O Mal-Entendido e as Provocações de Boston

Prem ainda sentia o coração disparado enquanto encarava Boston, que o observava com um sorriso malicioso. O quarto parecia mais quente do que o normal, e sua mente trabalhava em um ritmo acelerado.

— Então... — Boston apoiou um dos braços atrás da cabeça, alongando-se preguiçosamente. — Você acha que a gente fez alguma coisa?

Prem engoliu em seco. Ele estava em choque demais para responder de imediato. Seus olhos varreram o próprio corpo, buscando algum sinal, alguma evidência. Ele estava de camiseta e calça, ainda que um pouco desalinhado. Mas isso não queria dizer nada!

Boston se sentou lentamente na cama, aproximando o rosto do de Prem.

— Você quer que eu conte os detalhes?

Prem arregalou os olhos e recuou tão rápido que quase caiu da cama.

— N-Não precisa!

Boston riu baixo, claramente se divertindo com o desespero dele.

— Ah, Prem... — Ele levantou-se da cama, caminhando até a cômoda para pegar uma garrafa de água. — Você estava tão desesperado ontem. Me abraçando, sussurrando coisas...

Prem cobriu o rosto com as mãos.

— Meu Deus...

Boston voltou para perto e sentou-se ao lado dele.

— Posso perguntar uma coisa?

Prem suspirou, tirando as mãos do rosto apenas para encarar Boston com receio.

— O quê?

Boston inclinou-se levemente, o suficiente para fazer Prem prender a respiração.

— Por que você está tão nervoso?

Prem travou.

Ele piscou algumas vezes, tentando pensar em uma resposta convincente.

— P-Porque... porque eu não lembro de nada! — Ele gesticulou, tentando parecer indignado. — E você fica falando desse jeito... desse jeito estranho!

— Estranho como? — Boston sorriu de canto.

Prem mordeu o lábio inferior, sentindo o rosto esquentar.

— Tipo... como se... como se tivesse mesmo acontecido alguma coisa!

Boston inclinou a cabeça, fingindo pensar.

— E se tivesse?

Prem prendeu a respiração.

— T-Teria sido... um erro!

Boston riu, balançando a cabeça.

— Relaxa, Prem. Você ainda é virgem.

Prem arregalou os olhos, confuso.

— Espera... então a gente...

— Não aconteceu nada. Eu só deitei com você porque você me agarrou e não me soltou mais. — Boston deu um gole na água, indiferente. — Mas foi divertido te ver desesperado.

Prem bufou, sentindo um misto de alívio e vergonha.

— Você é um desgraçado, Boston.

— Eu sei.

Mensagens no celular

O celular de Prem vibrou ao lado da cama, interrompendo a troca de provocações. Ele pegou o aparelho e viu várias mensagens no grupo que ele tinha com Jennie, Sand e Mew.

Jennie: Então... você sobreviveu?

Sand: Ou está ocupado demais para responder? Se é que me entende.

Mew: Você bebeu demais. Está bem?

Jennie: Se você tiver perdido a virgindade e não contar, eu juro que te mato.

Prem quase deixou o celular cair.

— Pelo amor de Deus... — Ele murmurou, respondendo rapidamente.

Prem: NÃO aconteceu nada!

Sand: Isso é exatamente o que alguém que esconde algo diria.

Jennie: Exato. Você tá com a mesma roupa de ontem?

Prem: Sim!

Mew: Vocês precisam crescer.

Prem suspirou e bloqueou o celular, sentindo um alívio temporário. Mas o problema real ainda estava ali, de pé, olhando para ele como se pudesse ver através de cada pensamento seu.

— Eles acham que a gente transou? — Boston perguntou, divertido.

— Cala a boca.

Boston riu novamente.

A caminho do dormitório

Boston insistiu em dar carona para Prem, que não queria, mas também não tinha forças para argumentar. O caminho foi tranquilo até Prem perceber que Boston estava o observando de canto de olho enquanto dirigia.

— O que foi? — Prem perguntou, desconfiado.

— Você está diferente.

— Diferente como?

Boston sorriu.

— Desde que acordou, você tem evitado me olhar.

Prem cruzou os braços, fingindo indiferença.

— Isso é coisa da sua cabeça.

Boston não respondeu de imediato. Ele apenas parou no sinal vermelho e se virou para Prem, um sorriso provocador nos lábios.

— Você tem certeza?

Prem sentiu o coração errar uma batida.

— T-Tenho!

— Hmm. Se você diz...

Boston voltou a olhar para frente, mas o sorriso ainda estava lá.

Prem odiava aquilo.

Não odiava Boston. Não odiava as provocações.

Odiava a forma como seu corpo reagia a elas.

Chegada ao dormitório

Boston parou o carro, e Prem saiu apressado.

— Valeu pela carona. Tchau. — Ele tentou cortar qualquer chance de outra conversa.

Mas antes que conseguisse fechar a porta, Boston segurou seu pulso.

— Ei.

Prem virou-se, hesitante.

Boston inclinou-se levemente, reduzindo a distância entre eles.

— Não precisa ficar nervoso comigo, Prem.

Prem sentiu um arrepio correr pela espinha.

— Eu não tô nervoso.

Boston sorriu.

— Claro que não.

E então ele soltou o pulso de Prem, deixando-o livre.

Prem se virou rapidamente e entrou no dormitório, sem olhar para trás.

Mas assim que fechou a porta do quarto, ele encostou-se nela, respirando fundo.

Ele passou a mão pelo rosto, depois pelos cabelos.

Foi até o espelho e encarou seu reflexo.

— Por que estou me sentindo assim?

Seu peito subia e descia rápido. Ele tocou os próprios lábios, lembrando da forma como, na noite anterior, havia dito a Boston que ele era bonito.

Prem fechou os olhos, frustrado consigo mesmo.

Ele não queria pensar nisso.

Não queria pensar em Boston.

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Comments

chuyya X Dazai ❤️

chuyya X Dazai ❤️

e o amor que mexe com minha cabeça e me deixa assim kkkk

2025-02-19

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