Clara acordou ao som de pássaros cantando, uma bem-vinda mudança em comparação à noite silenciosa e inquietante que enfrentara. Sentindo-se energizada pela descoberta das cartas no sótão, decidiu que aquele seria o dia de desvendar mais sobre a misteriosa Helena e seu romance com Elias. Enquanto tomava seu café, as palavras das cartas ecoavam em sua mente: promessas de amor eterno, sonhos de escapar juntos, mas também uma sombra de medo que pairava sobre seus planos.
Determinada, Clara dirigiu-se ao pequeno vilarejo de Vallora, na esperança de encontrar registos ou alguém que soubesse mais sobre a história da família Everhart. Ao chegar à biblioteca local, foi recebida por uma senhora de cabelos grisalhos e óculos redondos que parecia saída de um conto de fadas. “Bem-vinda, minha querida. Posso ajudá-la em algo?”, perguntou ela, com um sorriso caloroso.
Clara explicou brevemente sua situação e mencionou os nomes Elias e Helena. O sorriso da bibliotecária desapareceu por um instante, substituído por uma expressão séria. “Ah, a mansão Everhart... e os segredos que ela guarda”, murmurou a senhora. “Siga-me.”
Ela conduziu Clara até uma seção de arquivos antigos, onde retirou um livro grosso, repleto de registros históricos da região. Entre relatos de fundações de fazendas e genealogias das famílias locais, Clara encontrou um capítulo dedicado aos Everhart. Descobriu que Elias Everhart era o último herdeiro legítimo da linhagem, mas sua morte, cercada de mistério, interrompeu bruscamente sua história. Helena, por outro lado, não era mencionada em documentos oficiais, apenas em boatos: diziam que era uma mulher de origens simples, mas que sua beleza e inteligência haviam cativado Elias.
“Eles diziam que a família Everhart nunca aceitaria a união deles”, comentou a bibliotecária, como se lesse os pensamentos de Clara. “E há rumores de que Helena desapareceu logo após a morte de Elias. Ninguém nunca soube o que aconteceu com ela.”
De volta à mansão, Clara sentiu o peso das novas informações. O passado trágico de Elias e Helena parecia lançar uma sombra sobre o presente, como se seus destinos estivessem de alguma forma entrelaçados com o dela. Enquanto folheava novamente as cartas no sótão, percebeu uma inscrição gravada na parte interna da caixa onde elas estavam guardadas: “Para sempre e além”. O toque delicado das palavras despertou uma emoção profunda em Clara, um misto de tristeza e esperança.
Mais tarde, Gabriel apareceu novamente, desta vez trazendo um livro de histórias locais que encontrou em sua própria casa. “Achei que isso poderia te interessar”, disse ele, com um sorriso. Clara agradeceu, sentindo-se cada vez mais conectada a ele, como se Gabriel fosse mais do que apenas um vizinho prestativo — talvez ele fosse parte do quebra-cabeça que começava a se formar.
Naquela noite, enquanto Clara lia o livro deixado por Gabriel, uma passagem chamou sua atenção. Havia menções a um esconderijo secreto na mansão Everhart, um lugar onde Elias e Helena teriam se encontrado para planejar sua fuga. Animada, Clara decidiu que na manhã seguinte iria explorar cada canto da casa até encontrar esse lugar. Mais uma vez, sentiu a familiar sensação de estar sendo observada, mas dessa vez, ao invés de medo, sentiu uma determinação crescente. A mansão Everhart ainda tinha muito a revelar, e Clara estava pronta para descobrir seus segredos — e talvez, redescobrir a si mesma no processo.
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Atualizado até capítulo 77
Comments
Alhida
Adorei a história, envie mais capítulos! 😻
2024-12-20
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Vania dos Santos
Por Favor Comentem e avaliem a História, é meu primeiro Livro, deixem like nos capítulos /Smile/
2024-12-20
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