Lorena Vitória
— Boa tarde. - falei a todos que se encontravam sentados no sofá da sala
— Resolveu acordar preguiçosa. - o meu pai Carlos falou e eu só ignorei e fui procurar algo para comer. Peguei uns cereais e comi com leite.
— Lorena eu trouxe isso para você. - o meu irmão Cris entregou-me uma caixa e dentro dele estava um vestido da cor preta bem lindo e comprido com um decote e um sapato que combinava com ele. — Eu vi numa loja perto da escola e achei a sua cara.- ele falou todo orgulhoso de sua escolha.
— Obrigado irmão, é muito lindo. - o Cris é o mais legal de todos, não porquê me dá presentes sempre que pode, mais porque me trata bem, me trata como uma irmã ao contrário da Lana que é igual ao Carlos
— Já falei várias vezes para não comprar presentes para a Lorena, você tem que focar apenas em estudar, eu e a sua mãe matamos-nos de trabalhar para vocês os dois terem tudo enquanto estudam, a situação está apertada, então eu não volto a avisar.- Meu pai sempre faz esse discurso, parece até que não se cansa.
— Hora pai, a Lana vivi comprando coisas desnecessárias e você não fala nada, até fica enviando um dinheiro extra para ela, ou pensa que eu não percebi.- Cris falou e minha mãe olhou para o Carlos espantada
— Então é por isso que fica faltando dinheiro, você tem que parar de fazer isso, eu tive de fazer mais um empréstimo e a Lana vive a comprar roupas caras, maquiagem desnecessárias, ela tem que estudar, estamos todos a nos sacrificar para terminarem os estudos e ela vive como uma rica mimada, só que nós não somos ricos- a minha mãe Laura falou, depois de se pôr a frente do papai e com isso começaram uma briga sem fim como sempre e depois de uns minutos a Lana falou
— Eu tenho que estar sempre bonita e isso custa caro, senão como vou conseguir um tipo rico e também a Lorena trabalha, então porquê que ela não paga as contas de casa e assim passam a enviar mais dinheiro para mim e ficam com menos problemas. - Ela falou e eu não consigo acreditar no que acabei de ouvir, o meu dinheiro é meu e ponto final, os meus pais olharam-me como se estivessem a pensar sobre isso. Eu não acredito nisso, dá vontade de puxar a Lana pelos cabelos
— Até que é verdade, você tem dois empregos, então está na hora de ajudar a pagar as contas, eu devia ter pensado nisso antes. - o Carlos falou expressando o quão satisfeito está com a ideia da sua querida Lana.
— É mesmo, você pode fazer isso? - a Laura falou
— Não, eu junto dinheiro para fazer a minha formação, já que não vão ajudar-me como os meus irmãos e também guardo para uma coisa que não vou falar, então a resposta é não. - eu não vou falar sobre a bebé, já falei com a médica pelo telefone sobre a minha vontade de adotar a bebé, ela falou que ela ia ser transferida para um orfanato onde vai aguardar uma família para ser adotada e deu-me o contacto do responsável pelo caso dela, falamos por email, indicaram-me todos os documentos que precisaria fazer e os passos necessários, além de que recomendaram um advogado, vão ser muitos gastos, além de conseguir adotar ela, tem as coisas que a bebé vai precisar e a mudança. Então gastar devido às futilidades da minha irmã seria de menos.
— Você morou aqui a vida toda e quando mais precisamos você vira-nos as costas, a formação não custa tanto assim, então andas a tramar o quê? - o meu pai falou
— Deixa ela pai, se a Lana precisa tanto de dinheiro é só trabalhar também, eu trabalho num restaurante em meio período e ajuda bastante. - o meu irmão falou e eles ficaram surpreendidos por ele revelar que está a trabalhar, é só por ele ser meio que preguiçoso, em casa vivia a jogar, pelo menos sempre foi inteligente e conseguiu a bolsa, contudo não cobre todos os gastos, mais ajuda bastante, já a Lana não conseguiu a bolsa, então pesou mais para os pais
— Filho se passa por dificuldades era só falar e eu ia dar um jeito. - a Laura falou, acariciando as suas costas
— Eu sei disso mãe, só pensei que como a Lorena terminou o secundário a pouco tempo que iam ajudar ela no próximo passo, então resolvi trabalhar e assim eu também posso ajudar a Lorena nos estudos. - Me sinto tão orgulhosa do irmão que tenho, que bom que pensou em mim também, só ele ter falado isso me fez sentir feliz
— Nós estamos no limite. - o Carlos falou e não esperava outra coisa dele
— Não precisa se preocupar comigo, eu sei-me virar, mais muito obrigado irmão, agora preciso sair para tratar de umas coisas.
— Eu também vou sair, vou-me encontrar com uns amigos. - Cris falou e saiu
Eu vou procurar um advogado e começar com o processo de adoção, depois de resolver algumas coisas, fui a casa da minha tia Ana. Ela é casada com Zander que também é professor de química e ela de português, eles tem um filho de 15 anos Zayn e eles vivem bem e são bem legais.
Estou na casa deles a 1 hora e depois de conversar sobre coisas normais, resolvi chamar a Ana para termos uma conversa mais privada
— Então minha menina, seu pai brigou com você de novo?
— Também, mais já nem ligo, dá para acreditar que a Lana sugeriu que eu pagasse as contas de casa para que sobrasse mais dinheiro para as suas futilidades
— Sério, não acredito.- ela respondeu rindo muito
— É, não é, justo agora que vou ter a minha bebé. - Aí nossa. Mordi os lábios depois de falar isso. Não era assim que eu planeava contar, a Ana está com um sorriso enorme no rosto e os olhos bem abertos tentando ao que parece processar o que acabei de falar
— O QUÊ? Você está grávida. - ela falou bem alto e os outros dois ouviram do quarto ao lado
— Quem está grávida? - o Zander perguntou e se sentou ao meu lado e o Zayn curioso também se sentou atendo
— Não espera, você entendeu mal, eu não estou grávida, eu quero adotar uma bebé. - depois expliquei tudo o que aconteceu para eles
— Que maldade, fazer isso com uma bebé frágil é muito desumano, você tem o nosso apoio. - a minha tia falou e eles concordaram
— Obrigada. - depois nos abraçamos, fiquei mais um pouco lá, falei da minha vontade de viajar e eles ficaram de acordo, só um pouco triste, mais eu entendo
De resto, eu terminei a papelada e tudo necessário após um tempo, agora é só esperar.
Já iniciei a minha formação para cuidar de idosos e como a duração é bem curta logo que terminar farei um de cuidados de crianças que também tem pouco tempo de duração.
Como decidi adotar a pequena bebé decidir que é melhor não fazer um curso e sim uma formação, com uma duração menor e o meu objetivo é conseguir adotar ela, viajar e iniciar uma nova fase da minha vida com ela.
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Atualizado até capítulo 42
Comments
Birrenta Figueiredo
Bom mesmo q seja uma estória, não tem licença poética válida q uma menina de 18 anos adote uma criança por meios legais, o processo é demorado, ela não tem estabilidade financeira... E ainda vai para o USA, como se fosse fácil conseguir o visto, ainda mais com uma criança... tá pegando pesado( imaginação indo além do infinito, rs).
2025-03-27
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Joyce Santos
Pelo menos um nessa casa tem bom senso, o irmão.
Não me entra na cabeça uma mãe que deixa a filha passar por isso por que seu marido acha que ela é fruto de uma traição, se a tia disse que tem gente na família de cabelos ruivos, a Laura também sabe, se não tá defendendo a filha é pq realmente deve ter traído o marido em algum momento e a Lorena que não tem nada haver com isso paga o pato.
2025-04-10
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Anilda Alves da Cruz
Para adotar uma criança não é facil precisa de muito requisitos impostos pela lei e se não me engano precisa também ter como sustentá-la mas é uma história né?
2025-04-16
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