capítulo 2

QUINZE ANOS ATRAS...

RAMON - Porque me trouxe para cá?- Perguntei criticando o lugar que estava.

DIEGO- Você precisa se divertir meu amigo, já faz dois meses que a Jennifer e você terminaram.

RAMON - Não fala o nome dela.- Disse com raiva, eu estava com um ódio tão tremendo daquela desgraçada, que se eu não matasse mulheres, ela estaria f#dida.

DIEGO - Está bem cara, mais você precisa relaxar, não pode viver trancado no quarto por causa daquela vagabunda, fica aqui se distrai um pouco, aproveite enquanto eu ainda estou solteiro, que assim que a sua irmã me der uma chance, já era.

RAMON- Está bem.- Disse me sentando no balcão do bar, que tinha naquela casa, nem sabia quem era o dono da festa, mais meu amigo me arrastou para cá.

Enquanto bebia, fiquei lembrando das últimas semanas, e em como tudo mudou tão de repente, mesmo que eu sempre tentasse fazer as coisas certas, a minha vida virou de cabeça para baixo.

Eu sempre foi um rapaz responsável, os meus pais me criaram assim, eu também sempre soube que o meu futuro estava escrito, mais eu gosto de saber que serei o novo dom, e achei que a Jennifer seria a minha Lady.

Eu namorei Jennifer durante dois anos, e ela me o traiu com o atacante do time de futebol da escola, não fiz nada com ela, pois prometi aos meus pai que jamais tocaria em uma mulher, mais dei uma boa surra no desgraçado, que agora se ele não pagar para continuar na faculdade, será expulso, já que ele não pode mais jogar.

Eu fiquei arrasado, fazia mais de dois meses que não sai de casa, só para ir à faculdade, estou estudando administração, eu não gostava de festas, mais o Diego, achou que seria bom para eu me distrair, mesmo eu sabendo que a diversão que ele queria, era com a minha irmã

Aproveitei que o Diego sumiu da minha vista e fui para a varanda da casa, para ficar sozinho, eu era um jovem com espírito de velho, do tipo que preferia ficar em casa, do que ir para qualquer festa.

RAMON - Odeio esse tipo de lugar.- Exclamou irritado, mais me assustei quando obtive uma resposta.

MELISSA - Também não sou a maior fã.- Disse chamando a minha atenção, eu já havia visto ela na faculdade, mais nunca havia falado com ela.

RAMON - Perdão, eu achei que estava sozinho, por isso vim...- Disse envergonhada.

MELISSA - Fugir daquele caus.- Disse tomando um gole da cerveja.

RAMON - Pois é.

MELISSA - Como eu disse, eu também não gosto, uma amiga me arrastou para cá, disse que eu estudo demais e tenho que me divertir mais, já que pareço uma velha...

RAMON - De 80 anos, também já escutei muito isso.- Disse e dei um sorriso para a mulher, era a primeira vez que eu demonstrava uma reação em várias semanas.- Eu vou te deixar sozinha.

MELISSA - Se quiser ficar, não irá me incomodar, quer?- Perguntou apontando para um pequeno engradado de cerveja ao lado dela

RAMON - Eu vou aceitar, até porque, aqui está bem mais agradável do que lá dentro.- Disse pegando a garrafa e me sentando ao lado da mulher.

MELISSA - Prazer, Melissa, engenharia da computação.

RAMON - Ramon Bernascone, administração.

MELISSA - Que honra, conheci um Bernascone.

RAMON- Conhece a minha familia?

MELISSA - É melhor perguntar quem não conhece a sua família?

RAMON - Realmente, e você?

MELISSA - Sou bolsista, a minha mãe é classe média, temos uma vida estável, mais não temos dinheiro para pagar a minha faculdade, então fiz o vestibular e consegui bolsa, e eu sempre gostei de computação, gosto de programar, quero conseguir ter a minha própria empresa de tecnologia, ou pelo tentar.

RAMON - Pelo menos você tem alguma ambição, diferente da...- Disse e brequei a minha fala, eu não queria falar da ex, na frente de uma garota.

MELISSA - Qual o nome da defunta?

RAMON - Como?- Perguntei sem entender.

MELISSA - Dá sua ex.

RAMON - Como sabe que é a minha ex que eu estava falando.

MELISSA - Eu sou bem observadora, já deu para mim perceber certas coisas sobre você.

RAMON - Serio? Tipo o que?

MELISSA - Bom, assim que você passou pela porta da varanda, eu pude olhar as suas roupas de grife e o relógio de ouro, que eu tenho certeza que foi vendida em um leilão, por quase seis milhões de reais.

RAMON - Foi um presente de aniversário da minha mãe, eu coleciono relógio.- Disse olhando para o relógio, a dona Yolanda sempre foi uma mãe que nunca economizou para fazer os filhos felizes e o meu pai, bom, nunca aprendeu a dizer não para a esposa.

MELISSA - Antes de você falar, eu ja sabia que você tinha dinheiro, você é um rapaz bonito e com boa aparência, e bom, pelo jeito que você falou, é sinal que está com raiva e triste com alguéma coisa, então deduzi que tem haver com alguma mulher, porque eu já te vi, com uma garota pela faculdade.

RAMON - Você acertou, eu ia falar sobre a minha ex, só brequei a minha fala, porque não queria estragar esse clima agradável que esta aqui.

MELISSA - Não tem problema, pelo visto ainda é um pouco recente para você.

RAMON - Um pouco.

MELISSA- Quer me contar?

RAMON - Não quero te estressar com os meus problemas.

MELISSA - Sei que é difícil de acreditar, mais diferente da maioria das mulheres, eu prefiro escutar do falar, e outra, eu não tenho muitos amigos para dividir fofocas alheias.

RAMON - Bom, eu namorei com a Jennifer, desde dos dezoito anos, eu gostava muito dela, queria me casar e ter filhos depois que terminassemos a faculdade, aí a dois meses e meio, eu comecei a notar ela meio estranha, foi aí que eu descobri que ela estava namorando um cara do futebol.

MELISSA - Sinto muito.- Disse parecendo sincera, ela era tão bonita.

RAMON - Foi um livramento para mim, pude ver quem era ela de verdade, ela não passava de uma interesseira, que só queria gastar o dinheiro da minha família.

MELISSA - E o que faz aqui hoje?

RAMON - Um amigo achou que eu tinha que conhecer uma mulher gata e gostosa, para me fazer esquecer da Jennifer e parece que encontrei, o que você acha?

MELISSA - Não sei se eu sou gata e gostosa, mais eu gostaria de ficar com você.

Não perdi tempo, me aproximou lentamente e deu um beijo na boca da mulher, que logo me deu passagem para ir à diante, iniciando uma coisa, na qual nenhum dos dois imaginava, apartir daquela noite, nos estariam ligados pelo resto da vida.

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