Devastação

...23 de Agosto de 2032 – Um Dia de Transformação ...

O sol já iluminava a casa simples de Darius quando ele abriu os olhos. Ele avistou o relógio marcando 9:47 da manhã. Ele se sentou na cama, respirando profundamente enquanto encarava o teto. Ele logo pensou: "Oh... Desconforto na minhas costas... Dormi de mal jeito mesmo! Droga... Ok. Ok.", logo ele levantou-se e se alongou, movendo os braços e pernas de maneira lenta, virando o tronco, fazendo flexão de quadril e tronco sem flexionar as pernas tocando o pé, preparando o corpo para mais um dia.

Logo depois, ele foi para seu treino. Em jejum, começou com o físico: Fazendo vácuo, abdominais e prancha. Após, ele foi treinar um pouco de peito com supino e flexões e depois tríceps, levantamento de pesos improvisados feitos de pedaços de metal. Suas respirações fortes ecoavam pela casa enquanto gotas de suor começavam a se formar em sua testa. Após terminar o treino físico, ele se posicionou diante do saco de areia que ele havia movido para varanda e começou a treinar e melhorar seu golpes básicos. Seus punhos atingiam o saco com precisão e força, cada golpe carregando a frustração de um homem que há muito tempo conhecia o sofrimento. Quando olhou o relógio novamente, viu que já eram 11:08 da manhã.

Ele foi até a cozinha e preparou uma refeição simples: carne de coelho que havia guardado, arroz fresco e feijão que havia comprado a dias atrás. Adicionou um pouco de salada colhida da sua plantação. Sentou-se na mesa, silencioso, mastigando devagar, observando a luz do dia atravessar as cortinas da pequena janela. Aquela era sua rotina, e embora simples, trazia uma certa estabilidade à sua vida. Ele pensava: "Tranquilidade... Apenas... Tranquilidade..." Era óbvio que ele não estava tranquilo. Seu passado, mesmo nesses momentos calmos, o atormentava. Uma desgraça.

Depois de comer e apreciar sua refeição, Darius levantou-se e pegou sua espingarda e saiu para caçar. O dia estava calmo, o vento soprava leve entre as árvores enquanto ele caminhava com passos cuidadosos e tentando ser os mais silenciosos. Ele era um caçador habilidoso, movendo-se silenciosamente pela floresta, ele com sua concentração, ouviu barulhos e logo já observou de onde vinha o som... Sim, ele pensou: "Achei!". Quando menos esperavam, morte. 3 tiros, 3 servos. Missão rápida, fácil e simples. No final da tarde, conseguiu capturar três servos adultos. Satisfeito, ele os levou a sua casa simples, e com simplicidade ele preparou ali mesmo, em sua pequena e simples cozinha. Com maestria, separou as carnes boas das partes inutilizáveis, armazenando cuidadosamente o que poderia usar e vendendo o restante com alguns andarilhos que para sorte dele, estavam passando ali perto.

Já cansado, Darius voltou para casa, lavou o rosto e decidiu descansar na varanda.

- "Oh... finalmente um descanso." Ele se aconchega, respira fundo e tenta aproveitar o máximo do momento.  O céu estava alaranjado, com as sombras da noite começando a aparecer. Ele respirava fundo, sentindo uma estranha tranquilidade naquele momento.

Tranquilidade, era o nome.

Mas então, um som distante cortou o ar. Ele franziu o cenho, inclinando-se para ouvir melhor. Parecia o ruído de motores… aviões.

Olhou encarando o horizonte. O som ficava mais alto. Darius já sentiu ser algo serio e preocupante que poderia causar perigo a si. Logo, não muito tempo depois, ouviu a sirene da cidade, a sirene avisando para evacuar. Um calafrio percorreu sua espinha.

— "Droga… o que está acontecendo agora?" — pensou, enquanto rapidamente levantava e pegava o essencial. Preste a sair pela porta, ele ouve um simples zoombido (bom, bom, explosões de fundo), rapidamente em questão de segundos, esse simples zoombido se tonar um alto tremor altíssimo. A primeira coisa que sentiu foi o chão tremendo. Em seguida, um som ensurdecedor. O mundo ao seu redor parecia se desintegrar enquanto a onda de choque o arremessava para frente.

BOOM!

Ele voou para longe com tudo. Ele caiu com força no chão, rolando até parar próximo à cerca do jardim. Por alguns segundos, tudo o que ouviu foi um zumbido alto em seus ouvidos. O cheiro de fumaça e poeira invadiu suas narinas, visão zonza, e já ferido com o impacto no chão, Darius ficou ralado em alguns locais de seu corpo. Enquanto isso, ele lutava para se levantar.

- "Ahn?..." Darius põem a mão na cabeça, confuso, com uma certíssima ideia do que haveria de ter acontecido.

Ao se levantar, e virar-se para atrás, viu sua casa. Ou melhor, o que restava dela. As paredes estavam em pedaços, caídas no chão, despedaçados,  o telhado havia desmoronado, e tudo o que ele possuía agora não passava de entulho, escombros. Ele olhou ao redor, vendo a cidade ao longe. Prédios destruídos, fogo, muita fumaça. A destruição era total. O cheiro de queimado e perigo era forte. Ele sabia exatamente o que aquilo significava.

— "Facções… Malditos..." — murmurou, com o rosto contorcido de ódio.

Darius logo sentiu além do ódio, tamém uma enorme tristeza ao finalmente perceber que perdeu tudo... de novo. Caindo de joelhos no chão, com as mãos tremendo. Seu grito de frustração ecoou por toda a área, um grito de dor e fúria que parecia carregar todo o sofrimento que ele havia reprimido.

— "Tudo… destruído de novo! Tudo o que eu construí… Malditos!", Socando o chão fortemente dizendo com raiva sem parar:

- "DESGRAÇA! DESGRAÇA! DESGRAÇA!" Ele olha para o alto e grita:

- "DESGRAÇAA!! AAAAAAH!"

Ele socou o chão com tanta força que deixou marcas profundas na terra. Ficou ali, respirando com dificuldade, as lágrimas misturando-se ao suor em seu rosto. Após alguns minutos, levantou-se. Sua respiração era pesada, mas ele sabia que ficar parado não era uma opção.

— "Não posso... Aqui não posso... aqui..." Seu instito de sobrevivencua dizia:

"Preciso sobreviver." — pensou, enquanto limpava o sangue dos punhos feridos nos restos de sua camisa. Pegou o que conseguiu salvar, incluindo sua espingarda, e começou a andar, afastando-se dos escombros de sua antiga vida.

Ele começou a andar, mancando passava por ruas cheia de carros explodidos, postes caído, pessoas mortas no chãos, outras procurando por algum tipo de abrigo ou algo que os mantesse vivos. As únicas iluminações que havia naquela noite, era os fogos da destruíção.

Cada passo era pesado, mas sua determinação crescia a cada minuto. Ele sabia que, em algum lugar, havia um abrigo ou algo que ele pudesse ficar por um tempo para ajeitar sua vida novamente.

...Destruição. ...

Mais populares

Comments

Cecilia geralda Geralda ramos

Cecilia geralda Geralda ramos

e uma guerra ?

2025-01-16

0

Ver todos

Baixar agora

Gostou dessa história? Baixe o APP para manter seu histórico de leitura
Baixar agora

Benefícios

Novos usuários que baixam o APP podem ler 10 capítulos gratuitamente

Receber
NovelToon
Um passo para um novo mundo!
Para mais, baixe o APP de MangaToon!