Capítulo 4

Roberto Dangelo

1 ano atrás

De novo a mesma coisa, estou cheio de trabalho aqui na empresa e recebo mais uma ligação de casa de que a babá se demitiu e ela só aguentou por 2 semanas. Já castiguei os gémeos Martina e Martin, mais mesmo assim continuam com aquelas partidas idiotas com as babás.

— Dália contrata de novo mais uma babá e resolvi tudo. - Liguei para uma das minhas secretárias e deixo ela resolver tudo. Não tenho tempo para isso.

Já estou com os pensamentos à mil, uma das minhas amantes Melissa alega estar grávida de mim, só espero o resultado de DNA para decidir o que fazer. Se o filho for meu, eu assumo a responsabilidade, mais ela irá sumir da vida dele e se não for eu acabo com ela.

Eu não vou mais ter nenhuma mulher na minha vida, a não ser para satisfazer os meus desejos carnais. Nunca amei nenhuma delas e duvido que isso há de acontecer algum dia.

Desde os meus 10 anos que os meus pais resolveram arrumar um casamento arranjado para mim, para juntar o império da família Dangelo com os Finn. Se eu não aceitasse ficaria sem nada e perderia tudo, demorei muito para aceitar toda essa situação, ainda mais porque tinha que suportar a mimada da Renata, que já era uma cola no meu sapato e fez amizade com a minha mãe, ambas tentando controlar a minha vida.

Com o tempo decidi aceitar e decidi casar o mais depressa possível, o que foi a maior alegria dos meus pais, então nos casamos quanto eu estava perto de completar 19 anos e Renata tinha 18 anos.

Na minha adolescência, eu e Renata tínhamos que estar sempre juntos para agradar os nossos pais, eu não podia ficar com nenhuma outra garota e é claro que ficava com qualquer uma que me chamasse a atenção sem meus pais saberem e mesmo depois de casar continuaria com minhas idas as casas noturnas e amantes.

A Renata é simplesmente mimada e fútil, agia como uma idiota apaixonada por mim acreditando que eu ia me apaixonar por ela.

Já teve ataques de ciúmes e alguns foram em público e foi parar na mídia, além de que ela seguia os conselhos ruins das suas amigas sobre como ia conseguir me seduzir e riam dela pelas costas. Aliás eu já dormi com todas elas e a idiota só soube um tempo depois que ouviu umas empregadas a fofocar em vez de trabalhar. Aquele dia foi uma grande dor de cabeça, faltava apenas um dia para o casamento, ela foi na minha casa, destruia tudo que via pelo caminho, demorei um pouco para entender o que se passava, mais me fiz de arrependido, falei que fui um tolo, que vou mudar, um teatrinho que nem eu mesmo acreditei e ela caiu. Eu tinha um plano e se for para fingir ser seu príncipe encantado, então que seja.

Após o casamento tratei de cumprir com o meu papel e engravidar ela o mais rápido possível, já no primeiro mês de casado ela já estava grávida e pouco tempo depois descobrimos serem gémeos.

Com 5 meses de grávida tratei do processo de divórcio, eu ficaria com tudo o império da minha família mais 65% do da família dela, assim ela ficaria com algumas ações, lojas de luxos e a joalharia, já a guarda dos filhos fica com ela e eu posso vê-los de vez em quanto e pagar mensalmente a pensão.

Depois do advogado terminar de fazer o acordo, só faltava ela assinar, então planeei um jantar romântico, alegando que queria recuperar o tempo perdido, pois só vivia trabalhando e mal nos víamos.

No nosso jantar lhe mostrei uns papéis para ela assinar, ela foi ler mais eu simplesmente falei, que não precisava mais assinar, pois claramente não havia nenhuma confiança entre nós. Ela falou que não era isso e então assinou todos os papéis sem ler e depois perguntou o que era e eu só falei que seria uma grande surpresa. E seria mesmo.

Depois do jantar, fomos para cama juntos, tivemos uma noite de sexo bem calma, pois tinha que fingir que estava tudo bem para ela não desconfiar de algo e prejudicar os bebés. Eu estava bastante feliz porquê agora além do término do casamento, eu tinha parte maioritária do império da família Finn.

O seu pai com certeza vai passar mal ao descobrir, mais quem mandou criar uma filha estúpida e ainda por cima colocar tudo no seu nome. Eu fui até bonzinho pois poderia lhes tirar tudo e lhes deixar na miséria, por causa de tudo que me fizeram passar com esse maldito casamento. Meus pais foram duros e cruéis comigo, pois queriam um filho perfeito para assumir o império dos Dangelos e se aliar por meio do casamento com os Finn.

Cresci com ódio deles e libertar-me disse sempre foi meu grande sonho.

Depois de dar à luz, os bebés ficaram com a Renata na mansão dos meus pais, pois eu viajei a trabalho e só depois de 2 meses é que ela soube do divórcio pelo meu advogado, não contei antes para não prejudicar os bebés de alguma forma e como eu estava de viagem, ela me ligou várias vezes e eu apenas ignorei. E durante 3 meses ela ficou com um comportamento estranho, os seguranças relataram que ela passou a beber muito, ia todas as noites a festas e deixava os bebés com as babás, saía com vários homens e sinceramente eu nem me importei.

Só que ela passou a ser o foco da mídia, foi fotografada em diversas situações constrangidoras enquanto estava bêbada, havia várias suposições de que nos divórciamos, além de possível traição por parte dela e que ela não cuida dos próprios filhos.

Então depois de receber várias queixas dos funcionários e dos meus pais, resolvi ficar com os meus filhos. Não fazia parte dos meus planos, mais também são da minha responsabilidade.

Lembrança on:

Eu fui ao apartamento onde a Renata estava no momento, pois foi expulsa da mansão dos seus pais, e na dos meus pais ela não podia ir porque minha mãe detesta o choro de criança apesar de ser dos seus netos e de serem grandes amigas. Da minha ela está proibida de entrar, após chegar lá encontro os bebés dormindo e aos cuidados da babá e a Renata estava no seu quarto que se encontrava todo bagunçado. A noite deve ter sido inesquecível.

— Me explica o que aconteceu com você? - falei e ela apenas me olhou sem dizer nada, então continuei. — Você devia cuidar dos bebés e não sair por aí agindo como se fosse uma puta, você tem obrigações e um papel a cumprir.

— Resolveu aparecer, você apunhalou-me pelas costas, me deixou num momento frágil, nem sequer esteve presente nos primeiros dias da vida dos seus filhos e tem coragem de vir exigir algo de mim. -ela fala com vontade de chorar, de fato ela tem razão, mais eu não me importo

— Você agora é uma mãe, tem que agir como tal, está a colocar o nome da sua família na lama… - ela me cortou antes de eu terminar de falar

— Não se atreva a falar da minha família, perderam muita coisa por sua causa, meu pai nunca vai me perdoar e não querem mais saber de mim, você acabou com a minha vida. - ela se desabou a chorar no chão com a maquiagem toda borrada.

— Eu tive a minha adolescência arruinada por sua causa, perdi a minha liberdade, os meus pais passaram a ser ainda mais rígidos comigo, então resolvi aceitar casar consigo ou caso contrário perderia tudo. E estavam todos tão felizes com o casamento que esqueceram que existe divórcio, então eu só tinha que ti fazer assinar os papéis, e ser dono de parte do império Finn foi só uma indemnização por ter ti suportado durante todos esses anos. Ninguém merece suportar uma riquinha mimada como você. - falei me abaixando a sua frente. — Vou garantir que nossos filhos não sejam iguais a vocês e antes que eu me esqueça, como não queres cumprir com o seu papel e cuidar dos bebés, eu os levarei hoje mesmo comigo.

— Se fizer isso eu vou chamar a polícia. - ela falou chateada e tentando bater em mim

— Pode chamar, eu já falei com o meu advogado e ele vai entrar com uma ação para eu ter a guarda exclusiva dos nossos filhos. - falei pronto para ir embora

— Nenhum juiz irá tirar os filhos da mãe, seria um grande absurdo. - ela falou zangada e convicta com suas palavras

— Não seria um absurdo se a mãe for uma desequilibrada, viciado em beber e com o seu nome espalhado na midia em diversos escândalos, além de que a provas de sobra de tudo isso e não se esqueça que eu sou poderoso e tenho muitos contactos.

Mandei a babá colocar os bebés no carinho e me acompanhar com eles até a minha casa, a Renata segurou nos meus pés e suplicando para que eu a aceite de volte e que eu não tire os bebés de si

— Para com isso mulher, tenha mais amor próprio e viva a sua vida. Finalmente nos libertamos um do outro

— Eu vou ligar para os seus pais e você vai se arrepender. - Gritou enquanto eu estava a sair pela porta

— Faça isso e diga para eles que agora eu tenho controle sobre minha vida, adeus e espero não ti ver tão cedo.- Fui embora e aquele sem dúvida foi o dia mais feliz e libertador da minha vida

***Esta obra está sob contrato com a NovelToon, e a pirataria, como a reimpressão sem permissão, é estritamente proibida.***

***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***