capítulo 3

#RAMON#

Um mês depois, eu já havia retomado a minha rotina normalmente, já havia superado quase que completamente o término com Jennifer, que tentou voltar comigo, depois que o cara lá, perdeu o patrocínio e a bolsa por causa do futebol, cortesia dos meus velhos amigos da mafia.

Eu ja não sinto mais nada por ela, o tempo cura tudo, como ja disse a minha falecida vozinha, sinto saudades da vó Aurora e do vô Marcos, ele envelheceu rápido de mais e um dia veio a falecer, a vó Aurora, morreu dois dias depois, os médicos disseram que ela morreu de uma coisa conhecida como a síndrome do coração partido, acho que ela não aguentou ficar longe do amor de sua vida, foi um baque para todos, eles foram bons pais e avós, mais estamos seguindo a nossas vidas da melhor maneira que conseguimos.

Eu havia decido que não iria mais me relacionar com ninguém, e só iria focar nos meus estudos e na mafia, que para mim, era extremamente importante, mais o destino tinha outros planos para mim.

Nessas semanas, eu não tinha falado novamente com Melissa, após a noite bem agradável que tiveram, mais naquele dia tudo mudou.

Assim que eu saiu da sua sala e dei de cara com ela, ela me deixou preocupado, ela estava, com uma expressão confusa e perdida.

RAMON - Está tudo bem Melissa?- Perguntou colocando a mão em seu ombro.

MELISSA - Ramon, podemos conversar?- Perguntou em um tom nervoso.

RAMON - Claro, algum problema?

MELISSA - Eu estou grávida.- Disse de uma vez, antes que perdesse a coragem.

RAMON - O que?- Perguntou sussurrando por causa do choque.

MELISSA - Eu sei que é tudo muito recente para você processar, eu mesmo não estou raciocinando direito, mais quero dizer que eu não vou tirar o meu bebê.

RAMON - Está maluca garota, está comendo merda por acaso? Você não vai tirar o meu filho.- Disse despertando do choque, foi uma surpresa para mim, mais nunca passou pela minha cabeça ela matar o meu bebê.

MELISSA - E o que vamos fazer?

RAMON - Nos vamos criar o nosso bebê, é o jeito.

MELISSA - Você quer o bebê.

RAMON - Claro que eu quero o meu filho, que pergunta idiota, eu sei que foi algo muito recente para nos, mais ainda é o nosso filho.

MELISSA - O que vamos fazer?

 Me lembro de cada detalhe daquele dia, dei um beijo na testa dela, coloquei a mão em seu ventre, era incrível pensar que eu teria um filho, e só disse.

RAMON - Não se preocupe eu vou cuidar de tudo.

Eu tranquilizei a mãe do meu filho, depois que deixei ela em seu dormitório, e segui para a minha casa, ainda tinha que contar para os meus pais, encontrei o meu trabalhando na biblioteca, por causa da mafia ele nunca parava de trabalhar, mais sempre teve tempo para nós.

Pedi um minuto de sua atenção, e assim que ele estava prestando a atenção, comecei a contar o que estava acontecendo, depois de um tempo pensando disse.

JUAN- Você foi irresponsável muleque.

RAMON- Eu sei pai.

JUAN- Eu tenho muitos planos para você garoto e derepente você faz isso comigo.- Disse e eu fiquei em silêncio escutando a bronca que eu tinha certeza de que iria levar, mais eu não poderia me calar, depois da última coisa que disse.- Você tem que se livrar desse problema, tem uma clínica que você pode levar a menina.

RAMON- Uma p#rra que vou.- Disse me levantando.

JUAN- Olha a boca, além de ser o seu pai, eu ainda sou o seu dom.- Disse se levantando.

RAMON- Foda-se que você é o meu dom, eu não vou matar o meu filho.

JUAN - Sabe que se me desobediêncer, posso te deserdar nesse exato momento, não sabe? E com isso, você fica sem faculdade, sem carros e tudo mais que tiver nessa casa.

RAMON - Que seja.- Disse com toda firmeza do mundo, se o meu pai pensava que qualquer coisa que tinha naquela casa, era mais importante para mim do que a criança que nasceria, ele estava muito enganado.- Eu não me importo de perder os privilégios que me deram a vida inteira, eu tenho dois braços e duas pernas e não me importo de trabalhar, o que eu nunca iria permitir que o senhor, ou qualquer outra pessoa, tirassem a vida de inocente, jamais permitiria que tirassem o meu filho de mim.- Disse olhando no fundo de seus olhos, logo o grande Juan David Bernascone, sorriu para mim e disse.

JUAN- Ao contrário de tudo o que eu pensava, dos medos que eu tinha, hoje eu vejo que criei um homem.- Disse e me surpreendeu ao me puxar para um abraço.- Que essa criança venha com saúde e que traga felicidade meu filho.

RAMON - Eu já estou feliz por saber que ela virá ao mundo.

JUAN - Tem a minha benção para fazer o que decidir, mais vou logo avisando que quero acesso total a minha neta.

RAMON - Nem sabemos se é uma menina.- Disse sorrindo para o meu velho.

JUAN- É tradição, os primogênitos da nossa família, são mulheres, e a minha neta não será excessão.

Sorri mais vez, até que ter uma princesinha não seria nada mal, ter uma coisinha pequena, te vendo como um super herói, deveria ser incrível.

O resto aconteceu muito rápido, Melissa e eu nos casamos quatro meses depois, tivemos muito apoio de ambas as famílias, principalmente os meus pais que estavam loucos para conhecer a netinha, eu fui criado feito homem, eu assumiu todas as responsabilidades requerentes a minha esposa e filha.

A minha Aurora nasceu trazendo grande felicidade para todos, com o tempo, conseguimos conciliar a faculdade, com a criação da criança, foi incrível ver aquela menina/mulher se transformando em mãe maravilhosa.

Amo a minha família, mais ainda falta algo, acho que com o tempo, a Melissa se apaixonou por mim, e eu tentei, ser um excelente pai e marido, mais nunca consegui retribuir esse amor e foi por esse motivo que eu quase a perdi.

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