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MAGNO: fazem 3 dias que Ana tá no hospital e ainda não acordou, não saí de perto dela 1 minuto sequer..o Matteo vem falar comigo.

MATTHEO: vamos tomar um café? Você não pode continuar assim.

MAGNO: eu não quero sair de perto dela; a culpa dela tá assim em parte é minha; ela foi vendida por um miserável que destruiu todos seus sonhos, e quando ela chega em minha casa , o que eu faço? Tirei sua virgindade,sem carinho ou delicadeza alguma..falo dando um soco na parede.

MATTHEO: mas você não sabia, você faz questão que Beatrice mande sempre as moças experientes, como você ia imaginar?

MAGNO: eu devia ter desconfiado..paramos nossa conversa quando a Ana fala alguma coisa.

ANA: mamãe, mamãe.

MAGNO: ela acordou..aperto o botão ao lado da cama e logo os médicos vem..

eles fazem alguns exames e se retiram.

Me aproximo dela meio sem jeito.

como tá se sentindo?

ANA: não tão bem, como eu gostaria..uma lágrima rola em meu rosto.

MAGNO: ela chora, seco suas lágrimas com um beijo, ela me olha estranho.

pequena, prometa que nunca mais fará isso novamente.

ANA: eu não tenho motivos pra viver.

MAGNO: prometa pra mim Ana.

ANA: ....

MATTHEO: vou lá fora ligar pra Margô, ela tava muito preocupada, aproveito e trago um café pra você, 3 noites sem dormir, não é fácil.

ANA: você ficou aqui por 3 noites?

MAGNO: sim.

ANA: mas porque? Somos 2 estranhos.

MAGNO: eu prometi que cuidaria de você..e eu vou cuidar.

ANA: .....

Pouco depois a Margô chega.

MARGÔ: querida, que bom que acordou..falo lhe abraçando.

ANA: a Margô me abraça, me sinto tão bem no abraço dela, é como abraço de mãe.

MAGNO: vejo ela abraçar a Margô, eu queria esse abraço, mas vou fazer tudo pra conquista-la.

MARGÔ: porque não vai pra casa descansar um pouco menino?

MAGNO: eu vou, mas qualquer coisa me ligue imediatamente...beijo a mão da Ana e me retiro.

ANA: é verdade que ele ficou aqui comigo 3 dias?

MARGÔ: sim, ele não saiu daqui pra nada, me pediu pra trazer roupas pra cá, tomava banho no banheiro aqui mesmo, e cochilava nessa poltrona, falo apontando pra poltrona no canto do quarto.

Agora me fale querida, como caiu na piscina?

ANA: eu não caí, falo envergonhada..

MARGÔ: como assim não caiu? Não me diga que você entrou por vontade própria?

ANA: sim, entrei...eu só queria que tudo acabasse de uma vez.

MARGÔ: querida eu não conheço sua história, mas uma moça tão boa quanto você, não pode querer morrer.

ANA: minha história é muito triste Margô.

MARGÔ: pode ser que seja, mas querida ,tem sempre uma coisa boa pra acontecer na vida da gente.

O médico chega.

MARGÔ: então doutor, como ela tá?

MÉDICO: na medida do possível bem, os exames não deram alterações significativas, apenas uma anemia.

vou passar algumas vitaminas e em casa complemente com a alimentação e ficará tudo bem.

Por hoje a deixaremos de observação aqui, mas amanhã ela terá alta.

com licença..fala se retirando.

MARGÔ: amanhã você voltará pra casa, que boa notícia.

ANA: ....

MARGÔ: querida, não ficou feliz?

ANA: sim, mas ...

MARGÔ: o que foi?

ANA: eu queria voltar pra minha casa de verdade, no Brasil.

MARGÔ: peça ao Magno, quem sabe ele te leva.

ANA: eu acho que não, seria muito arriscado.

MARGÔ: bem, eu já vou indo, aquela casa para sem mim.

ANA: Obrigada por tudo margozinha.

ela se vai e eu fico ali pensando, quando eu estava em coma, achei que ouvi o Sr Magno se declarando a mim, mas não tenho certeza, talvez eu sonhei.

DIA SEGUINTE

MAGNO: acordo cedo, faço minha higiene, me arrumo e desço até a cozinha, dou ordens aos empregados para que preparem uma linda mesa de café da manhã, a Ana tá de alta e quero que ela se sinta acolhida ao chegar.

Sigo pro hospital dirigindo, alguns minutos depois chego .

Bom dia Ana, como tá se sentindo?

ANA: bom dia, tô bem.

MAGNO: vim te buscar.

ANA: eu preciso de roupas, cheguei aqui só de biquíni, e tô usando a camisola do hospital..falo envergonhada.

MAGNO: faço uma ligação pra Margô e meia hora depois ela chega com a roupa pra Ana.

MARGÔ: eu te ajudo a vestir

ANA: obrigada..coloco meu vestido e estou pronta pra voltar pra minha infeliz realidade.

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