capítulo 18

ALICE- Pronto meu amorzinho.- Disse terminado de vestir a blusa no corpo do menino.- Agora que está cherosinho, é hora de dormir.

NICOLAS- Não.- Disse fazendo bico e estendeu os braços para a avó.

ALICE - Nicolas, mostra que você é um menininho compotado.

NICOLAS - Não.- Disse fazendo bico.

MIRANDA- Vamos dormir sim, para você crescer e ficar bem forte como o seu papai.- Disse colocando o menino deitado em seu berço.

NICOLAS - Fote.

ALICE - Ele parece um papagaio, fica repetindo as últimas palavras palavras.- Disse e deu um beijo no menino.- Dorme meu príncipe.- Disse e ficou fazendo carinho no rosto de Nicolas, até que o bebê adormeceu.

MIRANDA - Ele está em uma fase maravilhosa.- Disse sorrindo para o recém conhecido neto.- Eu sinto falta de ter o Vladimir pequenininho assim, ele cresceu tão rápido, logo foi para a faculdade, se formou, começou a trabalhar, conheceu aquela desgraçada e da mesma maneira surpreendente que o Henry surgiu em nossas vidas, ele foi tirado do meu filho.

ALICE- Eu conheço a história, o Vlad me contou, ele está sofrendo muito com isso.

MIRANDA - Não mais minha querida.- Disse olhando para os olhos de Alice.- Ele sofreu muito sim, eu vi o que mãe nenhuma quer ver, o filho destruído, quebrado, sem esperança, mais agora, eu vi o mesmo brilho nos olhos dele, aquele que a muito tempo eu não via, ele voltou a ser aquele menino alegre e brincalhão, que vê acima de tudo, o amor como o seu pilhar principal, você deu a família que ele sempre sonhou.

ALICE- Eu não fiz nada demais, o seu filho que chegou mudando tudo aqui, ele é um bom homem, vocês criaram bem, apesar de ele ser meio impulsivo as vezes.

MIRANDA- É coisa de garoto, ele só tem tamanho, mais fico feliz que dessa vez ele tenha acertado, e vamos adorar ter você na família.

ALICE- Obrigado.

MIRANDA - Eu gostaria de sair com você amanhã, para tomarmos um café e nos conhecermos melhor.

ALICE - Amanhã não vai dar, a minha mãe esta se mudando para cá e amanhã ela chega, ela vai passar no hospital que ela irá trabalhar e depois vai vir aqui para ver a gente.

MIRANDA- Claro, combinamos outro dia, agora vamos deixar o pequeno dormir em paz.

Miranda e Alice voltaram para a sala e ficaram com Rene e Vladimir, até que o casal mais velho foi embora.

#COM VERA#

NA MANHÃ SEGUINTE...

MULHER - Senhora Vera Moura?

VERA- Senhorita.

VERA MOURA,46 ANOS, mãe da Alice.

MULHER - Claro, me perdoe, bom, quero dar a você as boas vindas, eu sou a enfermeira chefe Esther.

VERA- Muito prazer.

ESTHER- Bom venha comigo que eu vou te mostrar as nossas instalações.

Esther mostrou para Vera cada setor do hospital para Vera e explicou como tudo funcionava ali, depois de tudo, levou para mostrar os armários e a sala dos médicos e enfermeiros.

ESTHER- Esse aqui é o seu armário.- Disse dando uma chave para Vera.- Você já nos passou a numeração, e já tem os seu uniforme aí dentro, pode colocar as suas coisas e se tiver qualquer dúvida, pode me procurar.

VERA- Obrigado.- Disse e Esther se retirou.

Vera começou a colocar algumas coisas no armário, coisas que ela gostava que estivesse sempre por perto, um desses itens era uma foto de sua filha e seu netinho, assim que ela colocou a foto no fundo do armário, sentiu mãos em volta da sua cintura, que a viraram para que ficassem de frente para ele.

GUILHERMO - Eu sabia que era você.- Disse sorrindo, olhando no fundo dos olhos da mulher.- Eu nem pude acreditar quando o seu nome apareceu na lista para a transferência, agora você está aqui, pertinho de mim.

VERA- Me solta.- Disse empurrando Guilhermo.- Nunca mais encoste em mim.

GUILHERMO- Meu amor, me escuta, eu sei que você ainda pode ter mágoa e raiva de mim, mais eu quero consertar as coisas com você, eu já não estou mais casado com aquela mulher, agora podemos ser felizes.

VERA- Eu vou falar só uma vez.- Disse e suspirou antes de continuar- Eu quero você longe de mim, você ja destruiu a minha vida uma vez, eu não vou permitir que faça isso de novo, se começar a me importunar, eu peço demissão.

GUILHERMO- Meu amor me escuta.

VERA- Não me chama de amor, eu não sou nada sua.

GUILHERMO- Eu sei que você deve pensar o pior de mim, não me comportei da maneira correta com você, sei que te abandonei no momento que você mais precisou de mim, mais se tivesse me dito que estava gravida, tudo teria sido diferente, teria dado um jeito de cuidar de vocês dois.

VERA- Não teria sido não, se você não foi homem, para assumir que sentia alguma coisa por mim, não seria o meu bebe que você iria se importar.

GUILHERMO- Você sabe bem, que mesmo que eu tenha feito tudo errado com você, você sabe que eu ficaria feliz em ter um filho com você, eu queria ter sido o pai do bebê que você teve.

VERA- E quem disse que eu tive o bebê?

GUILHERMO- Como assim?- Perguntou impactado.- Por favor, diga que não fez nada com o meu filho.

VERA- A sua mãe me deu o dinheiro para fazer o aborto, então eu fiz, eu não iria ter dinheiro para cuidar dele, foi melhor assim.

GUILHERMO - Você não tinha esse direito.

VERA- Porque não?

GUILHERMO - Porque ele não era só seu.- Gritou.

VERA- Era só meu sim, porque você nos abandonou, nos deixou sozinhos e pelo que? Dinheiro, status, carros do ano, você decidiu que o meu amor não era nada para você, você escolheu ela, escolheu permanecer em um casamento infeliz e sem amor, para não ter que ficar sem o dinheiro da sua família, agora não vem se lamentar.

GUILHERMO - O seu amor era tudo para mim, eu que fui um idiota, que pensei que precisava da fortuna da minha família para ser feliz, sei que eu não mereço, mais peço o seu perdão e quero dizer também que vou lutar para reconquistar o seu amor.

VERA- Não perca o seu tempo.- Disse depois fechou o seu armário e saiu.

GUILHERMO SQUIPO, 46 ANOS.

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