capítulo 14

Thomas narrando:

Durante anos eu guardo esse segredo, e eu não irei permitir que esse maldito estrague tudo o que eu já consegui, ninguém pode saber que eu tenho um filho fora do casamento isso seria o fim da minha carreira, lutei tanto para conquistar tudo isso.

Ando pelo quarto nervoso, a Liandra acordou.

Liandra: O que houve?

Thomas: Nada, volte a dormir.

Liandra: Durante dias está assim.

Thomas: Não se preocupe eu vou resolver.

Liandra: Tem a ver com a empresa?

Thomas: Não, já disse para não se preocupar.

Eu vou para o banheiro e tomo um banho gelado, saio e vou para a cama deitar, viro-me de costas e fecho os olhos, não quero que ela faça perguntas.

No dia seguinte bem cedo:

Eu levanto-me, tomo um banho rápido nem dormir direito pensando em tudo o que eu descobri, vou conversar com o Vicente e ver como iremos contar para a nossa mãe, até então, porque tem outras pessoas envolvidas nisso.

Eu bato na porta do quarto dele e ele manda-me entrar.

Vicente: Quem te jogou da cama?

Tony: Eu nem dormi direito.

Vicente: A sua cara não é uma das melhores mesmo.

Fala.

Tony: E muito mais grave as coisas que descobri.

Eu começo a chorar, ele olha-me preocupado.

Vicente: Calma.

Tony: Tranca a porta.

Ele levanta-se e passa a chave na porta.

Tony: A Luna é a nossa irmã.

Vicente: Como?

Então ela é a filha do papai?

Tony: Ela é a filha da nossa mãe, o Thomas e o Renato deram ela para um homem.

Não sei se o Thomas é ou não o seu pai biológico.

Vicente: Não tô entendendo nada.

Tony: Pelo quê eu entendi o "vovô" nunca quis ter filha ou neta, parece que ele deu a menina para um homem que se chama Arthur, mas não sei qual a relação desse homem com a mamãe.

Ela não sabe que tem uma filha, acredito que vocês sejam gêmeos, o Renato disse que seu nascesse mulher ele me daria para a adoção também.

Vicente: Meu Deus! quer dizer que o meu pai, pode não ser o meu, e eu tenho uma irmã que a minha mãe nem sabe.

E muita coisa para assimilar.

Ele anda no quarto nervoso.

Tony: Como vamos contar para a nossa mãe?

Vicente: Ainda não vamos contar.

Vamos em busca da verdade, vou trabalhar essa semana com a Luna, pegarei um copo que ela use e farei um teste, e descobri sobre os pais dela também.

Tony: Isso.

Vicente: Vamos descer e fingir que não sabemos de nada.

Descemos e fomos tomar café e todos estavam na mesa.

Liandra: Bom dia! meus meninos.

Nós respondemos e sorrimos para ela, tenho que olhar na cara desses dois homens que eu pensei conhecer e eu nem sei quem são mais.

Terminamos e saímos, o senhor Trevisan ficou disse que irá a tarde para a empresa.

Chegamos e fui para a sala e a Luna já estava lá.

Vicente: Bom dia!

Luna: Bom dia!

Parece tenso.

Vicente: Problemas pessoais.

Que tal nos conhecermos mais?

Temos coisas em comum.

Luna: Tem razão kkk

Inclusive a data de nascimento.

Vicente: Sim.

Me fala sobre você.

Luna: Como sabe morava em dakota.

Tenho dois irmãos, sou a mais velha.

O meu pai é advogado criminal o nome dele é Arthur Muniz, a minha mãe se chama Cristina Sampaio.

Na verdade, ela é a minha madrasta, ela casou com o meu pai eu tinha 3 anos.

Vicente: E a sua mãe biológica?

Luna: Faleceu no parto.

Vicente pensando: Foi isso que contaram para ela?

Será que esse Arthur é o meu pai?

São tantas perguntas.

Luna: Ficou pensativo.

Vicente: Deve ter sido complicado não ter conhecido a sua mãe.

Luna: Eu fiquei bastante triste por não há conhecer, mas a Cristina sempre foi boa comigo e deu-me carinho e amor, então ela é a mãe que não tive a oportunidade de conhecer, Deus tinha outros planos.

Vicente: Entendi.

Pode pegar café para nós dois?

Luna: Claro, como quer?

Vicente: Forte meio amargo.

Ela olha-me assustada.

Luna: a nossa, até nisso somos iguais.

Só falta dizer que gosta de creme por cima?

Eu balanço a cabeça concordando, ela encara-me e logo caímos na gargalhada.

Luna: Só falta sermos gêmeos kkkk

Vicente: Kkkk já imaginou?

Luna: Não seria possível.

Vicente: E a marca de nascença?

Luna: O meu pai tem também.

Eu paro de sorrir, mas disfarço bem ela sai e vai pegar os cafés.

Será que realmente não sou filho do Thomas?

A minha vida é uma merda de uma mentira.

Não demora ela chega, focamos no trabalho ou pelo menos eu tento, a minha mãe interfona e diz para a Luna ir à sala dela, aproveitei e pego o copo que ela tomou o café e coloco num saco plástico, eu saio de lá e deixo um bilhete, ligo para um conhecido e ele me ajuda com isso, entrego o material dela e eles coletam o meu, ele disse que em 5 dias chegará no meu e-mail pessoal.

Saio de lá e ando sem rumo, choro desolado.

O Choro que aguentei quando o meu irmão falou-me sobre isso, tentei ser forte, mas é uma dor que me destrói muito por dentro, os homens por quem eu tinha amor agora eu sinto ódio.

Posso não ter uma das melhores relações, mas amava e respeitava eles, a minha vida poderia ter sido diferente, eu nunca irei saber.

Vou em busca da verdade e doa a quem doer, penso na Luna e na família dela, e em como isso vai mudar o rumo e o destino de nossas vidas.

Não tem clima para voltar ao escritório, não conseguirei olhar para a Luna.

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