O clima na universidade estava diferente desde a conversa com Phakin.
Than sentia os olhares ainda mais intensos sobre ele, como se todos estivessem esperando para ver quando a farsa desmoronaria.
E Sarut?
Ele continuava irritantemente tranquilo.
Na verdade, parecia até mais à vontade com o papel de namorado.
Agora, sempre que estavam juntos, ele arrumava um jeito de provocar Than—fosse sussurrando algo perto demais, segurando sua mão do nada ou passando um braço por seus ombros sem aviso.
Than queria odiar isso.
Mas a verdade?
Era pior do que ele queria admitir.
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Naquela noite, May arrastou Than para um dos bares próximos ao campus.
— Eu preciso de uma bebida, e você também.
— Eu não preciso de nada.
— Você precisa esquecer Phakin por algumas horas.
Than suspirou, mas não discutiu.
O bar estava cheio, como sempre. Luzes neon iluminavam o espaço, e a música alta fazia o chão vibrar.
Eles conseguiram um lugar no balcão, e May logo pediu dois drinks.
— Than!
A voz de Sarut soou atrás dele, e Than se virou, encontrando o garoto parado ali, com um copo de cerveja na mão e um sorriso de canto.
— Você me seguiu?
— Você acha que sou seu stalker?
— Não sei. Você parece gostar de me perseguir ultimamente.
Sarut riu, puxando um banco ao lado dele.
— Isso aqui está ficando interessante.
— O que está ficando interessante?
Antes que Sarut respondesse, May se inclinou.
— Than, olha para a direita.
Than seguiu o olhar dela e sentiu o estômago apertar.
Phakin estava ali.
E pior: estava olhando direto para eles.
May sussurrou:
— Se ele duvidava antes, agora ele está esperando qualquer erro para ter certeza.
Than sentiu a tensão aumentar.
Mas Sarut apenas sorriu.
— Então vamos dar um show para ele.
Antes que Than pudesse reagir, Sarut se virou para ele, inclinando-se um pouco mais perto.
— Você confia em mim?
Than piscou, sentindo o coração acelerar.
— Não sei se essa é a palavra certa.
Sarut riu, pegando o copo de Than e dando um gole.
— Então me deixa conduzir.
E, sem aviso, Sarut entrelaçou seus dedos nos dele, puxando-o para o meio da pista de dança.
Than sentiu o rosto esquentar.
— O que você está fazendo?!
— Ato final da noite. Vamos deixar Phakin saber que perdeu.
Sarut girou Than levemente, fazendo-o perder o equilíbrio por um segundo antes de segurá-lo pela cintura.
O corpo de Than ficou tenso, mas Sarut apenas sorriu, os olhos brilhando sob as luzes do bar.
— Relaxa. Dança comigo.
— Eu não sei dançar.
— Eu guio.
Os braços de Sarut estavam firmes ao redor dele, e Than sentiu um arrepio subir por sua espinha.
A música era alta, a batida vibrava no chão, e, por um momento, ele esqueceu de tudo.
Esqueceu de Phakin.
Esqueceu que isso era uma mentira.
Tudo o que sentia era Sarut perto demais, o calor da pele dele, a forma como ele se movia com facilidade.
Quando Than finalmente olhou para o lado, viu Phakin desviar o olhar e virar o drink de uma vez.
E foi naquele momento que Than percebeu:
Ele estava se afundando nesse jogo.
E talvez fosse tarde demais para voltar atrás.
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Atualizado até capítulo 28
Comments
Lucia Moura
THAM ESTÁ SE APAIXONANDO 😍
2025-03-13
2