Ele acenou com a cabeça em afirmação. Jéssica deixou Helena no chão e se dirigiu para o escritório seguida por Henrique.
– O inventário está quase sendo finalizado, a Jaqueline me deu o contato do condomínio da chácara pra gente assinar.
Ela abriu uma gaveta e tirou o contrato e estendeu para Henrique, que leu.
– Tá certo isso? Eu vou ficar com 30 %? Não era 25%?
– Sim, está. Você tem 25% do inventário, como eu fiquei com a casa, a chácara ficou: você 30%, Lúcia 30% e eu 40%.
– Ahh sim, eu entendi. Mas você passou sua parte pra Lúcia.
– Da chácara sim, mas ela é menor, sou a responsável por ela.
Henrique baixou a cabeça para continuar lendo. Enquanto isso na cozinha…
– Lu, onde tá a Maria?
– Ela está de férias. A mãe contratou uma diarista que vem três vezes por semana para lavar, passar e limpar a casa. Maria está viajando, aproveitando as férias. Deve chegar semana que vem. Minha mãe achou melhor contratar uma diarista porque a Maria ia ficar só 15 dias de férias.
– Então deixa eu lavar essa louça.
– Fique à vontade, não gosto mesmo de lavar louça. - disse Lúcia rindo.
Lúcia pôs a mesa, enquanto Helena seguia a tia procurando Belinha.
– Cadê Belinha titia?
– No petshop. Depois do almoço a vovó vai buscá- la e você poderá ir junto.
– Eba - disse a menina eufórica.
– E seus cachorros da Chácara?
– Pigo e Pituca tão de fiotinho.
– Legal, Pingo e Pitoca estão com quantos filhotes?
– Deize, fiotinho - Helena saiu pulando pela sala de jantar para demonstrar a felicidade de ter 10 filhotes de cachorros da raça bulldog campeiro .
– E o que você vai fazer com dez filhotes? - perguntou Lúcia se virando para a cunhada que vinha com uma travessa para pôr na mesa.
– Eu?! Nada. Seu irmão vai " da " pros vizinhos. Tavam pedindo uma ninhada do Pingo e da Pitoca.
– Entendi. 1ª ninhada?
– Não, essa é a 2ª, a primeira ela só teve 6 e não deu pra quem quis. Então seu irmão resolveu deixar ela cria de novo.
Lúcia sorriu do jeito caipira da cunhada falar. Ela acha engraçado mas não debocha da maneira de como eles falavam. Lúcia foi ao escritório chamar sua mãe e irmão para almoçar.
– Mãe! Maninho! - Batendo na porta e abrindo só um pouquinho apenas para colocar a cabeça exclamou - O almoço está servindo.
– Já vamos. - disse sua mãe. Levantando da cadeira e dirigindo a porta. Henrique também se levantou depois de assinar o documento deixando-o sobre a mesa.
Na sala de jantar, todos nos seus lugares a conversa do escritório continua.
– Como está a exportação Henrique?
– Está indo bem o que cabe a mim. Com um pouquinho de trabalho pois temos que selecionar bem as maçãs de exportação. Quanto aos números, isso é com a tia Janaína pois ela é que cuida dessa parte, ela que é formada em comércio exterior.
– Acho que os números são com a Jaqueline, formada em administração e contabilidade. - disse Jéssica rindo.
– Também. - Henrique também rindo.
– Já que vocês estão falando em negócios, também tenho o meu, vou expor meus quadros em uma vernissage, gostaria dos seus quadros emprestado para a exposição.
– Empresto, mas tem uma condição.
– Qual?
– Achei legal que você queria expor suas obras.
– Não enrola, diz qual a condição?!
– Tá bom, você terá que ir buscar, disse sorrindo.
– Mãe, quando a gente pode? Disse Lúcia virando para Jéssica.
– Semana que vem não dá. Tem o aniversário do seu avô de 70 anos, na fazenda.
– Aí! Não gosto de ir pro Pantanal nesta época, tem muito mosquito lá.
– Sabe como é seu avô, ele quer churrasco, festança de fazenda como ele diz. Já separou dois bois …
– Quantas pessoas o vovô convidou? - Disse Lúcia espantada.
– Acho que umas 200
– Eita pega, é gente pra carai. - exclamou Henrique - acho que não vou, vou é avisa os pião que a patroa vai daqui 15 dias, tenho que prepara a chegada dela. - falou rindo, pois já tinha visto a cara de brava de Jéssica.
– Você que não apareça, que eu te dou uma surra, rapaz.
– Uai, eu vou, só tô brincando patroa.
– Da onde você arrumou que eu sou sua patroa?
– Mãe, os pião num sabe que eu também sou patrão, sempre disse a eles que a chácara era sua e eu apenas administro. Quero deixar assim pra eles num forga.
– Ok, tudo bem. Entendi, mas você também é patrão.
– É, mas eles num precisa sabe.
– Ok, mudando de assunto, vocês vão ficar até amanhã?
– Não, tem uma vaca pertinho de dar cria, preciso está lá pra acompanha.
– Ah, tudo bem! Fica para uma próxima oportunidade.
Terminando o almoço, Jéssica foi buscar Belinha no pet shop com Helena, que ficou eufórica em ir passear com a avó. Belinha é uma cadelinha Shih Tzu, da cor bege, que uma vez por semana ia ao petshop tomar banho. Chegando em casa, Belinha correu para o colo de Lúcia, sua dona, deixando Helena meio triste pois ela gostava muito da cadelinha.
– Hora de ir, Helena. Disse Luiza.
– Mas já? Nem brinquei ainda!
– Tá cedo, fiquem mais um pouco.
– Bem que eu queria, mas o capataz aviso que a vaca manhosa tá com o mojo cheio e tá pertinho de pari. Então nois já vamo.
– Está bom, meu filho, vão com Deus, que Ele te guie na sua volta.
– Obrigado, mãe.
E eles foram, eram 14:30 Lúcia resolveu guardar as tintas e telas no ateliê, ela arrumou tudo no seu devido lugar e olhando para a caixinha, resolveu abri-la no seu quarto. A curiosidade em saber o que tinha dentro, colocou a caixinha em cima da cômoda e ao tocar na caixa para abrir, ela começou a brilhar.
Jéssica vendo o brilho intenso vindo do quarto da filha foi até lá, viu um clarão e sua filha sendo sugada para dentro da caixa.
– Lúcia!!...
E outro Clarão e tudo se apagou.
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Atualizado até capítulo 42
Comments
Jell_bobatea
Eu fico a cada segundo atualizando a página, autora. Vamos lá, atualizeeeee!
2025-01-31
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