...Capítulo 4...
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Estava terminando de pôr novamente a sua maravilhosa roupa cheirando a café quando o seu celular tocou e meio que toda atrapalhada para pegar o celular que não parava de tocar, meio que quase derrubou-o no vaso sanitário.
MERDA!
Falou consigo mesma, até que finalmente conseguiu se recompor e atendeu o celular toda ofegante.
- Oi.
- Nossa! Estou te ligando há um tempão.
Suspirou ao ouvir que era sua irmã. Será que ela não se dava conta que estava atrapalhando a sua vida.
- Eu estava trabalhando, Susan.
- Oh desculpa. É conversei com o Wesley e decidimos que vamos fazer o jantar hoje. – Sua irmã falava, enquanto ela pegava a sua bolsa e saia de dentro do vestiário do serviço. – Então, quero saber se tem como você vir, já que trabalhou no horário mais cedo.
- Mas já são quase sete e meia.
- Não se preocupe, já pedimos um táxi para você vir direto para cá. – Susan deu uma risadinha. – Até daqui a pouco.
Caroline ficou pasma com aquilo. Não poderia ir ao um jantar vestida daquele jeito. Olhou para suas roupas com uma mancha enorme de café e o cheiro dava para sentir de longe. Fez careta de desgosto por saber que iria ser obrigada a jantar daquele jeito na frente de outros padrinhos.
Desligou o celular e se despediu dos colegas de trabalho e saiu. Ficou surpresa ao ver que o taxista já estava ali na frente e teve vontade de pedir para que ele a levasse para casa, mas não seria justo fazer isso com sua irmã. Por fim acabou sedento e entrou no táxi e chegou muito rápido no apartamento de Wesley que ficava no bairro Belgravia o mais tradicional da cidade. fica no centro, rodeado por embaixadas e com pouca vida comercial. quase não há bares, restaurantes ou lojas de rua, o que faz com que fique bastante deserto depois das cinco da tarde. aqui viveram primeiros-ministros como Margaret Thatcher e, nos últimos anos, muitos investidores do Qatar e do médio oriente têm escolhido a zona para os seus investimentos. os edifícios têm cerca de 300 anos e as negociações para conseguir uma licença para fazer obras podem levar meses na rua mais cara de Belgravia é “grosvenor crescent”, onde o preço médio de uma casa chega aos 19 milhões de libras (22 milhões de euros).
Assim que chegou no apartamento do seu futuro cunhado num edifício anos 30 na esquina sul da Eaton Place e com fácil acesso a lojas individuais e bons restaurantes, ambos Elizabeth Street perto e Orange Square, Sloane Square e Victoria Mainline fácil acesso.
Caroline desceu do táxi e pagou a corrida. Deu um suspiro antes de entrar no edifício e conseguiu entrar sem problema nenhum, após ser identificada pegou o elevador e ao se aproximar do andar outra pessoa entrou no elevador junto e ficou sem graça quando viu que a moça que estava ali não parava de olhar para ela. Era óbvio que estava sentindo o cheiro do café e para completar não estava bem vestida para estar num edifício daquele.
Apertou a campainha e logo foi atendida. Susan apareceu toda arrumada como sempre e sentiu-se um lixo.
- Oi.
- Oi.
- O que aconteceu com você? – Susan perguntou assim que ela entrou e fechou a porta.
- Tive um problema hoje cedo. Posso tomar banho e... preciso de roupas.
Susan a encarou e assentiu.
- Claro.
- Ninguém chegou ainda? – Ela indagou indo atrás da irmã.
- Não. Wes saiu com o amigo dele para buscar algo...
- Você finalmente conheceu o melhor amigo do Wes? – perguntou quando sua irmã lhe entregou uma toalha e um vestido dela. Ainda bem que ambas tinham quase a mesma estatura e corpo.
- Sim. Ele é gente boa... passou por alguns problemas recentemente. – Susan contou. – Ei, pode ir tomar banho no banheiro do quarto de hóspede e fique a vontade que vou terminar de arrumar a mesa.
Caroline sorriu e foi para o outro quarto. Doida para um banho tirou a roupa suja e aproveitou o banho. Para sua sorte havia coisas que pudesse usar à vontade. Mas não poderia ficar horas no chuveiro e se aprontou logo, usou o secador da irmã e se maquiou um pouco com que carregava na bolsa, só então se deu conta que estava com um sapato nada legal para combinar com o vestido da sua irmã que era um vestido confeccionado em helanca, modelo tubinho, sem mangas, com decote trapézio e recorte no centro das costas.
Era lindo e sempre tivera vontade de usar algo da sua irmã depois que ela começará a morar com Wesley. Sorriu satisfeita com o visual e saiu do quarto descalça, precisava de uma sandália.
Ao se aproximar da sala, pode ouvir vozes. Reconheceu a risada de Susan e a voz do Wes, mas do outro poderia ser do amigo. Assim que surgiu todos olharam para ela e só então ela olhou para o sujeito desconhecido e o reconheceu de imediato.
Não podia ser. Era o cara de olhos azuis daquela manhã. Viu que ele tentou dar um sorriso para disfarçar o constrangimento que pairava no ar.
- Oi, Carol.
- Oi, Wes.
- Ei, esse aqui é o meu amigo que vai ser seu...parceiro no casamento, Luke. – Wes os apresentou. – Luke essa é minha futura cunhada, Caroline.
Caroline deu um sorriso forçado, enquanto ele só assentiu com a cabeça.
- Oi. Prazer em conhecê-la.
Caroline mordeu os lábios inferior e engoliu em seco antes de se aproximar da irmã, e a campainha tocar. Wesley foi atender, enquanto o amigo dele não parava de olhar para ela.
- Será que você pode me arrumar uma sandália.
- Claro.
Ambas saíram do aposento e sentiu seu coração palpitar, suas pernas estavam bambas por causa do nervosismo. Sabia que estava assim por causa do olhar penetrante daquele cara, se não fosse pelo rosto dele marcante não o teria reconhecido, afinal ele estava usando óculos.
- Vai ser um jantar só entre nós?
- Não. A irmã do Wes e Raquel também vai vir.
- Ah entendi.
- Só queremos unir os padrinhos aqui em casa.
Caroline assentiu pegando a sandália que sua irmã entregou antes de sair. Estava encrencada, aquele sujeito era amigo de Wes e tinha que dar um jeito de devolver o dinheiro dele sem que ninguém soubesse do encontro desastroso naquela manhã.
Não estava a fim de contar agora para eles que conhecerá o tal de Luke naquele dia e que casualmente ele com pena dela lhe deu dinheiro. Não conseguia sair daquele quarto, mas precisava respirar fundo e enfrentar tudo aquilo. Então, respirou fundo e abriu a porta, andou em passos lentos até chegar na sala. Raquel estava ali com o marido e sorriu ao se aproximar e abraçá-la.
- Oi, Raquel.
- Oi, Carol. Você está...linda.
- Obrigada.
- Não esquece que tem que me devolver. – Susan falou em tom de brincadeira.
Raquel sorriu, mas foi Wes quem falou.
- É seu?
- É sim, meu bem. Carol teve um problema hoje de manhã e chegou...
- Não foi nada. Vim direto do serviço...e não tinha uma troca de roupa. – interrompeu a irmã antes que tudo viesse à tona. – Vocês têm que parar de arrumar jantares do nada.
Caroline tentou ser um pouco engraçada, mas não deu muito certo. O tal de Luke não parava de olhar para ela, como se tivesse com vontade de dizer algo há ela. Mas não tinham o que falar um com o outro.
- Ah, mas se deixasse para amanhã, você não iria vir. – Susan disse.
- Eu trabalho sabia.
- Carol... todos nós trabalhamos.
- Mas não num horário chato. – ela emburrou, indo até a garrafa de bebida. – Vocês não vão servir o jantar?
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Atualizado até capítulo 44
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