Resposta

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...Elisa:...

Quando abri os meus olhos, pude ver Martin e um médico à minha frente. Estavam falando sobre mim.

— Fez um bom trabalho, já tem o laudo? — Martin perguntou.

— Sim, está pronto. Mas, essa garota, como conseguiu alguém tão semelhante? É praticamente impossível notar as diferenças. Estou impressionado. — eu tentei manter os meus olhos fechados.

— Bom, eu apenas tive sorte. Me entregue os laudos, vou mostrar a Kyle e os pais dela. — ele deu uma pequena risada.

— Tenho mais uma pergunta: deu algo a ela? Essa garota parece ter ingerido alguma coisa que agravou a situação dela. Sabe que ela tem restrições, certo? Tanto alimentares, quando por parte de remédios. Deve evitar muitas coisas. — espera, aquilo que Martin me entregou antes, o remédio!

— Fique tranquilo, não é nada demais. Me deixe a sós com ela. — eu ouvi apenas a porta se fechando.

Tudo ficou silencioso, mas eu sabia que Martin ainda estava na sala, afinal, ele pediu que o médico saísse.

— Vamos, Elisa. Eu te conheço muito bem, abra os olhos! — Sua voz soou no meu ouvido.

Eu abri, e olhei aquele ser desprezível. Minha vontade era de matá-lo, mas ele é o único que pode me proporcionar os remédios que preciso.

— O que fez comigo? Isso foi culpa sua, não é? Acelerou a minha crise com medicamento? — pela expressão dele, era totalmente isso.

— E se for? Você deveria me agradecer, não estava lá, mas sei que quase foi exposta! — as palavras dee me deixaram furiosa.

— Agradecer? EU PODERIA MORRER, SEU BABACA! — frustrada, eu joguei o travesseiro em direção a ele.

— Vai morrer de qualquer jeito. — para você a minha vida não tem valor algum? — Não faça essa expressão irritada, você quer as drogas, não quer? — infelizmente, eu estava sob mercê dele.

Apenas lembrar da dor que senti, me causava calafrios. Eu não quero morrer assim, por isso preciso fazer o que ele quer.

— Ele vai voltar, então fique atenta para não acabar se entregando. — Martin me deixou sozinha depois disso.

Suspirei fundo, pensando em tudo. Não era fácil, tanto a minha doença, quanto a situação atual. Fazer parte desta grande peça era desgastante, mas contanto que eu possa morrer sem dor... eu seria capaz de tudo.

— Eu não vou realizar o meu sonho... — ser amada por alguém. Nem sequer vou ter uma pessoa para levar flores ao meu túmulo, alguém para chorar por mim.

Estar sozinha nunca pareceu tão difícil quanto agora. Eu mentiria se dissesse que me acostumei com a solidão, sempre foi ruim. Talvez o problema realmente seja eu, ninguém precisa de mim. Ainda assim, meu maior desejo é viver. Eu nunca fui capaz de aproveitar nada dessa vida, por que tenho que sofrer mais?

— Senhorita, como se sente? — o médico entrou.

— Meu corpo está dolorido. — ele sabe que não sou Amellie.

Me surgiu uma esperança, talvez ele pudesse me dizer algo sobre a doença.

— Doutor... minha doença, tenho certeza que já notou. Como eu estou? — olhei suplicante.

— ... — ele estava nervoso.

— Não há muito o que falar, a sua doença é muito grave. Creio que já sabe seu diagnóstico. — ele não queria fazer exames, pude notar, talvez para não correr risco de descobrirem meu problema real.

Depois disso, o médico saiu. Sozinha, eu não tinha nada para me destrair, nem mesmo um celular. O tempo estava passando devagar, e não consegui dormir. Minha cabeça estava a mil, a ansiedade fazia tudo piorar.

Depois de horas, enfim consegui dormir, e quando acordei, aquele homem estava ao lado da cama. Seu olhar não era exatamente terno, ainda parecia desconfiar de mim.

— Bom dia... — ele disse.

— Bom dia. — respondi, analisando a sua expressão.

— Eu trouxe seu chocolate favorito. Fique tranquila, Jason, o médico, liberou. — Kyle abriu a caixinha, e hesitou antes de me oferecer.

Ele estava estranho, talvez estivesse preocupado que e rejeitasse. Olhei para ele, e me aproximei, comendo o chocolate que estava em sua mão. Surpreso, ele ficou envergonhado.

— É muito gostoso. — era recheado, e o sabor totalmente diferente do que já provei na vida.

— Que bom que gostou. — ele sorriu, mas ainda parecia triste.

— Há algo te incomodando? — achei que não diria nada, mas ele acabou falando:

— Você realmente perdeu a memória? Ou está outra vez brincando comigo? Amellie, se me quer longe, diga, não continue brincando com os meus sentimentos! — seus olhos demonstraram dor.

Como era a relação desses dois? Parece que ele realmente a ama, mas não estavam em bons termos?

— Não estou mentindo, realmente perdi a memória. — ele ficou em silêncio

— Sim, a antiga Amellie jamais comeria algo que eu entregasse assim. Parece que você já não se importa. Talvez, você demonstre mais carinho por mim e nossa filha? — era quase como se ele estivesse suplicando para que eu fosse uma boa esposa e mãe.

Isso me levou a crer que Amellie não era tão apegada a família. Bom, ela se perdeu no mundo das drogas, então isso demonstra muita coisa. Claro, não posso fazer suposições sobre a vida dela.

— Kiara sente sua falta, então por favor, quando voltarmos para casa, poderia trata-la com muita atenção? Sei que não é fácil se adaptar a uma vida que não lembra, mas ela é sua filha, precisa de você, e eu também preciso... — Kyle me ofereceu outro chocolate.

— Certo. — eu aceitei, afinal, não era um pedido irracional.

Kyle continuou comigo por um bom tempo, mas não conversamos, ele recebeu muitas ligações sobre trabalho, em um momento, notei que precisavam dele, mas ele não queria sair.

— Sabe, você pode ir, eu vou ficar bem. — ele me olhou, e desligou o telefone.

— Eu não vou. — ele sentou-se perto da cama. — Talvez minha presença aqui esteja te incomodando, eu não vou reclamar com você, também não estou te vigiando. — ele passou por situações do tipo com ela?

Amellie parece ter sido uma mulher difícil de lidar, deve ter sido complicado para ele. Kyle estava me olhado fixamente.

— Não incomoda, é que tudo parece estranho para mim. — não era realmente uma mentira.

— Talvez essa seja a segunda chance que nunca achei que teria. — ele pegou minha mão e beijou. — Uma chance de ser amado de verdade.

— O que iss significa? — perguntei.

— Que você mudou. — foi a única reposta que ele deu.

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Comments

GAMER W (TITANS BR)

GAMER W (TITANS BR)

por que o Martin resolveu trazer alguém tão parecido será que foi ele que matou a Amelli e que levou as drogas ? , e ela está mesmo doente terminal ou as drogas que ele dá para ela fazer ter esse sintomas e o médico da família está metido nisso pois não quis nem fazer exames

2024-11-05

9

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