"Você pode tentar o quanto quiser, nunca vai conseguir nos impedir, seu moleque miserável! Nós somos muitos, você é só um, realmente acredita que poderá evitar a chegada dos nossos irmãos?! Um mero humano como você?!"
Estas palavras carregadas de ódio eram proferidas por uma pequena garotinha de cabelos ruivos com caudas gêmeas. A pequena estava com uma expressão que exalava um ódio e desprezo tão enormes, que daria para sentir de longe.
Seu pequeno corpo estava deitado no chão de uma floresta parcialmente destruída, com algumas árvores caídas ou partes do solo esburacadas. Observando a pequena de perto, Akashi Taiga parecia estar pensando em algo, enquanto seus olhos azul e carmesim fitavam a pequena.
Garotinha(?): Diga algo, seu covarde!
Akashi: Não importa o que eu diga, não importa o que eu pense em dizer. Você não vai mudar esse seu comportamento e me acompanhar em silêncio, correto? Então, vou apenas acabar com isso logo.
Garotinha(?): Hahh! Vai mesmo ferir o corpo dessa garotinha, de novo? Aquele golpe que usou para drenar a mana do corpo dela já foi bem perigoso para uma mortal tão fraca, você não tem coração? Não tem piedade nem por uma menininha?!
Akashi: Não fale como se você se importasse, eu tomei muito cuidado para não matá-la, isso só vai deixá-la imóvel por pouco tempo. O suficiente para que você fique parado.
Akashi deu poucos passos adiante, reduzindo totalmente a distância entre ambos, a mão esquerda do rapaz era tomada por uma aura azul celeste, um calor intenso emanava dalí, tal como uma luz iluminava aquela floresta.
Grunhindo, enquanto tentava mover o corpo, a criatura no corpo da garotinha emanava uma intensa aura sombria, o miasma de Nazgaroth, tentando ganhar forças para fugir dali...
Akashi: Isso pode ser desagradável pra você.
Garotinha(?): Não toque em mim, seu lixo! Verme! Fique longe!! Nã—...~
Akashi agarrou aquela aura, puxando-a como se puxasse uma cortina. As trevas abandonaram o corpo daquela menina, tornando-se uma esfera negra de pura maldade, flutuando sobre a mão de Akashi.
Akashi: Você me chamou de covarde, mas foi você quem escolheu possuir uma criança para me restringir. Seu maior erro foi pensar que eu me seguraria por isso...
Sons incompreensíveis, rugidos distorcidos, uma voz de ódio, tudo isso ecoava daquela esfera, pouco antes de ser pressionada e esmagada por aquela única mão, estilhaçando-a como uma bola de vidro grosso. Os fragmentos se foram, reduzindo-se á pequenas partículas, antes de desaparecer completamente.
Akashi: Bem, parece que acabou.
O garoto murmurava, observando os fragmentos em seus últimos instantes, até voltar a fitar a garota. O jovem se curvou diante da pequena, seus braços passavam por baixo das pernas e costas da pequena, que era carregada de volta para um vilarejo alí perto. A aura azulada desapareceu, tal como o Celestial Glare foi desativado, Akashi seguiu silencioso com a menina em seu colo.
———
Frederica: Como foi a sua conversa com o mestre?
Subaru: Podemos dizer que foi tão normal como sempre, e que ele me irritou mais do que de costume. Adivinha.
Frederica: Sobre isso, apenas direi "compreendo".
O grupo de Subaru deixou a sala de estar, e Frederica guiou-os em direção à ala leste da mansão.
Com seu longo e belo cabelo loiro e bem vestida com seu uniforme de empregada, a anfitriã de cara assustadora finalmente cumprimentou educadamente Anastasia e Julius como uma das empregadas dignas da mansão, e falou assim com Subaru, que começou a caminhar com desânimo.
Frederica: O Garf lhes foi útil na cidade e durante a viagem? Para ele ter se machucado seriamente a ponto de não poder voltar, mesmo quando eu dei instruções específicas a ele... Estou preocupada que ele possa causar problemas para a dona Emilia e os outros.
Emilia: Não, não se preocupe com isso. Afinal, nós fizemos o Garfiel trabalhar muuuito. Neste momento ele está descansando junto ao Otto sem causar nenhum problema... bem, não tenho certeza sobre a parte de não causar problemas. Espero que eles não estejam. Mas de qualquer forma, nós pedimos que eles descansassem.
Frederica: Sinto muito que meu irmão bobo tenha causado problemas para vocês.
Emilia estava em dúvidas e não prosseguiu, enquanto Frederica oferecia suas desculpas.
De qualquer forma, Garfiel era alguém que preocupava Petra, Ram, Roswaal, e Frederica com seu comportamento, mas a mentalidade dele mudou de uma forma ou outra durante o incidente em Priestella. Se você tivesse que descrever, poderia dizer que ele amadureceu. Ele com certeza amadureceu.
A força de Garfiel já era notável para um garoto de 15 anos. Ele e Akashi compartilhavam isso em comum, dois jovens com forças monstruosas, uma nova geração de guerreiros poderosos seria formada com aqueles dois.
Mas, Garf ainda estava longe de poder se gabar de ser o mais forte se considerar as lutas com a Caçadora de Entranhas e com o Oito Braços. Mas, mesmo assim, ele certamente tinha o nível de força que competia não só com a chapa de Emilia, mas também com os melhores de todo o continente.
O maior problema provavelmente ainda era a sua mentalidade imatura. Se ele pudesse controlar a sua fragilidade mental, ele estaria pronto para subir para o próximo nível.
No entanto, bem... isso não é algo que deveria ser apressado. Porque lentamente e seguramente se fortalecendo para pisar firmemente nas escadas para a próxima etapa é a maneira adequada de um garoto de 15 anos amadurecer.
Além do mais,
Subaru: Há outro motivo para ele não ter retornado imediatamente desta vez.
Emilia: Você está falando sobre a Mimi?
Subaru: Tem isso também, mas...
Como se tivesse ouvido atentamente, Emilia interrompe a conversa, e Subaru dá um sorriso forçado para ela.
Até mesmo a Emilia, que sabia pouco sobre relacionamentos amorosos, parecia estar interessada em parte nos casos amorosos de outras pessoas. Ela estava muito interessada no relacionamento entre Garfiel e Mimi.
É claro, Garfiel também arriscava sua vida para se proteger, provavelmente por isso que Mimi desenvolveu sentimentos por ele, já que ela claramente expressava a sua afeição tanto antes quanto depois da batalha.
Para ser sincero, não há nenhum homem que não fique instável ao ser atingido com o afeto de uma garota que ele não odeia. Subaru também não era exceção.
Subaru não podia dizer nada sobre esse fenômeno, afinal ele era alguém que já havia experimentado isso antes.
Ele queria acompanhar as mudanças que ocorreriam a partir de agora, considerando como Garfiel amava Ram e a incerteza de como ele responderia aos sentimentos da Mimi.
Mas essa era uma preocupação diferente para se pensar, Garfiel ainda tinha uma outra preocupação na cidade de Pristella.
Frederica: ―senhor Subaru? Você quer me dizer algo?
Subaru: Não, nada em especial. Não seria certo que eu falasse sobre este assunto. Ao invés disso, que tal falarmos sobre o seu "principe do cabelo branco"?
Frederica: H-Hã?
Subaru: Já deve saber que o Akashi esteve em Priestella, correto? Quer saber mais sobre ele?
Frederica: Eu—... Sim, por favor, senhor Subaru. A carta não deu muitos detalhes, eu realmente quero saber como ele está e o porquê de não ter nos enviado cartas!
Subaru: Heh, bem, resumindo tudo...
Subaru levou sua mão ao queixo, recordando-se de parte de suas conversas com Akashi enquanto estavam em Priestella. Ele não se lembrava de muito, mas garantiu de entregar aquilo que parecia mais importante.
Subaru: Ele não disse do porquê durante o treinamento com o Halibel-san, mas sei que ele não teve tanto tempo livre ultimamente... desde ter ganho a fama como um criminoso procurado, o Akashi viveu se escondendo enquanto buscava se vingar de um cara de Vollachia. Não entendi muito bem, mas parece que o caso dele foi uma raiva cega, que o tirou o foco de qualquer outra coisa... mas, agora ele Se tranquilizou, principalmente depois de levar uma surra do Reinhard.
Frederica: Um criminoso...?
Subaru: Isso aí, mas parece que isso já não lhe é mais um peso, pois muitos acreditam que "o Vento Branco de Lugunica" se foi em um confronto com o Santo da Espada. Agora, o Akashi apenas segue em uma viajem para resolver outras questões, deve ter algo haver com a batalha intensa que ocorreu em Priestella pouco após a derrota do Culto da Bruxa... ele não entrou em detalhes.
Frederica: Então, ele está bem... fico chateada que ele não mandou uma única carta nesse período, mas fico aliviada que ao menos ele esteja bem. Se eu pudesse, teria ido até Priestella com vocês... é uma pena que perdi essa oportunidade. O Garfiel e o Akashi... são meus dois meninos preciosos, cada um de sua maneira, não poder estar com nenhum dos dois agora é o meu maior problema.
Subaru: Frederica... fica tranquila, eventualmente, vamos todos nos reunir de novo. Creio que seja isso o que quer, não é?
Frederica: É... isso é o que quero, é tudo o que quero agora.
Ele olhou com um olhar intenso para o rosto de Frederica, e então ela perguntou sobre o significado disso.
Ele pensa sobre a situação de Frederica sobre Akashi, enquanto também pensa sobre os sentimentos verdadeiros de Garfiel enquanto encobre a dúvida dela. Em Pristella, uma família que Garfiel se preocupava... era uma família que tinha cabelos dourados e olhos verdes, que eram características que lembrariam qualquer um de Garfiel e Frederica, os quais eram irmão e irmã.
O relacionamento de Garfiel com eles era como o relacionamento dele com Frederica. Garfiel certamente queria se ogulhar disso, e relatar isso para sua família, Frederica e Ryuzu.
Subaru: Então não direi nada. Natsuki Subaru deixará como está com sua maneira Ultra-Cool.
Emilia: Ah, falando do Garfiel, havia umas crianças muuuito amigáveis em Pristella. Sobre elas...
Subaru: Emilia-tan, Emilia-tan, você fará meu monólogo ser desperdiçado!
Sua explicação estava sendo desperdiçada, portanto Subaru não deixou que Emilia continuasse.
A sinergia seria assustadora se ele deixasse a situação como está, por isso ele decidiu que dedicaria um tempo para explicar adequadamente a situação mais tarde.
Subaru, com um sorriso forçado, balançou as mãos para Frederica, que estava ficando com uma cara cada vez mais confusa.
Frederica: Desculpe-me por interrompê-los enquanto estavam alegremente aquecendo sua intimidade, mas para onde vocês estão indo?
Subaru: Oh, esse é o lugar chamado "sala de confinamento". A pessoa da qual nós conversamos antes está lá.
Julius: Hm, a pessoa de sempre, hein. Eu me pergunto se a conversa vai correr bem.
Subaru: Isso é algo que não foi feito antes, então eu não sei dizer. De qualquer forma, vou pelo menos tentar perguntar para ter certeza.
Julius responde à explicação de Subaru pensando profundamente com um rosto complexo enquanto o segue.
Na realidade, Subaru também estava ciente da quantidade de problemas relacionados a esta proposta. No entanto, se tudo corresse bem, eles poderiam reduzir consideravelmente o risco de sua viagem.
Emilia: Além disso, aquela garota é relativamente familiar com o Subaru, então acho que está tudo bem, certo?
Subaru: Essa garota está mais familiarizada com o Garfiel e o Akashi do que comigo. Não presuma que eu possa ficar satisfeito com a parte felina dela.
Subaru reage ao otimismo de Emilia assim com um sorriso irônico e então Frederica parou de andar. Subaru e Emilia também param de andar, e então claramente um diferente nível de atmosfera surge na mansão.
Esta era a verdadeira mansão de Roswaal, geralmente preparada e arrumada de forma que não fosse diferente da mansão anterior. No entanto, a parte do porão da ala leste era o único lugar que tinha uma clara diferença da mansão anterior.
No centro da mansão, ficava a ala central principal que concentrava as facilidades necessárias para a vida diária.
Tinha uma ala oeste com instalações polivalentes, com quartos das empregadas domésticas e dos hóspedes. E havia a ala leste que continha toda uma história da herança da família Mathers, um lugar que funcionava como um depósito/cofre onde coisas como livros eram guardadas. O único lugar diferente na ala leste era o porão.
Havia um claro objetivo dentro da sala fria de pedra do porão da nobre mansão.
Anastasia: Tem uma atmosfera bastante desagradável flutuando neste lugar, hein.
Anastasia bufa o nariz e, em seguida, comenta francamente sobre a mudança na atmosfera.
Não havia como negar sua opinião sobre a atmosfera, então foi de fato uma avaliação clara com a qual todos concordaram.
A atmosfera que flutuava neste nível da mansão não poderia ser descrita de outra maneira senão uma atmosfera que exalava uma “sensação desagradável”.
Anastasia: Ainda parece diferente de um miasma, mas certamente não emite uma sensação boa para o corpo.
Julius: Além da questão da estrutura do prédio. Em primeiro lugar, o propósito deste estabelecimento… bem, não é alheio a isso, mas eu acredito que esta estrutura permite que alguém se esconda dentro dela.
Anastasia e Julius olham para as escadas contínuas que desciam até o porão da mansão cheio de escuridão enquanto trocavam essas palavras.
Já falaram da Sala de Confinamento. Os dois começaram a pensar nas quase infinitas respostas por trás do significado do estabelecimento que ficava no subsolo.
Frederica: Bem, então eu estarei guiando vocês agora. Tenham cuidado para evitar tropeçar.
Frederica disse essas palavras e os guiou escada abaixo. Subaru e o resto seguiram a mulher alta enquanto desciam para o porão. Julius também expressava um rosto que indicava que se preparou para o que estava por vir.
Os passos deles enquanto caminhavam nas escadas de pedra ressoavam muito claramente por todo o espaço em que estavam. Uma brisa fria soprava do porão fazendo suas franjas tremerem levemente, o que irritou seus nervos de forma incompreensível.
Frederica: Vou abri-lo.
Quando desceram em direção ao porão, foram bloqueados por uma porta de ferro bem na frente deles. A porta tinha muitas fechaduras sólidas instaladas nela. Frederica abriu várias delas uma por uma. A chave da porta faz um barulho, as fechaduras foram abertas e a porta se abre com um rangido. Um caminho de pedra se espalha além da porta, e logo adiante eles vêem, mais uma vez, outra porta.
Frederica: A pessoa que vocês estão procurando está além desta porta.
Quando ela deu um passo para trás para ficar ao lado da porta, ela abriu caminho para eles entrarem e então fez uma reverência. Eles fizeram um gesto de reconhecimento com o queixo em resposta à reverência dela, e as quatro pessoas foram direto até a porta.
– Nenhuma fechadura foi colocada na porta na parte mais profunda do porão.
Subaru estende a mão para a maçaneta. Se ele a abrisse, teria a possibilidade de ver o interior.
Quando Subaru nervosamente entrou em contato com a maçaneta, ele começou a ter dificuldades para respirar, e ao olhar para trás…
Emilia, Julius e Anastasia olhavam para as ações de Subaru. Eles acenam com a cabeça para ele, e Subaru respira profundamente. E então ele coloca força em seu braço que agarrou a maçaneta, que faz um som ecoar, e consegue empurrar a porta e do outro lado…
???: Roarrrr, roarrr! Eu vou te comeeer!
???: Kyaaa. Ajude-me! Nããão!
???: Goohehehe. Ninguém virá salvá-lo, mesmo se você chorar e gritar por ajudaaa!
A porta se abre. Uma voz adorável pode ser ouvida enquanto o caminho fica banhado com luz.
Uma garota solitária é vista dentro da sala, do outro lado da porta agora aberta.
Uma infinidade de bonecas são colocados ao seu redor. Suas costas estão voltadas para os outros enquanto ela continua a brincar com as bonecas usando ambas as mãos.
Ela muda para uma voz imitativa, embora eles não soubessem o que exatamente ela estava imitando. No entanto, ela estava bastante envolvida.
???: Não, eles estão vindooo. Porque eles combinaram de vir até aqui em momentos de necessidade, afinaaal… Hmm?
Esta menina que se levantou de repente percebeu algo enquanto segurava suas pequenas bonecas nos braços. Ela olha para trás timidamente, vê Subaru e os outros parados na entrada estupefatos, e então arregala os olhos grandes e redondos.
Ela tinha cabelo azul-escuro trançado e tinha traços faciais simples, mas adoráveis.
Subaru: Yup. Como você tem estado?
Subaru disse essas palavras e ergueu a mão para ela como se nada tivesse acontecido.
???: I-Irmãozão, seu idiotaaa! Pelo menos bata antes de entraaar!
E é claro, ela gritou com ele para esquecer sua cena anterior.
Subaru: Então, sim, esta é a prisioneira desta mansão. Como conselheira, ela vai ouvir o que dizemos em relação aos Majuus.
Meili: Eles são sujos. O irmãozão os machucooou… funga…
Quando Subaru apresentou a garota deprimida que se agachava no canto da sala rodeada de brinquedos de pelúcia, Julius, que colocou o dedo na testa, balançou a cabeça. Ao ver Meili pelo canto de seus olhos, como se culpasse Subaru pela empolgação, ele responde:
Julius: Foi um pouco desajeitado da minha parte não ter obtido mais informações sobre isso de antemão... mas a carência de seu personagem está surgindo. Se você não parar com essa brincadeira, então eu permanecerei descontente.
Subaru: Eu não acho que estou exagerando muito… embora eu concorde que foi uma brincadeira de mau gosto. Além disso, ela realmente era bem perigosa antes, sabia?
Subaru dá uma explicação com tais palavras, o que faz Julius questionar. Eles ignoram aqueles homens temerosos e duvidosos, enquanto Emilia e Anastasia se alinham e falam com Meili.
Emilia: Desculpe, Meili. Vamos repreender o Subaru mais tarde por isso, então não se preocupe.
Anastasia: Nossa, essa garota é bem fofa, não é? Além da Beatrice e a Petra… isso não demonstra um pouco os gostos do Natsuki?
Subaru: Essa é uma opinião ridícula sobre mim. Importa-se em dizer algo mais adequado!? Pensei em reunir pessoas, e não especificamente Lolis!
Havia um certo senso de realidade em seu apelido de “Lolimancer”, então ele desejou que ela não dissesse coisas assustadoras.
Deixando isso de lado, Meili também não deu ouvidos a Emilia e às suas palavras, pois estava completamente zangada. Nesse sentido, havia um desequilíbrio nas pessoas que tinham sensibilidade infantil.
Subaru: Meili.
Meili: Não consigo ouvir vocêêê.
Subaru: Meili, vamos lá.
Meili: Eu não me importooo.
Agora essa era a situação. Ela era um incômodo quando entrava no modo “Não consigo ouvir você”.
Com isso, Subaru decidiu rapidamente trazer a última medida. Ele estende a mão pelas costas de Meili e mostra a ela o ás na manga.
Subaru: Olhe, Meili. É um presente. Pegue. É um novo brinquedo de pelúcia Tarepanda.
^^^(Tarepanda (たれぱんだ) é um personagem panda-fofo de propriedade da empresa San-X. O termo "tara" (垂れ) significa "caído" em Japonês. Sendo assim, este seria um "panda caído".)^^^
Meili: –Uau! É fofooooo!
O que Subaru mostrou a Meili foi um brinquedo de pelúcia que ele montou na carruagem do dragão durante o caminho de volta da cidade de Pristella.
Como alguém que aprimorou suas habilidades em assistência doméstica no ano passado, as habilidades de costura de Natsuki Subaru tornaram-se duas vezes melhores que antes. Ele poderia fazer brinquedos de pelúcia e, se quisesse, poderia até fazer roupas para mulheres agora.
De qualquer forma, a pelúcia foi um trabalho inovador que incluiu um gosto “preguiçoso do calor” pelo tema panda. Ele meio que se sentiu como se tivesse visto algo parecido antes, mas isso cruzava mundos e não nada demais, então ignorou.
Ele mostrou o novo trabalho que tinha isso e aquilo, e Meili aceitou com olhos que brilharam.
Meili: É fofo! É um novo animal! Gostaria de saber como eu deveria nomeá-lo... Ok, eu já seeei! Vou chamá-lo de Grande Pandaaa!
Subaru: Você que você nomeou pelo que ele literalmente é
Pondo de lado seu senso de nomenclatura, ela era extremamente hábil em compreender a essência das coisas.
Ao abraçar o panda de pelúcia de forma carinhosa, ela olhou para Subaru e para os outros com uma cara que indicava a renovação de seu humor.
Meili: A propósito, bem-vindos de volta irmãozão e irmãzona. Parece que vocês vieram de um lugar bem distante, heiiin. A Petra estava se sentindo sozinha, sabeee?
Subaru: Nós ficamos fora por um mês inteiro, no fim das contas. E nós estaremos indo um pouco longe novamente, então eu realmente não quero pensar sobre como isso provavelmente vai irritar a Petra, mas...
Meili: É, afinal de contas, a Petra ama o irmãozão… Hm? Novatos?
Meili estava alinhando seus brinquedos de pelúcia espalhados nas prateleiras e, de repente, ela fez uma expressão de agradecimento para Julius e Anastasia. Julius ficou surpreso com a mudança de humor, mas Anastasia apenas deu um aceno de cabeça com um olhar composto.
Anastasia: Em comparação com a Mimi, parece que isso é apenas o começo do que ela tem para mostrar.
Julius: Agora que você disse, eu concordo. Vamos agradecer à Mimi.
O mestre e o servo interagem em uma cena estranha de concordância e, depois disso, Julius de repente olha ao redor da sala do porão rapidamente e:
Julius: Mesmo assim, presumi que seria um ambiente hostil depois de ouvir que se tratava de uma sala de confinamento… Mas, ao contrário das minhas expectativas, parece ser um lugar tranquilo para se passar o tempo.
Emilia: A pessoa que vive aqui é uma menina. Não é como sequiséssemos atormentá-la… Mas, ela também não pode sair, então é complicado.
Emilia baixa as sobrancelhas com um olhar fraco.
Exatamente como ela disse, a Sala de Confinamento, as circunstâncias do quarto residencial de Meili, no qual ela permanece confinada, transmitia um sentimento muito tolerante.
Parecia frio justamente por causa do caminho de pedra, mas haviam papéis de parede e tapetes coloridos no quarto dessa garota que estava na parte mais profunda da mansão, portanto ela podia fazer o que quisesse, pois nem sequer estava restringida.
Nas estantes, haviam vários animais de pelúcia artesanais feitos por Subaru, junto a vários livros e brinquedos para passar o tempo.
Parecia estarem dando-lhe comida, e não havia nenhum problema com ir ao banheiro ou tomar banho. Em resumo, era um lugar perfeito para um Hikikomori. Era um lugar tão confortável que até mesmo Subaru queria estar confinado lá.
^^^(Hikikomori é um termo que se refere a um estado de isolamento social voluntário e prolongado, que afeta principalmente adolescentes e adultos jovens do sexo masculino.)^^^
Contudo…
Subaru: Parece haver um ar peculiar, semelhante a um miasma, vazando sem parar.
Anastasia: Também, parece estar vindo daquela garota… não é?
Meili assentiu com um sorriso no rosto em resposta ao olhar de Anastasia e dos outros.
A garota tinha um semblante ingênuo, mas por dentro havia algo tão terrível e repulsivo que ela não conseguia esconder. Esta era a principal razão pela qual ela foi confinada sem ter sido libertada.
Subaru: Eu falei sobre isso quando estávamos na carruagem de dragão, mas esta garota realmente tentou matar pessoas como a Emilia e nos também antes… Hmm, então ela é tipo uma assassina profissional. Acho que você poderia colocar dessa forma, não é?
Julius: Sinto que isso já está errado nesse ponto, mas por favor, continue.
Subaru: Do jeito que você diz, parece que está insinuando algo… Enfim, ela é uma assassina profissional. Em resumo, o que ela pode fazer com esse pequeno corpo é manipular Majuus. Ela é uma Usuária de Majuus.
Meili: Aham, eu sou muito amigável com os animais majuus.
Meili disse isso com um ham-ham enquanto se enchia de orgulho, mas esses detalhes eram chocantes.
Majuus eram ameaças nocivas à humanidade, e para começo de conversa eles nunca eram amigáveis com os humanos. Parecia haver uma exceção, havia um esquema em que uma Majuu seguiria os comandos da pessoa que quebrasse o seu chifre, mas…
Subaru: No caso da Meili, a existência do chifre é irrelevante. No entanto, a teoria é um pouco falha, mesmo se eu explicasse, vocês não entenderiam.
Meili: Nas palavras da mamãe, eu tenho a mesma função do "chifre" de um majuu. Então, eu consigo ser amigável com os majuus.”
Cumprir a função do chifre de um majuu ― o significado disso era obscuro.
De qualquer forma, parece que não havia nenhuma pesquisa feita sobre a ecologia dos majuus. Claro, havia a chance de ter pessoas que sobreviviam pela caça de majuus, mas mesmo se estivessem familiarizados com eles, as pessoas não estavam olhando para eles do ponto de vista de pesquisa.
Emilia: Inicialmente, a Meili nos atacou com outras pessoas. Garfiel e Akashi atacaram aquelas pessoas, e esta garota foi pega. Desde então, ela sempre esteve abrigada na mansão.
Anastasia: Por que elas fizeram tudo isso? Se ela é uma inimiga, não importa o que você diga, nós devemos lidar com isso rapidamente.. ou na verdade não, já que não parece que podemos fazer algo com esta criança.
Emilia: ... Não vamos matá-la, de jeito nenhum. Mas, ao mesmo tempo, também não podemos expulsá-la. Porque esta garota diz que se ela for solta...
Meili: A mamãe vai ficar brava comiiigo. A Elsa morreu, a Luccy só estava aliada conosco por um tempinho pra pegar aquele garoto bonito dos cabelos brancos, e no fim acabou morrendo por ele, eu falhei, então se ela me achar, com certeza ela vai me mataaar. Então, a escolha mais segura é ficar aquiii.
Meili respondeu em tom calmo, mas parecia estar escondendo algo em sua expressão.
Meili perdeu Elsa, com quem ela trabalhava, e falhou no trabalho. Para elan Luccy não tinha tanto valor, sendo apenas uma aliança momentânea que nem mesmo a tal "mamãe" sabia sobre, então o destino dela não importaria para Meili. Os guardiões delas muito provavelmente eram algo como gerentes de assassinos profissionais, e os fracassos delas provavelmente jamais seriam perdoados.
Ela seria expulsa e receberia punição ― isso com certeza seria ela sofrendo as consequências, apesar de Subaru e os outros não terem nenhuma relação com isso.
Subaru: Afinal, eu com certeza teria pesadelos com isso.
Julius: Esta não é a primeira vez que a sua ideia e a da Emilia são mencionadas. Não importa como você olhe para isso, foi um absurdo para nós dizermos coisas que nada mais eram do que tolices… A propósito, quem é a mãe dela?
Subaru: Não sei. Não sabemos de nenhum nome além de "mamãe". Com base no que Meili disse, nós não sabemos nem como é o rosto dela. Que tipo de família é essa?
Mas considerando o ramo dos assassinos profissionais, talvez esse modo de vida lúgubre seja inevitável. Eles imaginavam como era a mamãe com base no que Meili dissera, e parecia difícil livrar-se da ansiedade sobre o futuro.
Subaru: Aquele desgraçado do Roswaal também se tornou inútil depois que a Elsa morreu, já que não havia ninguém como um intermediário.
Julius: Você disse alguma coisa?
Subaru: Só estava pensando alto.
No primeiro dia que Subaru foi invocado, o incidente da insígnia foi causado por Roswaal. É claro, já que Elsa tentou matar Emilia por ordens dele, se considerar o fluxo dos acontecimentos de quando a solicitação foi feita, seria fácil de chegar-se nessa conclusão.
Contudo, o intermediário daquela linha do tempo morreu de alguma forma, e parecia que eles não conseguiam estabelecer contato. Se você acreditasse nas palavras de Roswaal, os ataques de Elsa e Meili após isso não estavam relacionados com as intenções dele ― foi então que a “mamãe” se tornou uma preocupação.
Subaru: Seja como for, é assim que é com a Meili. Esta garota está aqui por necessidade. Por enquanto, não mimem ela.
Meili: Por outro lado, Subaru e os outros estão sendo um pouco bonzinhos demais comigooo. Eu só queria que aquele bonitão dos cabelos brancos viesse me ver de vez em quando, faz tanto tempo, sniff... sniff...
Subaru: Sobre isso, o Akashi não vai voltar para a mansão tão cedo, ele está bem ocupado com sabe-se lá o que. Mas eu não acho que ele iria te dar tanta bola, ainda mais com a Frederica bem aqui. Bom, é a parte boa de seus sonhos tendo prioridade!
Porque, afinal de contas, era doloroso ver esta garota pequena e jovem ser confinada em um porão gelado. Não era algo que você poderia simplesmente esquecer, e se você tentasse ignorar, você teria pesadelos.
Então não é como se ele guardasse algum rancor contra ela, portanto era melhor que ele estivesse de bom humor com ela.
Anastasia: ... Normalmente você não guardaria rancor contra ela?
Subaru: ... Eu deveria?
Anastasia: Afinal, você não disse que ela tentou matar vocês? Se for isso, então...
Subaru: Bem quero dizer, há desdém em não fazer nada, apesar de um crime ser um crime, independente da idade.
Respondendo à pergunta de Anastasia, Subaru coçou as bochechas e começou a pensar. Quando olhou para o lado para espiar Meili, ele viu que ela estava olhando para Subaru com emoções ilegíveis em seus olhos.
Ele não estava de fato se preocupando com ela, mas ele expressou seus pensamentos honestamente.
Subaru: Se alguém ordenar uma pessoa irresponsável a cometer um crime, então a pessoa que deu a ordem deve ser culpada. Pior ainda se for com uma criança. Elas têm um cérebro para pensar, mas mesmo assim, ainda há condições que as acompanham; Não é nada além de um menos para o Código de Hamurabi, "Olho por olho".
Anastasia: Isso foi uma conversa fiada. Então você acha que as pessoas que essa garota matou entenderiam dessa forma?”
Subaru: Não acho. Eles são livres para quererem vingança contra Meili. Mas para mim, se eu morresse, mesmo eu, acho que não daria meu perdão como fiz agora.
No fim, os pensamentos e opiniões de Subaru sobre isso eram baseados em como elas se conheceriam.
Se lhe dissessem coisas como se seu ponto-chave não estivesse resolvido, ou que ele estava sendo levado por suas emoções, então que assim seja. Na verdade, era assim.
Subaru: Quando eu era criança, eu deixava meus pais e adultos assumirem as responsabilidades que eu mesmo não podia suportar. Então, as crianças em volta de mim, ou melhor, eu achava que se as crianças com as quais eu poderia me tornar amigo não pudessem assumir as responsabilidades, por que não eu mesmo assumi-las? É isso.
Anastasia: ... Essa foi uma opinião valiosa. Obrigada.
Anastasia encerra as palavras de Subaru, após perder interesse no meio do caminho. Claro, ele achou que essa era uma reação comum, então seus sentimentos não foram machucados. Se o seu julgamento odioso para crimes fosse organizado de forma que pudesse ser respeitada, então o crime seria julgado como transgressão, independente da idade.
Isso foi atrasado devido à leniência da chapa, Subaru não desgostava daquele clima.
Emilia: Eu...
Subaru: ――Hm?
Emilia: Acho que o que você está dizendo faz sentido.
Subaru: ... Obrigado.
Ele não esperava reações completamente positivas, mas foi salvo por essas palavras.
E então ele virou-se para Meili, que tinha sido deixada de lado, mesmo com o assunto sendo sobre ela.
Subaru: Preciso falar com você sobre como você irá nos ajudar. Importa-se de vir comigo?
Meili: ...Okayy. Eu irei com o irmãozão.
Subaru fez esse pedido, e Meili assentiu quietamente para ele.
Subaru não contou a ninguém sobre como ele se sentiu ao ver algumas lágrimas da garota que logo escondeu o rosto no panda que ela abraçava.
Meili: Eu só fui para as Dunas de Areia de Augria duaaas vezes.
A explicação de Subaru e dos outros terminou, e Meili disse essas palavras enquanto brincava com suas tranças.
Ela fechou os olhos como se estivesse se recordando de suas memórias e disse:
Meili: Eu visitei para reabastecer minha carta na manga, os majuus. Tinham muitos majuus lá, então eu tive muito progresso, maaas…
Subaru: Mas?
Meili: Vocês realmente vão lááá? Sabe, é provável que as outras pessoas além de mim morraaam.
Nos olhos da garota que não tinha interpretação de moral, as ações deles pareciam imprudentes. A opinião da líder de majuus carregava um peso no que diz respeito a quão penetrante eles eram.
Subaru: Eu realmente quero usar a sua experiência como referência, mas a sua opinião já tem um argumento desagradável do jeito que você diz que nós morreremos se formos, então já é tarde demais para isso. E também, se for como um labirinto do deserto, então devemos nos preparar para escaparmos dele.
Anastasia: Sim, ai que eu entro.
Anastasia balançou suas mãos, enfatizando seu papel de guia.
No entanto, apenas evitar perder-se no caminho desta conquista do deserto para chegar até a torre de vigia deu 30 pontos… era um sinal de um fracasso inevitável. Ou melhor, enquanto não conseguirem uma resposta para alcançar a nota perfeita, eles provavelmente teriam dificuldade em saírem vivos.
Os três problemas eram o Labirinto do Deserto, o Covil de Majuus, e o Olho do Sábio.
O Labirinto do Deserto seria resolvido com Anastasia sendo Eridna, já para neutralizar o Covil de Majuus, era para isso que eles queriam fazer preparos.
É para isso que eles queriam ouvir os detalhes de Meili, mas――
Subaru: Como eu deveria dizer... você não sabe algum jeito de contornar os majuus? Ou talvez, como atraí-los para o outro lado?
Meili: Irmãozão, você sabe que se você for correndo sozinho, um monte deles definitivamente irão atrás de você, nééé?
Subaru: Eu já fiz isso algumas vezes, e foram experiências dolorosas.
Aconteceu uma vez na mansão no ano passado, e outra vez um pouco depois nas planícies pela Baleia. Ele queria que isso parasse.
Claro, ele não hesitaria em fazer caso fosse a última medida necessária, mas, se possível, ele queria evitar de ser o único deixado no meio do deserto.
Meili: Se o irmãozão não quiser fazer, então você poderia juntar um monte de gente para issooo. Todos os majuus preferem pular em seres vivos do que em comida normal ou algo assiiim
Emilia: Não, de jeito nenhum! Me oponho! Eu me oponho a isso!
Subaru: Não precisa discordar tão desesperadamente assim. Ninguém será escolhido, então está tudo bem.
Com isso dito, parecia que não estavam surgindo nenhuma opinião útil.
Ou, ao menos, em relação à ecologia dos majuus, não havia nada que pudesse ser feito, enquanto Meili, que era a pessoa mais familiarizada com eles, não viesse com um plano efetivo.
Subaru: Como eu esperava, parece que teremos que derrotar os majuus se nos atacarem, de um em um. Dependeremos demais da Emilia-tan e do Julius.
Julius: Eu gostaria de saber sua própria avaliação, considerando como você não se incluiu na lista… mas você está dizendo que nós conseguiremos?
Julius reagiu à proposta de Subaru perguntando a Meili sobre a viabilidade disso. Após ouvi-lo, Meili olha para Emilia e Julius.
Meili: Provavelmente nããão. A irmãzona e os outros conseguem usar magia por uma semana sem descansaaar?
Subaru: Você quer que tenhamos tipo uma batalha final nas trincheiras?
Emilia: E-eu vou tentar...
Subaru: Você não precisa. Esse é o ritmo de uma conversa irracional! O cabelo e a pele da Emilia-tan ficarão ressecados, então não vamos! Se o Akashi estivesse conosco, eu não teria problema com isso, já que ele possui um portão natural e um artificial pra usar magia a rodo, mas esse não é o caso! Okay, rejeitado!
O plano de atravessar a força já parecia ter alguns detalhes irracionais.
Meili realmente não sabia de fato o quão sério o cenário estava, mas se ela não estivesse exagerando como uma criança, então eles nunca fariam o irracional.
Subaru: Que tal manchar a carruagem de dragão com sangue de majuu para enganar o olfato dos majuus?
Julius: Não, o dragão terrestre não consegue enganá-los, e há uma possibilidade de eles não ficarem juntos como tubarões. Algo como contratar guardas… que tal contratar um grande exército para isso como você fez com a Baleia Branca?
Subaru: Isso também não dá. Isso já foi feito antes pelas pessoas que desafiaram a Torre de Vigia Plêiades. Mesmo que não tivesse sido um grande exército, ainda era um grande grupo que a desafiou. Você pode adivinhar o resultado. Que tal quebrarmos o chifre de um majuu poderoso e usá-lo como obstáculo para os outros majuus?
Julius: Se não for uma tão avassaladora como uma baleia, então seremos ultrapassados pela quantidade delas. Seria ótimo se isso fosse simples e nós tivéssemos algo como um spray repelente de insetos para evitar os majuus.
O fedor de Subaru, ou melhor, o cheiro da Bruxa… era um spray que atrai os insetos para ele, então ele era inútil.
Roswaal era quem administrava constantemente a barreira para funcionar como uma separação entre a vila de Arlam e os majuus. Se barreiras fossem criadas para as pessoas ao redor dele e cada uma delas a usasse para se mover ― parecia que algo assim não poderia ser feito.
Subaru: Talvez nós devêssemos fazer o Roswaal… levar a gente até o céu para podermos atacar por lá.
Julius: Se pudéssemos escapar do Olho do Sábio, então essa seria uma opção.
Subaru: Ah, droga, certo. Também temos que considerar o Sábio.
O ponto de vista irrealista dele foi negado por um realista.
Mesmo que pudessem se esquivar dos majuus e do deserto, eles ainda tinham que se preocupar com o Sábio. Por ninguém nunca ter conseguido escapar dessa pessoa, honestamente essa era a única coisa com a qual eles não sabiam como lidar.
Subaru: Se ao menos pudéssemos reduzir tudo a um único problema..
Meili: ―― Afff, parece que eu não tenho alternativaaas.
Subaru: Ah?
Subaru e os outros sentaram na sala em círculo, tendo dores de cabeça ao pensarem no que fazer, e então Meili finalmente disse essas palavras. Ela levantou e balançou sua pequena cabeça para Subaru e os outros, que estavam sentados, e disse:
Meili: Eu posso ir com vocês. Se eu estiver lá, os majuus não se importarão com o que vocês fizereeem. Vocês estarão livres para ficarem longe deles, domesticá-los, fazê-los matar uns aos outros, ou fazê-los comer esse taaal Sábio.
Subaru: Não vamos fazer a segunda metade! De qualquer forma…
Ele abriu os olhos a esse comentário bastante extremo, mas o que o surpreendeu ainda mais foi a proposta.
Ele estava surpreso ao ver Meili expressar uma opinião que ele imaginava que ela nunca diria. Isto significava que ela estava sendo cooperativa, mas ele ficou ainda mais surpreso de como isto implicava que ela estava bem em ir para fora.
Subaru: Você não está com medo de ir para fora? Vai ficar tudo bem?
Meili: Não é como se eu fosse ser encontrada pela Mamãe logo após eu sair da mansão, não ééé? Eu tenho medo de ser encontrada, mas não dá pra eu ficar aqui a vida todaaa.
Ele ficou surpreso com Meili estar ciente de como ela teria que eventualmente sair.
Mas, isso pode ter sido natural, ele continuava a ter tempo para ver como a garota estava se saindo por turnos, mas mesmo assim, houve muito mais vezes em que aquela garota ficou confinada em seu quarto sozinha. Ela com certeza tinha muito tempo para pensar que o silêncio se tornaria assustador.
Estar confinada em seu quarto sozinha era ao mesmo tempo relaxante e aterrorizante.
E mesmo se essas sensações algum dia a paralisassem, seu coração seria repentinamente torturado.
Emilia: Subaru…
E quando Subaru sentiu uma simpatia rara pelo coração de Meili, Emilia gentilmente puxou manga dele. Subaru sabia no que ela estava pensando pois ele concordava com isso também.
Subaru: Não é um passeio. Nós temos uma guia, mas atravessaremos o deserto. E mesmo tendo você, teremos que passar pelo covil de majuus. E para piorar as coisas, o Sábio também pode nos ver.
Meili: Não é bom dar um passeio depois de tanto tempooo?
Meili disse essas palavras para Subaru, continuando otimista. Ele não tinha certeza o quanto disso era blefe, e o quanto era verdade, mas――
Emilia: Ela é nossa carta na manga para o problema dos majuus, não é?
Subaru: Ah, sim, é isso mesmo. Estamos contando com você, Meili.
Meili: Mesmo que você não diga, farei o meu melhooor.
Emilia e Subaru olham um para o outro, e então acenam para Meili. A garota que aceitou as palavras deles disse isso como se estivesse exagerando e abraçou o panda com força.
E assim isto se tornou um único passo em frente para realizar sua jornada, e então Julius cruzou os braços e disse palavras breves com um rosto de admiração enquanto ele se certificava do resultado.
Julius: Eu realmente não quero dizer isso, mas persuadir garotinhas é realmente um dos seus pontos mais fortes… Apesar de eu achar que não é bom ser conhecido por ter tal habilidade.
Subaru: É porque vocês estão constantemente me tratando como um Lolimancer. Sobre ela ser uma garotinha, eu lhe digo que a Meili não é tão pequena quanto uma garotinha, okay! Não é uma garotinha!
Subaru aponta para a entrada da sala em frustração em resposta às palavras inúteis de Julius. Logo quando o fez, a pessoa que apareceu do outro lado da porta foi…
Beatrice: Eu estava pensando sobre o que estava tão barulhento, apenas para descobrir que era só o Subaru fazendo um alvoroço novamente, eu suponho.
Após terminar sua conversa particular com Roswaal, a garotinha juntou-se a eles. Parece que ela teve outra briga, mas isso foi posto de lado como algo que não vale a pena trazer à tona, e ela procurou interrompê-los para começar.
...Continua......
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Atualizado até capítulo 44
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