De Frente com o Mafioso
Estou longe em meus pensamentos quando escuto batidas na porta do meu quarto de hotel, levanto-me já impaciente pela, insistência, ao abrir dou de cara com um dos homens que veio comigo nesta viagem, que já dura tempo de mais para o meu gosto, ele aponta para o telefone no corredor, sem dizer uma única palavra, se virando de costas, o que me leva a saber exatamente quem está na linha sem nem mesmo verificar quem está do outro lado do aparelho, caminho até lá já me preparando para falar com ele, pois tenho certeza que não será cordial ao falar comigo, pois assim como eu já não deve mais esta aguentando tanta enrolação na resolução desta missão
LIGAÇÃO ON
— Bom Dia Dom Hassan, (o saúdo, e já recebo sua primeira pedrada do dia, já não me importo mais com isso, conheço perfeitamente o seu jeito de ser, pois cresci sobre as asas de Hassan Lohan, sendo criado praticamente como seu filho, o considero o meu pai, até mais que o próprio filho dele, que não é grato por tudo que ele já fez por ele em meus quarenta e cinco anos nunca teve um dia, que desobedeci uma ordem dele, seja ela qual fosse eu cumpria, houve uma época apenas em minha juventude que fraquejei, porém uma fatalidade me fez perceber que esse caminho não teria volta, ainda tenho esperança que ele me reconheça como seu proprio filho, assim será fácil assumir a máfia em seu lugar quando chegar o momento afinal o Dom já está velho com os seus setenta e cinco anos, então não está tão apto para as funções na máfia e o seu filho, bom isso é fácil resolver, afinal pessoas morrem todos os dias) Sim Dom Lohan, em dois dias encontrarei Alberto, o seu prazo para entregar a sua encomenda está terminando, e... (digo assim que ele termina a primeira leva de chingamentos, e ele me interrompe gritando novamente, digamos que Hassan não é uma pessoa munida de muita paciência, entretanto o admiro, acredito sinceramente que ele é assim por não ser compreendido como gostaria, e principalmente ficou pior depois da morte dela, pois mesmo não admitindo sei bem que a amava)
Aprendi tudo que sei com ele, que pegou pesado com meu treinamento, desde a infância o que me levou a acreditar que ele tinha um propósito maior para mim, na minha maior idade aconteceu a minha maior decepção, pois finalmente aconteceu de me encantar por alguém o problema que não foi qualquer pessoa pois ela se casou com o Dom, tendo um filho com ele, a mulher era até mais nova que eu por dois anos, e a sua inocência robou o coração de todos que trabalhavam na mansão, inclusive descobrir que o meu também, quando me apaixonei por ela, cheguei a cogitar a matar o Dom por ela, apenas para não há ver mais sofrer, entretanto a minha lealdade a ele, era mais forte, então reprimir esse sentimento em mim, quando ela engravidou pouco mais de um ano depois, vi a minha oportunidade de ser reconhecido se esvair pelo cano, entretanto a amava o suficiente para não ter coragem de tentar nada contra a sua vida, menos ainda do seu filho, pois daria no mesmo de a machucar, pois aí o Dom a mataria, sempre que podia fazia as suas vontades, tentando amenizar os sofrimento que ela passava na mão do Dom, ele tinha frustração por ela não ter outro filho (homem) dele,
Já que todas as vezes que ela engravidou ele matou a criança ao descobrir ser uma menina, fazendo Emily sofrer no processo, na sétima tentativa finalmente um menino, estava a caminho o que lhe deu um pouco mais de paz, tirando o fato dela não poder sair da mansão ela era livre para ir onde quisesse portanto que não fosse fora daqueles muros, o meu coração cortava toda vez que ela chorava ao se despedir do filho, ao ir a escola, pois sabia que só o veria a noite provavelmente machucado por ter feito algum treinamento, tinha vontade de ir ao seu auxílio todas as vezes, enxugar o seu choro, lhe contando que tudo ficaria bem, que isso só servia para o deixar mais forte, porém tinha ciência que a menor menção de aproximação a ela seria uma sentença de morte para ambos, nunca soube lhe dizer não e ela sabia disso, então sempre me convencia, a fazer ou trazer o que ela queria, tenho certeza que sabia dos meus sentimentos por ela, nunca lhe faltei com respeito, por mais que a amasse, não seria capaz de tocá-la, sem o seu consentimento, e ela mesmo não amando o marido jamais me deu abertura para tomar qualquer iniciativa, sempre agia com total pudor e respeito, nunca houve mulher mais virtuosa em toda mansão, pois a maioria aqui das funcionárias aqui dentro era amante secreta do Dom, e mesmo ela sabendo ainda assim manteve sua postura, então não tive o meu amor correspondido,
— Não se preocupe Dom, em três dias estarei de volta, caso Alberto não entregue o prometido, ao menos a sua cabeça entrego-lhe numa bandeja (ele continua as suas ameaças repetidas, desligando logo em seguida)
LIGAÇÃO OFF
Devolvo o aparelho ao seu lugar passando pelo homem que nem me preocupei em gravar o nome, pois nunca fico tempo o suficiente com eles de qualquer forma, entro novamente no meu quarto, olho no relógio na parede que marca que está próximo o horário do almoço, faço o meu pedido olhando pela janela, a paisagem de longos prédios de vidros deixa-me longe nos meus pensamentos, lembro da vez que até mesmo ela me convenceu a fazer vista grossa e leva-la para sair, quando fiquei responsável pela segurança da casa, ela resolveu fazer um passeio secreto ao parque com o seu filho, no seu aniversário de oito anos, além de convencer-me a leva-la, e também não me deixou ficar com eles, mesmo que insistisse
***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***
Atualizado até capítulo 32
Comments
Ana Cláudia Andrade
Começando hoje a ler mais um dos seus maravilhosos livros 👏
2024-11-11
1