Amor Proibido

Amor Proibido

O Acidente

Um ônibus escolar deslizava pela estrada, as risadas e conversas dos alunos preenchendo o ambiente. De repente, um som ensurdecedor de freios e metal retorcido interrompe tudo. O motorista tenta desviar, mas é tarde demais. O impacto entre o ônibus e o caminhão é brutal. O veículo escolar se desequilibra, gira no ar e capota várias vezes.

No meio do caos, um jovem é lançado pela janela quebrada, seu corpo arremessado em direção à floresta densa ao lado da estrada. Ele cai violentamente no mato, os galhos e folhas amortecendo parte do impacto, mas ainda assim ferido. Sentindo uma dor aguda no corpo, o jovem tenta se levantar, sua visão embaçada e o som dos gritos abafados pelo ruído de seus próprios pensamentos.

Meio tonto, ele começa a caminhar, sem rumo, guiado apenas pelo instinto de sobrevivência. A cada passo, a floresta parece se fechar mais ao seu redor, os galhos arranhando sua pele, a escuridão o envolvendo. O som da chuva começa a cair, pingando suavemente nas folhas antes de se transformar em uma tempestade pesada.

A água fria escorre pelo rosto sujo do jovem, misturando-se ao sangue que escorre de um corte profundo em sua testa. Ele tenta seguir em frente, mas o cansaço e a dor tornam cada passo uma batalha. Ele tropeça, seus pés afundando na lama, seu corpo ficando mais pesado a cada momento.

Finalmente, a exaustão o domina. Ele para, ofegante, seu corpo fraco demais para continuar. Os trovões ecoam ao longe, mas, para ele, é apenas um ruído distante. Ele tenta chamar por ajuda, mas sua voz falha, sufocada pelo peso do cansaço.

Sem forças, o jovem cai de joelhos e, em seguida, desmaia no chão encharcado da floresta, o som da chuva caindo como uma melodia triste ao seu redor, enquanto a escuridão o consome completamente.

A chuva continuava caindo implacavelmente, encharcando a terra ao redor do jovem desmaiado. O frio se misturava à escuridão da floresta, mas algo incomum estava prestes a acontecer. Silenciosamente, uma sombra alta e ágil surgiu entre as árvores, seus olhos brilhando em um tom que parecia absorver a luz ao redor. Com movimentos graciosos e precisos, a figura se aproximou do corpo inerte do jovem, observando-o por alguns segundos.

Sem hesitar, a criatura envolveu o jovem com braços fortes, levantando-o com uma facilidade impressionante, apesar de seu corpo molhado e pesado. Com passos firmes, ela seguiu através da floresta densa, desviando de galhos e troncos como se conhecesse cada detalhe do terreno. Eventualmente, a figura chegou a uma caverna oculta, parcialmente coberta por vegetação, quase imperceptível para qualquer um que passasse por ali.

No interior da caverna, uma luz suave e mística emanava das profundezas. A figura colocou o jovem com cuidado no chão, em seguida começou a retirar sua roupa molhada e suja, revelando os inúmeros ferimentos que cobriam seu corpo. Com movimentos delicados, a criatura o carregou até o centro da caverna, onde um lago de águas cristalinas brilhava com uma luz sobrenatural. Flores florescentes flutuavam na superfície, espalhando um leve perfume adocicado no ar.

A criatura mergulhou o corpo do jovem na água quente, posicionando-o de modo que sua cabeça repousasse suavemente sobre a grama à beira do lago, garantindo que ele não afundasse. A água parecia ter vida própria, envolvendo-o com suavidade e calor. Os ferimentos no corpo do jovem começaram a se fechar lentamente, como se a água estivesse purificando e curando cada corte e hematoma.

O ambiente ao redor parecia quase mágico, e o silêncio só era quebrado pelo som suave da água e pelo leve cintilar das flores. A criatura observava em silêncio, seus olhos fixos no jovem enquanto o processo de cura continuava.

Horas se passaram. O jovem começou a se mexer levemente, seu corpo reagindo ao calor e ao processo de cura. Ainda fraco, seus olhos se abriram lentamente, e ele percebeu que não estava mais na floresta. A luz suave da caverna o envolvia, e ele se sentia envolto por um calor reconfortante

Ele tentou se mover, mas o cansaço ainda era grande. Seus olhos percorreram o ambiente, confuso, até notar o brilho das flores sobre a água ao seu redor. Foi então que sentiu algo estranho, como se uma força invisível estivesse cuidando dele. A água morna aliviava a dor que sentia antes, e os ferimentos pareciam quase completamente cicatrizados.

Com esforço, ele levantou a cabeça, tentando entender onde estava e quem o trouxera até ali. O silêncio era inquietante, mas também havia uma paz no ar. Era como se estivesse protegido... mas por quem?

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Comments

Simara Moreira

Simara Moreira

Amo esse tipo de história

2024-09-25

1

𝔶𝔲𝔬𝔫𝔤

𝔶𝔲𝔬𝔫𝔤

Muito bom

2024-09-21

1

Ver todos

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