Prem não conseguia parar de pensar no beijo.
A cada vez que fechava os olhos, sentia novamente os lábios de Boston sobre os seus, o calor do toque, a firmeza com que foi puxado para perto. Ele queria se convencer de que aquilo não significou nada, de que foi apenas um momento de impulso... mas seu corpo dizia o contrário.
Por isso, ele fez o que achou ser a única opção lógica: fugir.
Nos dias seguintes, evitou Boston a qualquer custo. Mudou de lugar nas aulas, passou a entrar e sair da faculdade em horários diferentes e até parou de ir aos encontros habituais com os amigos no bar.
Mas nada disso parecia adiantar.
Porque, mesmo sem estar por perto, Boston ainda estava em sua mente.
Boston não recua
Boston, por outro lado, parecia se divertir com a situação.
Ele não forçava encontros, mas também não deixava Prem em paz. Mandava mensagens de forma aleatória, sempre com frases enigmáticas, que faziam Prem revirar os olhos e ao mesmo tempo sentir o estômago revirar.
> Boston: Você dormiu bem essa noite?
Boston: Ou ficou pensando em outra coisa?
Prem ignorava, mas cada mensagem fazia seu coração acelerar.
E como se não bastasse, Boston sempre estava "casualmente" nos mesmos lugares que Prem. Se ele ia tomar café na cafeteria do campus, Boston estava lá, sentado em uma mesa próxima, fingindo não notar sua presença. Se passava pelo corredor, sentia o olhar de Boston sobre ele.
Era sufocante.
Mas o pior era que, no fundo, Prem gostava.
O desabafo com Jennie
— Prem, você pode parar de agir como se tivesse cometido um crime?
Jennie cruzou os braços, olhando para ele com impaciência. Eles estavam sentados na praça de alimentação do shopping, onde Jennie praticamente o arrastou para uma conversa séria.
Prem suspirou, afundando os ombros.
— Eu não sei o que fazer.
— O que fazer? — Jennie riu, revirando os olhos. — Você quer um guia passo a passo sobre como lidar com um cara que claramente está afim de você?
— Não é isso! — Prem cobriu o rosto com as mãos. — Eu só... Eu não sei o que sentir sobre tudo isso.
Jennie apoiou os cotovelos na mesa, inclinando-se para ele com um sorriso travesso.
— Prem, vamos ser honestos aqui. Você está se enganando.
Ele franziu a testa.
— Como assim?
— Você gosta dele.
Prem congelou.
— Eu não gosto!
— Prem... — Jennie estreitou os olhos. — Você está me dizendo que esse drama todo não tem nada a ver com o fato de que Boston te beijou e você gostou?
Prem abriu a boca, mas nada saiu.
Jennie sorriu, vitoriosa.
— Exatamente o que eu pensei.
Prem desviou o olhar, sentindo o rosto esquentar.
— Isso não muda nada.
— Aham, claro.
Jennie soltou um suspiro exagerado.
— Você pode continuar fugindo, mas eu vou dar uma previsão do futuro: uma hora você vai ceder. E Boston sabe disso.
O reencontro inevitável – No dormitório
Prem estava exausto.
Depois de um dia cheio de aulas e trabalho, tudo o que queria era chegar no dormitório e descansar. Mas assim que abriu a porta do corredor, sentiu uma presença que fez seu corpo travar.
Boston estava lá.
Encostado na parede ao lado da porta de seu quarto, de braços cruzados e um sorriso tranquilo no rosto, como se estivesse ali há tempos.
— Oi, Prem.
Prem sentiu o coração acelerar.
— O que você está fazendo aqui?
Boston deu de ombros.
— Te esperando.
— Por quê?
— Porque você está fugindo de mim.
Prem tentou ignorar a onda de nervosismo que percorreu seu corpo.
— Eu não estou fugindo.
Boston ergueu uma sobrancelha.
— Ah, não? Então me explica por que você tem evitado todos os lugares onde eu estou?
Prem abriu e fechou a boca, mas não conseguiu responder.
Boston sorriu.
— Eu sabia.
Ele se afastou da parede e deu um passo à frente. Prem automaticamente recuou, sentindo-se encurralado.
— Eu... eu só preciso de espaço.
— Espaço? — Boston riu baixo. — Prem, você pode ter todo o espaço que quiser. Mas me diz uma coisa...
Ele se aproximou ainda mais, até que Prem sentiu suas costas baterem contra a porta do quarto.
— Esse espaço é porque você não quer ficar perto de mim... ou porque tem medo do que sente?
Prem sentiu a garganta secar.
— Eu...
Boston ergueu a mão, os dedos roçando de leve a lateral do rosto de Prem. O toque foi sutil, mas incendiou sua pele.
— Se eu te beijasse de novo agora... você me afastaria?
Prem sentiu cada músculo do corpo travar.
Ele queria dizer "sim", queria negar, mas a verdade era que ele não sabia o que faria.
Boston percebeu.
E, com um sorriso satisfeito, inclinou-se mais, seus lábios a poucos centímetros dos de Prem.
Prem fechou os olhos por um segundo, sentindo o coração bater forte. O cheiro de Boston o envolvia, sua respiração quente contra sua pele.
Se ele apenas movesse a cabeça um pouco... seus lábios se encontrariam novamente.
Mas então, no último segundo, Prem recobrou a sanidade e virou o rosto.
— Eu não posso...
Boston suspirou, recuando levemente.
— Eu vou esperar, Prem.
Ele deu um passo para trás, deixando Prem soltar um suspiro trêmulo.
— Mas não por muito tempo.
Prem entrou no quarto e fechou a porta rapidamente, encostando-se contra ela, o peito subindo e descendo de forma descompassada.
Ele passou a mão pelo rosto, tentando recuperar o controle, mas não adiantava.
Boston estava em sua cabeça.
E o pior... ele não sabia se queria que saísse.
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Atualizado até capítulo 25
Comments
Ammy Katherryne
eu ja tava toda louquinha ja pensando "beija, beija, beija, beija!" so q nn a PORRA da criatura se afasta e entra no quarto que o-d-i-o
2025-03-28
1
chuyya X Dazai ❤️
poxa achei que ia sair um beijinho
2025-02-19
2