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ANA: tento andar o mais normal possível, sem apressar o passo até passar por eles.

coloco o lixo nos latões e saio andando devagar até ter certeza que estou o mais distante possível..ao virar a esquina, retiro a roupa da empregada, e corro até não aguentar mais.

tropeço e caio por cima de uma moça que vinha carregando umas sacolas..

perdão moça..ela me olha estranho..

me desculpe; talvez ela não fale meu idioma.

Saio correndo mais uma vez, acho que entrei em várias ruas diferentes.

MANSÃO DO MAGNO, ALGUMAS HORAS DEPOIS.

MAGNO: faz um tempo que não vejo a Ana..subo até seu quarto, mas está vazio.

desço as escadas e sigo até a cozinha.

bom dia, falo ríspido.

FUNCIONÁRIOS: bom dia; falam em uníssono.

MAGNO: margô, você viu a Ana?

MARGÔ: ela tinha ido ao jardim, mas já faz um bom tempo, deve tá no quarto.

MAGNO: não está..A procure e peça pra ela ir falar comigo, estarei no escritório.

MARGÔ: sim senhor.

saio a procura da Ana, mas não acho ela em lugar algum..peço ajuda a Fernanda, mas também não a encontramos.

sigo até o escritório, pensando em como vou falar pro sr magno que ela sumiu...bato na porta, ele mande que eu entre.

MAGNO: então?

MARGÔ: sr. ela sumiu, falo de uma vez.

MAGNO: o que!? mas como?

MARGÔ: eu não sei.

MAGNO: pode se retirar.

MARGÔ: licença.

MAGNO: as câmeras de segurança. .dou uma olhada nas câmeras e só vejo a empregada saindo com o lixo..A não ser que....drogaa.

interfono pros meus homens e explico tudo a eles; só voltem com a garota..

CAPÔS: sim senhor..

MAGNO: eles saem , e logo em seguida eu chamo os seguranças em meu escritório.

como vocês puderam ser tão idiotas? se fosse um inimigo, a essa altura estaríamos todos mortos; esbravejo.

SEGURANÇA 1: perdão senhor, mas a gente nunca ia imaginar que não era uma empregada.

MAGNO: os outros seguranças permanecem calados.

sumam daqui!!

eles saem e eu vou até a garagem e vou procurar a Ana por conta própria.

COM ANA

ANA: já tá anoitecendo, e eu tô faminta e com medo, perdi a noção de quanto tempo caminhei.

sentei em um banco da praça, que eu não faço ideia de onde seja.

tem muito movimento, pessoas drogadas e muitas prostitutas.

resolvo sair daqui, não me parece seguro..

caminho ainda mais, não faço idéia de que horas são e nem sei pra onde vou.

um carro passa e para perto de mim.

HOMEM: e aí gostosa, quer uma carona?

ANA: não obrigada.

HOMEM: qual é gracinha, a gente pode se divertir..fala saindo do carro.

ANA: tento correr mas ele me segura pelo braço.

me solta, por favor.

HOMEM: se você for boazinha comigo, eu solto.

tento Beija-la.

ANA: não, socorro!!

do nada ,vejo o homem cair, com um soco.

MAGNO: boa noite Ana.

ANA: como ele me achou? mas agradeço mentalmente por isso.

HOMEM: senhor, me perdoe, eu não sabia que a garota era sua protegida.

MAGNO: vou lhe ensinar a respeitar uma mulher, quando ela diz não .

dou a ordem a meu capô, corte as mãos dele.

E você Ana, vem comigo.

ANA: ouço o homem gritando, pedindo clemência, meu Deus que horrível.

MAGNO: entra..ordeno.

ela entra no carro, tá tremendo de medo.

sigo de volta pra mansão..ele veio o caminho todo chorando.

chegamos.

suba, daqui a pouco vou falar com você.

ANA: ele me manda subir, e eu obedeço..essa ideia de fulga, foi uma idiotice, pra onde eu iria, em um país estranho, sem documentos, sem dinheiro? ainda corri perigo.

sigo pro banheiro ,tomo banho , quando termino, saí só de toalha..o senhor magno estava sentado na cama.

MAGNO: precisamos conversar.

então, vai me explicar o que se passou nessa cabecinha, pra fugir daqui?

ANA: eu só queria voltar pra casa, falo chorando.

MAGNO: você com certeza, não conhece os riscos neh? por isso não vou castiga-la..ela arregala os olhos.

ANA: riscos?

MAGNO: vamos supor que você conseguisse fugir..quando chegasse em seu país, exatamente em sua cidade, você encontrasse seu ex patrão..com certeza ele te mataria na primeira oportunidade, afinal você é uma testemunha.

e se você não conseguisse sair do país e a Beatrice te encontrasse? com certeza a essa hora você estaria em um de seus prostíbulos..se vendendo a dezenas de homens por noite.

ANA: eu não tinha pensado nisso.

MAGNO: claro que não pensou..então minha querida Ana, eu sou o menos perigoso pra você..falo em seu ouvido.

lhe espero lá embaixo pro jantar.

ANA: eu não quero jantar.

MAGNO: me aproximo dela , seguro em seu queixo e falo : estou cansado de suas criancices, se não quiser que eu a devolva para Beatrice, sugiro que melhore..te espero pro jantar..falo e solto ela..

ANA: ele sai do quarto e meu coração quer sair pela boca, será que ele falou sério? lógico que sim, alguém que manda cortar a mão de outra pessoa sem remorso algum, não brinca em serviço.

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