Morrer com as minhas mãos ainda amarradas

Porém para a poucos centímetros de mim, acredito que pensando no que vai me falar, ele olha para porta e depois para mim, e com uma postura laciva, se abaixa ao lado da cama,

— Boa Noite, querida, que bom finalmente lhe ver acordada, qual o seu nome (diz, me analisando, quase em cima de mim, essa aproximação deixou-me em alerta total, pois está clara a malícia em seus olhos, não o respondo apenas abaixando meu olhar, obtendo o resultado esperado, pois a maioria dos homens baixa a guarda perante uma mulher acuada)

Acelero os meus movimentos, com bastante cuidado, para não ser percebida, pois se ele pretende fazer o que imagino terei que brigar, pois não darei minha primeira vez a ele, menos ainda sem meu consentimento e não seria justo com ele, morrer com as minhas mãos ainda amarradas, acredito que seria muito humilhante para ele

— Você tem muito azar por ser parecida com a Júlia, sabia, embora sua beleza se destaque da dela, a semelhança é impressionante, me diz vocês são parentes (balanço a cabeça negando sem dizer uma palavra, preciso que ele continue falando, assim termino meu serviço e obtenho informações) Tem certeza (se senta na minha frente, então me fazendo de boba apenas encolho as minhas pernas, como se tivesse com medo, o que faz o seu sorriso aumentar, idiota) não se preocupe não farei nada com você ainda, pelo menos não aqui, (ele se aproxima mais, e vira meu rosto, olhando em meu pescoço como se procurasse algo) como é possível, aquele cara só pode ter problemas, se não soubesse que Emily era fiel ao Hassan, suspeitaria que esse idiota não é filho dele, como ele passar a noite com você e não faz nada, (fico sem intender quem passou a noite comigo, e porque ele pensa que algo deveria ter acontecido) ele certamente não deve ser homem, só pode ser isso, pois se fosse, a essa hora você já estaria mais marcada que baralho usado (diz soltando o meu rosto, com uma certa brutalidade, o jogando para o lado, mais não tira a mão de mim, apenas a desce por meu pescoço, parando bem acima do meu seio, lhe dando uma boa apertada usando uma certa força desnecessária, FDP, esse já morreu e nem sabe

— Aonde estou, quem é você, aonde está a Jú (digo saindo do seu aperto, falsamente assustada, para coletar mais informações e o cretino cai como um patinho)

— Menina tudo que precisa saber que você pertence ao Dom Lohan, você foi vendida pela Júlia para pagar a dívida do pai, e apenas por causa deste contrato exigir que entregue você para o chefe, intacta que não te fiz minha ainda no avião, (se levanta, mais não se afasta, nisso já estou quase terminando de me soltar) porém as coisas mudaram, (solta uma risada animada) é não há nada que me impede de tocar em você, agora, portanto que o prato principal não seja degustado, neste quarto, não haverá nada que me entregará, posso fazer um pequeno lanche, aqui, antes de chegar em nosso destino final, fico pensando como aquele maconheiro do Alberto pode ter acesso a uma mulher tão bonita quanto você, e só lhe vender agora para o chefe, já teríamos ficado ricos a muito tempo, com alguem tão cheia de curvas, (diz proximo ao meu corpo, subindo aquela mão asquerosa por minha perna)

Ele rapidamente puxa-me de uma vez para baixo deitando-me, nesta cama enorme, nesse exato momento consigo soltar-me e aproveitando o seu momento de distração, e chuto o seu rosto com vontade, só pela, a audácia de ter pensado em possuir-me sem a minha permissão, com o susto ele cai ao chão, então já me levanto caindo sobre ele, pois nossa diferença corporal é vasta, então só tenho minha agilidade ao meu favor, sem cerimônia pego o meu estilete rasgando a sua garganta, ele me olha assustado, e desesperado tenta inutilmente tampar o local cortado, o que só serve para espalhar sangue e suja nos dois, já que me encontro montada sobre ele encarando seus olhos

— Bom acredito que agora você não vai poder nem fazer um lanche em beira de estrada cretino, (me levanto, e analizo meu estado, como as minhas roupas são escuras quase não me sujei, pelo menos não muito, saio cautelosa, pois estou num terreno totalmente desconhecido, então não sei o que esperar, era uma espécie de apartamento, olho pela janela e percebo que estou longe do chão então fora de cogitação pular daqui, caminho pelo lugar e vejo ser um lugar neutro, não deve morar mais que uma pessoa aqui, ja que possui apenas um quarto e pelo visto deve ser bem rigorosa com a limpeza, não há um so agulha fora do lugar, Dona Stella iria adorar isso aqui, também não há uma pista de quem more aqui, apenas um porta retrato de uma mulher bonita grávida abraçada com um garoto ruivo, que por sinal era bem fofo, em frente a uma roda gigante, escuto passos vindo para cá e me escondo,

Entra uma mulher, vestida como uma secretária, que vai direto na direção do quarto que sai, o grito que ela dá, atrai mais três homens para dentro do local, então me aproveito para sair, fora do apartamento dou de cara com um corredor, saindo pela única porta presente ali, já nesta parte parece que estou em uma tipo de base, pois possuía quase o mesmo esquema da sede do meu pai, e a julgar pelo que ouvi, há pouco fui vendida por Júlia para pagar uma dívida daquele escroto, então, aparentemente estou com alguém importante, será que foi o pilantra do Pedro, eu juro que vou arrancar o membro daquele assanhado fora, por me ofender desta maneira, vejo um telefone sobre a mesa, então dou o meu jeito de esconder e ligo para o meu irmão, há essa altura já deve está maluco atrás de mim, tadinho ele se preocupa ao extremo comigo