capítulo 14

#RAMON#

RAMON- Bom dia filha.- Disse e dei um beijo na testa da minha princesa, que olhava algo em seu celular.

AURORA - Bom dia papai.- Disse olhando guardando o celular, ela sabe que odeio que ela use esse aparelho a mesa.

Eu nunca fui um pai que mexia nas coisas da minha filha, tanto a Melissa quanto eu, presamos muito pelo diálogo, sempre demos liberdade para a Aurora se expresar, então existia essa relação de confiança mútua.

RAMON- Cade a sua mãe?

AURORA- Na área da piscina, ela está práticando a yoga dela.

Desde que nos conhecemos a Lisa presa tanto a sua saúde física e mental, então ela mantem uma rotina de yoga regular, ela tentou me arrastar para isso, mais eu não tinha a menor vocação para isso, mais confesso que adorava a flexibilidade que essas mulher tem.

A Melissa me falou que a yoga é uma prática milenar originária da Índia que combina exercícios físicos, relaxamento, controle respiratório e meditação, e isso sempre fez bem a ela, principalmente durante a gravidez dela, já que o psicológico dos dois estava bem abalado com tudo.

RAMON- Eu vou lá falar com ela.

Segui em direção a área da piscina, onde ela terminava de se alongar, assim que ela olhou para mim, eu disse.

RAMON- Bom dia.

MELISSA- Bom dia.- Disse se levantando, ela usava um top rosa e um short leggin que estava um pouco justo por conta do suor que escorria pelo seu corpo.

RAMON- Voltando a rotina?-Perguntei sorrindo para ela.

MELISSA- Velhos hábitos, você sabe o quanto isso me faz bem.

RAMON- Sim, você sempre gostou muito, quem sabe você não consegue me ensinar algumas coisas.

MELISSA Você quer aprender agora?

RAMON- Porque não, eu já estou ficando velho, não quero ser um coroa sedentário.

MELISSA- Você continua lindo, como no dia que te conheci.- Deus eu escutei isso mesmo, era agora.

RAMON- Ainda me acha lindo?- Perguntei segurando em sua mão, o que eu mais queria era dar um beijo naquela boquinha linda, mais derepente a nossa filha invadiu a área da piscina e disse.

AURORA - Mãe, o tio Valentim esta aqui.- Disse animada, enquanto um marmanjo entrava no local.

RAMON- Que p#rra é essa.- Disse olhando para o tatuado que olhava para a minha mulher, como se ela fosse um pedaço de carne.

TATUADO - Hola.- R#la é o c#ralho, quem que era esse desgraçado.

VALENTIM MANRIQUE, 40 ANOS.

#JAVIERZINHO#

JAVIER- Oi meu menino.- Disse me abraçando, essa é uma das coisas que eu mais gostava no meu papai titio.

Conheço a minha história, sei o que os meus pais fizeram para que eu pudesse existir, e amo tudo o que eles representam na minha vida.

JAVIERZINHO - Está tudo bem papai?

JAVIER - Está, e você, parece meio abatido.

JAVIERZINHO - Aconteceu um monte de coisas.

JAVIER - Senta meu menino.- Disse e apontou para o sofá.

Me sentei ao seu lado e comecei a contar o que havia acontecido com a Isabela, o meu pai era o meu melhor amigo, desde sempre, esteve ao meu lado, me apoiando e aconselhando, independente do momento.

JAVIER - Caramba.- Disse mechendo nos cabelos loiros iguais aos meus.- O que vai fazer?

JAVIERZINHO - Ainda não sei papai, eu estou tão perdido, pensei que ela me queria de verdade, mais não, ela só brincou com os meus sentimento, simplesmente para tira o meu filho de mim.

JAVIER- Talvez ela tenha tido um bom motivo, as vezes fazemos o errado antes de aceitar.

JAVIERZINHO- Eu nem parei para escutar, eu não consegui nem olhar para ela.

JAVIER- Filho você tem que focar em uma coisa por vez, tem uma coisa que você tem que pensar a cima de tudo.

JAVIERZINHO- O que?- Perguntei e depois de pensar um pouco ele disse.

JAVIER - Sabe uma coisa que eu sempre me perguntei?

JAVIERZINHO - O que?

JAVIER - Você já é um homem, a um bom tempo, muitas pessoas quando crescem, passam a não gostar dos seus apelidos de infância, mais você não, você não se incomoda de ser chamado de Javierzinho por todos, de ser sempre lembrado por minha causa?

JAVIERZINHO - Não, pelo contrário, eu adoro ser lembrado e comparado com você.

JAVIER - Porque?

JAVIERZINHO - Por que eu tenho orgulho de ser o seu filho, orgulho do que o senhor representou na minha vida, você poderia ter sido só o meu doador de esperma, mais não, você foi o melhor pai que eu poderia ter.

JAVIER - Eu fico feliz, que você pensa assim, no começo eu pretendia ser só o seu doador, queria que a Mila e a Mo aproveitassem a maternidade, mais quando você nasceu, eu não consegui me manter afastado longe de você, aquele serginho pequeno e inocente, alguma coisa desabrochou dentro de mim, você era um pedaço de mim, eu não suportei a ideia de ter você longe de mim, naquele momento eu soube que não haveria nada mais importante na minha vida do que você, foi a mesma coisa, quando eu vi a Maya pela primeira vez e é nesse serginho que você tem que pensar, porque, eu aposto com você, que independente da decisão que você tomar, assim que o vir, saberá que tudo faz sentido.

JAVIERZINHO- Obrigado papai, eu já sei o que fazer.- Disse e ele me abraçou, eu sabia o que teria que fazer, e vai ser no meu filho que eu vou pensar.

❤️❤️❤️❤️❤️❤️

A maioria dos fatos citados, tem início no livro 2, "Casamento na mafia", e se quiserem ler como tudo começou leiam "Amada pelo meu mafioso".

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