capítulo 10

VLADIMIR- Boa noite garotão.- Disse colocando o bebe já apagado em seu berço.

Após chegarem do passeio, Vladimir deu banho no menino, enquanto Alice preparava a mamadeira de Nicolas.

Assim que terminou de mamar, o pequeno não demorou a adormecer por conta do cansaço do dia, Vladimir o colocou para dormir e voltou para a sala.

VLADIMIR- O pequeno já dormiu.

ALICE- Ele estava bem cansadinho, mais ele se divertiu muito hoje, isso que importa.

VLADIMIR- Sim, ele é bem bonzinho.

ALICE - É sim.- Disse e os dois ficaram em silêncio por um segundo, até a mulher quebrar o gelo.- Bom, eu pensei em pedir alguma coisa para comer, você quer me acompanhar?

VLADIMIR - Eu gostaria, se não for incomodar você.

ALICE - Não vai, eu mesmo odeio jantar sozinha, então japonês?

VLADIMIR - Perfeito, eu amo comida japonesa.

ALICE - Eu também.

VLADIMIR - Já temos uma coisa em comum.- Disse sorrindo para a mulher que corou de vergonha.- Bom eu vou pedir a comida.- Disse pegando o celular.

ALICE - Eu vou arrumar um lugar para comermos.- Disse indo para a cozinha pegar alguns pratos.

Vladimir fez o pedido e em meia hora, a comida chegou e os dois se sentaram lado a lado para comerem, nesse meio tempo Vladimir começou a puxar conversa com a jovem, que ria de suas histórias, ele se sentia confortável ao lado de Alice, que trazia a tona um lado dele, que a muito tempo não existia.

ALICE- Não acredito que você quebrou a urna com as cinzas do seu avô.- Disse rindo.

VLADIMIR- Foi um acidente, eu chutei a bola, ela bateu em uma parede e depois na urna.

ALICE- O que você fez depois, os seus pais ficaram bravos?

VLADIMIR- Eu nem sei, eu me escondi no porão, fiquei dois dias lá, quando apareci de novo, os meus pais já nem se lembrava da urna, só brigaram comigo por ter sumido.- Disse em um tom bem humorado.

ALICE- Gente, mais também como você inventa de jogar bola dentro de casa?

VLADIMIR - Estava chovendo e eu era só um menino.- Disse sorrindo, depois tomou um gole de suco.- Mais e você?

ALICE - Quem tem eu?- Perguntou sorrindo.

VLADIMIR - Você nunca fala sobre você, sempre fala apenas do Nicolas, mais nunca de você, eu gostaria de saber mais, sobre quem você é.

ALICE - Não tem muito o que dizer sobre mim, a minha vida se resume ao Nicolas e ao trabalho, não tem nada de interessante.

VLADIMIR - Tenho certeza de que não é verdade, aos meus olhos, você é uma das mulheres mais especiais que eu já conheci, me fala sobre você.

ALICE - Bom, eu nasci na Califórnia, não conheci o meu pai, tudo o que sei, é que sou fruto de um caso que ele teve com a minha mãe, ela o amava, sinceramente eu não sei o que aconteceu entre eles, a minha mãe não fala sobre ele, eu também não perguntei, sei que é um assunto que machuca muito ela, então, não gosto de ficar falando sobre.

VLADIMIR- E a sua mãe, ainda mora na Califórnia?

ALICE- Sim, ela trabalha em um hospital, ela é enfermeira, ela está tentando uma transferência para cá, mais esta difícil.- Disse e Vladimir notou um tom de saudade na voz da mulher.

VLADIMIR- Eu tenho alguns contatos, amigos que tem certa influência em alguns hospitais daqui, eu posso mecher alguns pausinhos.

ALICE- Não precisa se encomodar, uma hora a minha mãe conseguirá vir para cá.

VLADIMIR- E me diz, como ela reagiu em relação ao Nico.

ALICE- No começo ela ficou preocupada, já que eu ainda sou consideravelmente jovem, para assumir uma responsabilidade tão grande.

VLADIMIR - E depois que o baque passou.

ALICE- Ela é louca pelo neto, direto fala com ele através de vídeo chamada, manda presentes e vem visitar agente durante as férias dela, ela é uma mãe fantástica, me criou sozinha, trabalhou para que eu pudesse estudar, eu a amo muito.

VLADIMIR - Eu tenho certeza de que ela é uma mulher maravilhosa, afinal, te criou e eu te acho maravilhosa.

ALICE- Para com isso.- Disse abaixando a cabeça.

VLADIMIR- Parar com o que?

ALICE- De ficar me elogiado, eu fico sem graça.

VLADIMIR- Só estou falando a verdade, você é uma pessoa incrível, adotou um menino que não tinha nada haver com você, e esta criando ele com todo o amor do mundo, qualquer homem seria sortudo em ter você.- Disse acariciando o rosto da mulher de maneira gentil.

ALICE- Nunca um homem me falou coisas bonitas assim para mim, nem me tratou assim.- Disse sentindo as carícias do homem, que se aproximava lentamente.

VLADIMIR- Porque nunca conheceu um homem de verdade linda.- Disse com o rosto próximo ao da mulher.

ALICE- Não faz isso, eu não sou o tipo de mulher que você vai gostar de se envolver.

VLADIMIR- Não vou gostar de me envolver com uma garota linda, inteligente, incrível, amoroso, de bom coração, que tem um filho incrível, que eu estou louco para ver crescer.

ALICE- Eu não sou a mulher que você imagina, sou uma mãe solteira, pobre, que a única coisa que quer, é lutar para manter o filho bem.

VLADIMIR- Porque não me deixa perto?-Perguntou colocando uma mecha de cabelo da mulher atrás da orelha.- Por favor não me afasta, me deixa decidir, se quero embarcar nessa.

ALICE- Por favor, eu não quero me apaixonar e com certeza, não quero que você se apaixone.

VLADIMIR- Tarde de mais.- Disse e colou os seus lábios com os da mulher, que a princípio tentou negar as investidas do homem, mais logo se rendeu a paixão que queimava em seus interiores.

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