A Escalada do Império e a Força da Lealdade do império que Raízen havia começado a construir nas últimas semanas era como um vulcão prestes a entrar em erupção. A fortaleza, agora cheia de vida e diversidade de raças, monstruosas e humanas, parecia respirar uma energia única, como se o próprio espaço e tempo fossem moldados pelo poder de Raízen. Nada, nem ninguém, estava imune à sua vontade. E os novos membros que ele havia conquistado, ou subjugado, estavam cientes disso. Eles eram leais, ou temiam, ou simplesmente não tinham outra escolha a não ser se submeter.
O sol começava a desaparecer no horizonte, tingindo o céu de laranja, quando Raízen se dirigiu à sala principal da fortaleza, uma sala imensa que mais parecia um salão de guerra, com tapetes vermelhos estendidos pelo chão e pilares de pedra esculpidos com símbolos arcanos. Ao seu lado estava a garota, ainda com o sangue da batalha anterior secando em suas roupas, mas com uma expressão determinada no rosto.
Ela havia crescido. Estava começando a entender o que significava seguir Raízen. Ele não dava espaço para fraquezas, e ela sabia que a única maneira de sobreviver era ser forte, ou ao menos fazer Raízen acreditar que ela poderia ser útil. E, embora os outros a olhassem com desconfiança, era a sua chance de se provar. Ela já havia conquistado algo importante — a confiança de Raízen. Mas ele era difícil de agradar. Cada passo dado poderia ser o último.
Raízen se sentou em sua cadeira de ferro negro, o trono que representava o poder absoluto que ele começou a consolidar. Seus subordinados estavam espalhados ao redor, de pé ou sentados, aguardando sua fala. Seus olhos vermelhos e penetrantes observavam todos, como se avaliassem até o menor movimento. O silêncio reinava na sala enquanto todos esperavam.
— Hoje, nossa força será testada. — Raízen começou com sua voz grave, ressoando na sala como um trovão. — Os exércitos de ogros que atacaram nossas fronteiras há uma semana estão se reorganizando. Eles não sabem o que enfrentam. Mas é hora de mostrar a eles o que significa desafiar nosso império.
A jovem sentiu um calafrio percorrer sua espinha ao ouvir as palavras de Raízen. Ela sabia que o que estava por vir não seria fácil. Qualquer falha nessa missão significaria não apenas uma derrota, mas um golpe direto contra o império que estava crescendo sob o comando dele. E ela não estava disposta a falhar.
Raízen se levantou lentamente, a imensa aura de poder que emanava de seu corpo fazendo com que os outros ao redor recuassem, até mesmo os monstros mais temíveis. Ele caminhou até um mapa esparso sobre a mesa, com desenhos dos terrenos, das forças inimigas e as várias fortalezas que os ogros haviam estabelecido em seus avanços.
— Em dois dias, nossa ofensiva começará. — Ele disse, virando-se para os subordinados. — O objetivo é simples: esmagar qualquer resistência e garantir que esse império se estenda a cada canto da terra. E, se for necessário, eliminaremos aqueles que ousarem se levantar contra nossa autoridade.
A garota, que ainda estava ao lado dele, observava com atenção cada palavra. Ela não estava ali apenas para ouvir, mas para aprender. Raízen nunca falava por acaso. Cada ordem que ele dava tinha um peso que reverberava por todo o império. Ele era implacável, e sua visão de um mundo novo não era negociável. Aqueles que não seguissem sua liderança seriam esmagados. A jovem sabia disso. Ela também sabia que não seria diferente com ela.
Raízen se virou para ela, seus olhos parecendo ver através dela.
— Você estará na linha de frente. — Ele disse com um tom que não admitia respostas.
Ela engoliu em seco, mas manteve a compostura.
— Entendido, senhor. — Respondeu, sua voz firme. Ela sabia o que isso significava. Não haveria espaço para hesitação. Era uma missão perigosa, uma que poderia determinar seu futuro dentro do império.
Raízen olhou para ela com um leve aceno de aprovação. Mas nada mais foi dito. Ele voltou sua atenção para os outros subordinados e começou a planejar a ofensiva, dando instruções precisas sobre o que deveria ser feito. A jovem permaneceu em silêncio, sua mente trabalhando, pensando nas implicações de sua nova missão.
Dois dias depois, o exército de Raízen estava reunido na fronteira, pronto para atacar. A jovem estava no centro da formação, ao lado de vários outros guerreiros, ogros e seres monstruosos que se alinhavam com a visão de Raízen. A paisagem ao redor parecia sombria e desolada, refletindo a imensidão do poder que Raízen começava a reunir. Os ventos carregavam a promessa de destruição.
A batalha começou com uma intensidade que a jovem não estava completamente preparada para enfrentar. O terreno era traiçoeiro, cheio de armadilhas e obstáculos, e os ogros, embora em menor número, lutavam com uma ferocidade selvagem, como se soubessem que aquele seria o último confronto. A jovem, com sua lâmina em mãos, cortava através das fileiras inimigas com a precisão de alguém que não tinha outra opção a não ser vencer.
Mas o verdadeiro teste estava à frente. Raízen, observando a batalha de longe, parecia mais uma figura lendária, intocável e poderosa. A jovem sabia que sua sobrevivência não dependia apenas de sua força, mas da força de Raízen. Ele estava moldando a guerra com um simples movimento de sua mão.
Em determinado momento, a jovem se viu cercada por um grupo de ogros, suas forças se esgotando rapidamente. Ela podia ouvir os gritos dos outros ao longe, o barulho das lâminas e os rugidos da batalha. Mas ela não poderia se permitir cair. Não ainda. Com um grito, ela se lançou novamente para o combate, enfrentando os ogros com tudo o que tinha, até o último de seus recursos.
Foi então que Raízen apareceu, como uma tempestade, cortando o campo de batalha com uma violência avassaladora. Seus olhos vermelhos brilhavam com intensidade, sua espada — a lendária Tenshiken no Hikari — cortava o ar como se estivesse esculpindo o próprio destino. Ele não se importava com o sangue que se espalhava ou com a carnificina que se formava ao seu redor. Ele estava acima disso, o único que poderia ditar quem viveria e quem morreria.
A jovem, ofegante e coberta de sangue, observou o massacre, não com horror, mas com admiração. Raízen não tinha piedade. Ele era a justiça e a destruição ao mesmo tempo. Ele era a força que ela precisaria se tornar para sobreviver.
Após o fim da batalha, quando os corpos dos ogros estavam espalhados pelo chão e o cheiro de sangue no ar começava a se dissipar, Raízen se aproximou da jovem. Ele não parecia cansado, como se a batalha fosse apenas mais uma tarefa cumprida.
— Você fez o que foi necessário. Mas você não está pronta ainda. A guerra está apenas começando. — Ele disse, com sua voz calma, mas carregada de uma ameaça implícita.
A jovem, embora ainda com o corpo tremendo, levantou a cabeça e olhou diretamente nos olhos dele. Ela sabia que este era apenas o começo de uma jornada que a levaria mais longe do que qualquer um poderia imaginar.
O império de Raízen estava crescendo mais rápido do que a jovem poderia compreender. Mas ela sabia que, enquanto estivesse ao lado dele, nada poderia detê-los.
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Atualizado até capítulo 43
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