Capítulo 4

A noite estava escura, com nuvens pesadas cobrindo a lua, criando um manto de sombras sobre a cidade. Rafael estacionou seu carro a uma distância segura do armazém abandonado perto do rio, o local onde Gustavo dissera que Cardoni estaria fazendo seus negócios. Ele não confiava completamente no informante, mas era a única pista que tinha. Antes de sair do carro, ele verificou sua arma e enviou uma mensagem rápida para Ryan, pedindo reforços. Ele não era tolo o suficiente para entrar sozinho em uma possível emboscada.

Enquanto se aproximava do armazém, Rafael sentiu a tensão no ar. O local parecia deserto, mas ele sabia que as aparências enganavam. Ele se moveu silenciosamente, usando as sombras a seu favor. Ao se aproximar de uma janela quebrada, ele ouviu vozes abafadas vindas de dentro.

— Cardoni, você tem certeza de que ele vai aparecer? — perguntou uma voz desconhecida.

— Ele vai aparecer — respondeu Cardoni, sua voz confiante e cheia de desdém. — Rafael é igual ao pai. Orgulhoso e previsível. Ele não vai conseguir resistir à tentação de vir atrás de mim.

Rafael cerrou os punhos, sentindo a raiva queimar em seu peito. Ele sabia que Cardoni estava tentando provocá-lo, mas não podia deixar que isso o controlasse. Ele precisava ser mais esperto.

Ele se afastou da janela e enviou uma mensagem rápida para Ryan: *"Estou no local. Cardoni está aqui. Preparem-se para entrar em cinco minutos."*

Enquanto esperava, Rafael se lembrou de Alana. Ele sabia que ela estava preocupada com ele, mas ele não podia parar agora. A família Santos estava em jogo, e ele faria de tudo para protegê-la.

Quando os cinco minutos se passaram, Rafael ouviu o som de motores se aproximando. Era Ryan e seus homens. Ele sabia que era hora de agir.

Com um sinal, eles invadiram o armazém, surpreendendo os homens de Cardoni. Os tiros começaram a ecoar, iluminando o local com flashes de luz. Rafael se moveu rapidamente, usando as caixas e pilhas de madeira como cobertura. Ele sabia que precisava encontrar Cardoni.

— Rafael! — uma voz gritou no meio do caos. Era Cardoni, de pé no meio do armazém, com uma arma na mão e um sorriso nos lábios. — Eu sabia que você viria.

— Onde está o respeito, Cardoni? — respondeu Rafael, sua voz firme, apesar da adrenalina. — Meu pai te deu uma chance, e você o traiu.

— Seu pai era fraco — respondeu Cardoni, seu sorriso se transformando em um olhar de desprezo. — Ele não tinha visão. Eu estou construindo um império, e nada vai me impedir.

Rafael não respondeu. Em vez disso, ele atirou, forçando Cardoni a se esconder. Os dois homens se envolveram em um tiroteio, cada um tentando superar o outro. Rafael sabia que não podia perder. A família Santos dependia dele.

Enquanto isso, Alana estava em casa, sentada no sofá com Lavínia. Ela não conseguia parar de pensar em Rafael e no perigo que ele enfrentava. Ela sabia que não podia ficar parada.

— Lavínia, eu preciso fazer algo — disse Alana, sua voz cheia de determinação. — Eu não posso ficar aqui enquanto meu irmão está lá fora, arriscando a vida.

Lavínia olhou para ela, seus olhos cheios de preocupação. — Alana, eu entendo, mas você não é uma soldado. Rafael sabe o que está fazendo.

— Eu não sou uma criança — respondeu Alana, levantando-se. — Eu sou uma Santos, e é hora de eu agir como uma.

Antes que Lavínia pudesse responder, Alana pegou suas chaves e saiu pela porta. Ela sabia que não podia enfrentar Cardoni sozinha, mas talvez pudesse ajudar de outra forma. Ela se lembrou de Zoltán, o dono da máfia húngara que ela havia conhecido no puteiro. Ele poderia ter informações que poderiam ajudar.

Enquanto isso, no armazém, Rafael finalmente conseguiu encurralar Cardoni. Os dois homens estavam cara a cara, suas armas apontadas uma para a outra.

— É o fim, Cardoni — disse Rafael, sua voz fria. — Você traiu a família Santos, e agora vai pagar por isso.

Cardoni riu, seu sorriso cheio de desprezo. — Você é mesmo igual ao seu pai. Achando que pode controlar tudo. Mas você não sabe de nada, Rafael. Há mais em jogo do que você imagina.

Antes que Rafael pudesse responder, um tiro ecoou, e Cardoni caiu no chão, atingido no peito. Rafael olhou para trás e viu Ryan, com sua arma ainda fumegante.

— Ele estava prestes a atirar em você — disse Ryan, sua voz calma.

Rafael olhou para o corpo de Cardoni, sentindo uma mistura de alívio e frustração. Ele sabia que Cardoni estava certo sobre uma coisa: havia mais em jogo do que ele imaginava. A morte de Cardoni não era o fim, mas apenas o começo de uma guerra muito maior.

Enquanto ele saía do armazém, Rafael recebeu uma ligação de Alana.

— Rafael, eu sei onde encontrar Zoltán — disse ela, sua voz cheia de determinação. — Ele pode ter informações que precisamos.

Rafael suspirou, sentindo o peso das responsabilidades sobre seus ombros. — Alana, isso é perigoso. Você não deveria se envolver.

— Eu já estou envolvida — respondeu Alana. — E eu não vou ficar parada enquanto nossa família está em perigo.

Rafael sabia que não adiantava discutir. Ele precisava confiar em Alana, assim como ela confiava nele. Juntos, eles enfrentariam o que estivesse por vir.

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