Derick entrou na mansão sentindo o peso da tensão no ar. Sabia que seus pais estariam furiosos por ele não estar presente para receber a família Souza. Ao passar pela grande porta da sala de estar, viu seus pais, Niki e Naby, conversando educadamente com os pais de Eduarda. Os olhares caíram sobre ele no instante em que apareceu.
"Finalmente," sua mãe, Naby, disse, cruzando os braços, com uma expressão severa no rosto. "Onde você estava, Derick? Sabia que tínhamos convidados importantes."
Derick, tentando manter a calma, sorriu educadamente e fez uma leve reverência para os pais de Eduarda. "Peço desculpas pelo atraso. Eu estava resolvendo algumas coisas, mas estou aqui agora," ele respondeu, tentando soar despreocupado, mas sabendo que sua mãe não ia deixar isso barato.
Niki, seu pai, o observava com um olhar que misturava irritação e paciência. "E o Erick? Ele também está atrasado?" Naby perguntou, arqueando uma sobrancelha.
Derick balançou a cabeça. "Não, mamãe. O Erick não está comigo. Mas tenho certeza de que ele não vai demorar."
Naby suspirou, frustrada, enquanto Niki apenas o encarava com um olhar de desaprovação silenciosa. "Espero que estejam cientes de que temos responsabilidades aqui, Derick," disse Niki, com a voz firme. "Esta é uma ocasião importante, não podemos nos dar ao luxo de erros ou distrações."
Os pais de Eduarda observavam a cena com sorrisos compreensivos, mas era claro que o clima estava um pouco tenso.
Derick, tentando aliviar o clima e demonstrar educação, se voltou para os pais de Eduarda com um sorriso. "Então, como foi a viagem? Espero que estejam confortáveis. E, claro, onde está Eduarda? Gostaria de conhecê-la melhor," ele perguntou, tentando ser o mais gentil possível, embora ainda estivesse sentindo o peso da bronca de seus pais.
Antes que os pais de Eduarda pudessem responder, Alana entrou na sala com um sorriso despreocupado. "Eduarda está descansando," ela informou, se aproximando do grupo. "Depois de uma viagem tão longa, ela foi para o quarto tomar um banho e relaxar um pouco. Mas logo estará conosco."
Derick assentiu, aliviado. "Entendo. Bom, a viagem deve ter sido cansativa. Vou esperar para conhecê-la com calma mais tarde." Ele olhou para Alana com um pequeno sorriso, agradecido pela intervenção. "Imagino que ela esteja impressionada com o tamanho da mansão," ele comentou casualmente.
Alana riu. "Ah, com certeza! Ela até brincou sobre o tamanho do banheiro. Mas acho que vai se acostumar rápido."
Derick, depois de se instalar em seu quarto, foi direto para o banheiro. Enquanto a água quente caía sobre ele, pegou o celular e enviou uma mensagem rápida para Erick:
"Ei, aonde você tá? Já devia estar aqui."
Alguns segundos depois, Erick respondeu com seu tom impaciente de sempre: "Já estou indo, que saco. Jajá chego. Você viu a garota?"
Derick, com um sorriso brincalhão no rosto, digitou: "Não, ela tá descansando. Mas a Alana disse que ela é bonita... parece que você deu sorte."
Erick demorou um pouco para responder, mas quando o fez, a mensagem era curta e direta: "Vamos ver."
Derick balançou a cabeça, rindo sozinho, já imaginando a expressão de desgosto do irmão com toda a situação de casamento arranjado.
Derick, ainda rindo enquanto terminava de se secar, enviou outra mensagem para Erick:
“Papai e mamãe estão uma fera. Me deram uma bronca porque cheguei agora... o próximo será você, se prepara.”
Erick respondeu logo em seguida, claramente irritado: “Que saco, eles não perdem tempo, né? Tô quase chegando, vê se me salva um pouco dessa bronca.”
Derick riu enquanto se vestia. "Boa sorte com isso. Vou pegar pipoca e assistir de camarote."
Erick diz você tava aonde?
Erick ergueu uma sobrancelha, desconfiado. "E você realmente achou que isso era uma boa ideia? A Luara é uma complicação, você sabe disso."
Derick deu de ombros, tentando se mostrar despreocupado. "Ela só queria um 'trato', e eu não sou de negar. Mas foi só isso, nada demais."
Erick balançou a cabeça. "Espero que você não esteja se metendo em confusão. E não se esqueça, Luara e Yasmin têm um histórico com a gente."
"Eu sei, mas cada um faz o que quer. E quanto a você? O que vai fazer quando encontrar a Eduarda?" Derick provocou, mudando de assunto.
"Vou tentar me manter longe de problemas, mas não prometo nada," Erick respondeu, meio sorrindo. "Espero que ela não seja tão chata quanto parece."
Derick abriu a porta e, ao ver Eduarda parada ali, sentiu um misto de surpresa e curiosidade. Ela estava um pouco avermelhada, claramente envergonhada ao encontrar um rapaz só de toalha.
“Eduarda, certo?” ele disse, tentando quebrar o gelo.
“Sim, me desculpe! Pensei que este fosse o quarto da Alana. São tantas portas…” Ela desviou o olhar, tímida.
“Sem problemas. Eu sou o Derick,” ele respondeu, com um sorriso confiante. “Alana já mencionou você. E ela não estava errada; você realmente cresceu e está ainda mais linda do que eu lembrava.”
Eduarda sorriu, um pouco surpresa. “Obrigada! É engraçado você lembrar de mim, éramos tão crianças. Eu mal consigo me lembrar de você.”
“Pois é, faz tempo,” ele disse, dando um passo à frente, curioso. “Mas você tinha um jeito especial de ser. Parece que a lembrança ficou. E agora… o que você está achando da Polônia?”
Ela hesitou, buscando as palavras. “É... muito diferente do Brasil. Tudo é tão… grandioso. Mas ainda estou me acostumando.”
Derick inclinou a cabeça, observando-a. “Se precisar de alguém para te mostrar os melhores lugares, pode contar comigo. Posso ser um bom guia turístico.”
Eduarda riu, um pouco mais à vontade agora. “Vou pensar nisso, mas não sei se você é o melhor guia. Alana disse que você pode ser um pouco… descontrolado.”
“Descontrolado?” Derick fez uma expressão de indignação exagerada. “Quem, eu? Nunca! Mas, se quiser, posso ser bem comportado para te impressionar.”
Ela sorriu, sua timidez começando a desaparecer. “Acho que seria um desafio interessante.”
“Desafio aceito,” ele respondeu, piscando. “E, por favor, não se preocupe com a confusão das portas. Bem-vinda à mansão, Eduarda.”
Eduarda fechou a porta do quarto e deixou escapar um suspiro nervoso, seu coração ainda acelerado. A imagem de Derick, apenas de toalha, preenchia sua mente. Ela se jogou na cama, tentando afastar os pensamentos.
"Que loucura! Não posso ficar pensando nisso," murmurou para si mesma, passando as mãos pelo rosto em um gesto de frustração. "Você está noiva, Eduarda. Lembre-se disso!"
Ela se levantou e começou a andar de um lado para o outro, tentando se distrair. O quarto estava decorado com toques elegantes e aconchegantes, mas nada parecia confortá-la naquele momento.
“Concentre-se no seu futuro, na festa de noivado. Não pode se deixar levar por distrações,” disse, decidida a se focar em outras coisas. Mas, no fundo, a curiosidade sobre Derick e aquele corpo atlético a incomodava.
Eduarda se sentou à mesa e pegou o celular, pensando em ligar para Alana. "Talvez conversar com ela ajude," pensou. “Eu preciso de conselhos, não sobre ele, mas sobre como lidar com tudo isso.”
Ela hesitou por um instante, mas logo começou a digitar. "Oi, Alana! Podemos conversar? Estou precisando de uma amiga."
Eduardo apaga mensagem e pensa é melhor não né ela pode me ver com maus olhos afinal Derrick e Erick são irmãos dela.
Eduarda sair do quarto e vai descendo a enorme escada até a sala quando ela se esbarra em alguém.
Eduarda parou por um momento, o coração disparado ao se deparar com Erick. Ele era ainda mais impressionante ao vivo do que ela poderia imaginar. A altura e a musculatura dele eram intimidantes, mas o que realmente a prendeu foi a expressão arrogante no rosto dele.
"Uau," pensou. "Esse é o cara que vou me casar? Ele parece tão... intenso."
A mistura de surpresa e nervosismo tomou conta dela. "E agora? O que eu digo? Olha para ele! Ele parece não ter a menor ideia de quem eu sou, e isso me deixa ainda mais nervosa."
Ela forçou um sorriso, tentando parecer confiante, mas a sensação de ser analisada por aqueles olhos penetrantes a fez se sentir exposta. "O que ele deve estar pensando de mim? Que sou só uma garota mimada que não sabe o que está fazendo?"
Eduarda respirou fundo, lembrando-se do acordo dos pais e do papel que ela deveria desempenhar. "Ele é o futuro marido, então preciso fazer isso dar certo. Mas e se ele não gostar de mim? E se eu não corresponder às expectativas dele?"
Essas perguntas a atormentavam, mas ela estava determinada a enfrentar a situação. "Calma, Eduarda. Apenas seja você mesma. Ele pode ser arrogante, mas talvez haja mais por trás daquela fachada."
Com esses pensamentos, ela se preparou para dar um passo à frente, pronta para enfrentar Erick e mostrar que, apesar de tudo, ela estava disposta a tentar.
Erick entrou na mansão e imediatamente notou a presença de sua mãe, Naby, conversando com Amélia, a mãe de Eduarda. Ele sentiu um frio na barriga, já que sabia que sua mãe estava um tanto chateada com seu atraso.
"Oi, filho," Naby disse, tentando disfarçar a bronca em sua voz. "Este é Amélia, a mãe da Eduarda."
Amélia sorriu, parecendo calorosa e acolhedora. "Erick, você está ainda mais lindo. Como você cresceu!"
Erick sorriu timidamente. "Obrigado, senhora Amélia."
"Senhora não! Apenas Amélia, por favor," ela insistiu, rindo.
"Ok, Amélia," ele respondeu, achando graça. "E o meu pai? O Souza está onde?"
"Está no escritório, organizando algumas coisas," Naby disse, olhando para o filho com um olhar de leve reprovação. "Você não viu a Eduarda ainda?"
Erick balançou a cabeça, a curiosidade crescendo. "Não, ainda não. Ela está por aqui?"
Amélia sorriu. "Ela estava descansando. Deve estar se preparando para a festa."
"Espero que ela não esteja nervosa," disse Erick, mais para si mesmo. Ele sentiu uma pontada de ansiedade ao imaginar como seria conhecê-la de verdade.
Naby, percebendo a inquietação do filho, tentou aliviar. "Ela é uma boa garota, Erick. Tenho certeza de que vocês vão se dar bem."
Erick assentiu, embora uma parte dele estivesse cética sobre a ideia de um casamento arranjado. "Espero que sim. Eu só quero que seja uma experiência boa para ambos."
"Você vai se surpreender," Amélia disse, piscando. "Eduarda é muito especial."
Erick sorriu, mas sua mente estava cheia de perguntas. "Vou procurá-la."
Com isso, ele se despediu brevemente e começou a caminhar em direção ao corredor, imaginando como seria aquele encontro.
Erick subia a escada quando de repente esbarrou em alguém. Ao olhar para baixo, seus olhos encontraram uma jovem deslumbrante, com cabelos soltos e olhos castanhos escuros que pareciam brilhar. O olhar dela era penetrante, fazendo com que seu coração acelerasse de forma inesperada.
"Essa deve ser a Eduarda," ele pensou, avaliando-a. "Ela é realmente linda. Como eu não me lembrei disso antes?" Ele sentiu uma conexão instantânea, algo que não conseguia explicar. A forma como ela o observava, com curiosidade e talvez um pouco de timidez, fez seu estômago dar um nó.
"Ela parece forte, mas há uma fragilidade que me atrai," ele refletiu. "E se ela não gostar de mim? É uma pressão e tanto, casar com alguém que mal conheço."
Enquanto se encaravam, uma onda de sensações desconhecidas o envolveu. "Talvez eu esteja mais ansioso do que pensei," pensou, sorrindo internamente ao se perguntar se ela sentiria o mesmo.
Erick pensou, “Pelo menos ela é gostosa. Estou parecendo um idiota encarando a garota assim.” Ele sentiu um calor subir pela sua face ao perceber que a olhava com intensidade. “Ela deve achar que sou um maluco, encarando desse jeito. Ou talvez minha expressão esteja estranha pra ela.”
Tentando disfarçar, ele desviou o olhar por um instante, mas a curiosidade o fez voltar a observá-la. “É, definitivamente preciso me controlar. Não posso ser o noivo que a assusta logo de cara.” A ideia de causar uma má impressão o inquietou, e ele decidiu se apresentar. “Oi, eu sou Erick,” disse, com um sorriso nervoso.
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Atualizado até capítulo 57
Comments
MARIA LUZINETE DIAS SILVA
Para um filho de mafioso ele é um irresponsável.
Sabendo da chegada dos sogros e da futura noiva l, deveria ter ido recebê-los
2024-11-07
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