram rápidos. Norman estava começando a ficar ousado, finalmente estava realmente entrando no jogo. Enquanto um dos caranguejos vinha depressa em sua direção, Norman começou a correr em direção ao caranguejo, e, quando eles se aproximaram, o caranguejo pulou, e, com a espada de Valquíria, Norman acertou o caranguejo no peito, e o caranguejo logo morreu. Um dos caranguejos veio correndo em direção a Norman, então ele se preparou, mas, enquanto o caranguejo se aproximava, um dos caranguejos atirou um jato de barro nas pernas de Norman, o deixando preso, e um dos golens pantanosos usou suas raízes para enrolar o corpo de Norman e o deixar preso. Mas Moema o salvou, acertando uma flecha no caranguejo, e logo em seguida libertou Norman, cortando as raízes daquele golem. Norman respirou aliviado e disse: "Ainda bem que a pontaria está em dia, obrigado." Moema apenas acenou com a cabeça. Logo, Moema foi em direção a um dos golens, mas ela foi impedida pelo golem, que fez uma de suas raízes ir em direção à perna de Moema, mas Norman correu em direção aos golens tão rapidamente que nenhum deles conseguiu prendê-lo com suas raízes, então, com sua espada, cortou o braço daquele golem, mas logo viu o mesmo se regenerar. Então Norman lembrou que este monstro tem uma regeneração muito boa, porém sua regeneração e poder, aos poucos, se esgotam, e decidiu que a melhor alternativa seria ir ferindo e deixando os golens pantanosos gastarem seus poderes. Ele explicou para Moema rapidamente . Moema, com sua espada, destruiu, com apenas um golpe, dois caranguejos. Os dois golens começaram a atacá-los incansavelmente com suas raízes. Norman e Moema tentaram se defender dos inúmeros ataques, desviando e cortando com suas espadas, mas, aos poucos, eles foram se cansando... E, com dois minutos de ataque, um dos golens feriu Norman em seu ombro. O impacto gerou muita dor em seu ombro, porém não foi o suficiente para cortar. Norman, vendo que os golens estavam gastando muita de sua magia, sacou a espada que pegou de Alá e ficou esperando os ataques dos golens e, graças ao tamanho da espada, ele conseguia cortar todos os ataques enquanto se defendia e defendia também a Moema, porém, aos poucos, ele chegava ao seu limite, mas, por outro lado, os golens estavam começando a se fadigar. Foi quando Norman olhou para o lado e viu Moema gritando de dor após uma das raízes ter atravessado sua panturrilha. Norman começou a ficar desesperado. Foi então que o horário deu exatamente meio-dia. Norman e Moema sentiram suas forças sendo aumentadas, e Norman entendeu que se tratava do evento que acontecia na ilha todo meio-dia. Este, em específico, se chamava "power up", onde a força de todos os guerreiros aumentava duas vezes. Com aquilo, Norman sorriu perversamente, pois tiveram uma sorte muito grande. Com isso, ele explicou a Moema o porquê de ela estar se sentindo tão bem. Ela também ficou muito feliz. Norman, ao olhar para sua frente, viu os golens vindo correndo em sua direção. Então, Norman pegou a espada Ace e cortou um dos golens de seu trapézio até sua barriga, assim arrancando seu braço, mas logo o outro golem veio em direção a Norman e usou de seu poder para dar um soco bem forte em sua barriga, o que fez Norman cair no chão. O golem caminhava em direção a Norman e fez uma espada com sua mão. O machucado na panturrilha de Moema ainda doía muito, mesmo ela tendo ficado mais forte. Então este golem se aproximou de Norman, que estava deitado no chão sem ar, e, sem piedade, o golem atacou com um golpe mortal em sua barriga, mas Norman rolou para o lado, se esquivando. Logo se levantou e cortou a cabeça do golem, que assim morreu.
Norman: "Moema, eu sei que dói, eu também estou com dor, mas dê o seu melhor! Se recomponha, ou iremos morrer! Ainda não acabou."
Mas, atrás de Norman, o outro golem havia se levantado. Norman não o havia visto, então Moema gritou: "Cuidado, Norman, atrás de você!" E logo Moema acertou uma flecha na cabeça do último golem. Norman se virou rapidamente e cortou a cabeça do último golem. Então Norman rasgou um pedaço de sua camisa e enrolou nas pernas de Moema e, enquanto Moema se recuperava, deitada no chão, Norman foi atrás dos itens deixados pelos golens e caranguejos. Achou uma fruta redonda do tamanho de uma maçã e se recordou que aquela fruta era uma fruta que ajudava muito na regeneração de feridas, e deu uma mordida e deu o resto a Moema, que já ouvira falar sobre esta fruta mágica, também conhecida como "Tori". A cura não era instantânea, porém, em poucos minutos, poderia ver ela fazer efeito. Além disso, Norman também achou um graveto mágico, tipo de item com muito valor, pois é usado para fazer... Norman a ajudou a caminhar, enquanto eles subiam mais um andar. Não saía da cabeça de Norman a possibilidade de eles terem que enfrentar o rei bárbaro e os bárbaros. Norman e Moema não sabiam, mas eles tinham subido de nível, ou seja, tiveram um grande salto de habilidades desenvolvidas. Após chegarem ao andar -4, Norman sentiu o poder que eles ganharam ao meio-dia indo, aos poucos, passando, enquanto tanto Norman quanto Moema começaram a se sentir mais fracos, além da fadiga começar a chegar. Norman, devido ao seu esforço, estava começando a ver sua vista ficar embaçada e sua pressão, aos poucos, cair. Então eles ouviram muito barulho do andar -3. Moema, quando percebeu o quanto Norman estava mal, deu-lhe o restante de água e alimento e pediu para ele descansar. Norman aceitou o pedido e, enquanto Norman dava um breve cochilo, Moema ficou atenta para qualquer criatura que pudesse se aproximar. Norman ainda estava fraco e cansado, mas eles não poderiam parar, então continuaram a subir pelo caminho principal, cada vez mais próximos do seguinte andar. Norman estava preocupado, pois, aproximadamente há vinte minutos, ele havia ouvido um som assustador vindo do próximo andar.
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Atualizado até capítulo 21
Comments
César Moreira
A presença do guerreiro agonizante opera como um mecanismo diegético de expositio, desvelando informações cruciais acerca da índole implacável da tribo Xokleng e da ameaça latente representada pelo rei bárbaro. A écfrase dos corpos, não obstante visualmente sugestiva, reclama maior precisão anatômica e uma dicção mais visceral, o que amplificaria a potência semântica da cena. A introdução da espada "Ace", com suas propriedades mágicas quantificadas, inicia a edificação de um sistema de artefatos e habilidades reminiscente da arquitetura lúdica dos jogos de RPG. Todavia, a descrição numérica dos acréscimos conferidos pela espada ressoa excessivamente mecanicista e carece de uma integração mais fluida à tessitura narrativa. A subsequente epifania dos golens paludosos e caranguejos, apesar de agregar um componente conflituoso imediato, sofre de uma descrição superficial, não logrando explorar inteiramente a potencialidade monstruosa dessas criaturas e suas interações com o bioma palustre. O capítulo finda com a ocorrência do evento "power up", um recurso diegético que, embora funcional para a ascensão dos protagonistas, requer uma fundamentação diegética mais consistente, soando arbitrário e dissociado da coerência ontológica do universo ficcional. A ascensão ao estrato superior, assinalada pela descoberta macabra e pelo subsequente embate, prepara o cenário para provações mais árduas, instigando a curiosidade.
2025-04-01
2
•♬•Anny•♫•
gostei muito
2025-04-16
0
•♬•Anny•♫•
e muito boa
2025-04-16
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