compras

Alana caminhava com leveza pelos corredores do shopping, cercada por três seguranças que carregavam suas sacolas. Ela estava em um de seus dias preferidos: comprando sem limites, escolhendo roupas e acessórios dos mais caros e luxuosos. Seu sorriso era radiante enquanto passava de loja em loja, mas algo chamou sua atenção de repente.

Do outro lado do corredor, ela avistou Yasmin, uma das ex-ficantes de Erick. Elas se conheciam desde o ensino médio, mas a amizade nunca havia sido verdadeira. Yasmin tinha se afastado de Alana quando começou a andar com Luara, outra das antigas "peguetes" de Derick, e ambas eram o tipo de garotas que Alana desprezava: falsas e interesseiras. Alana não podia deixar passar a oportunidade de colocar Yasmin em seu devido lugar.

Ela se aproximou com um sorriso disfarçadamente cordial, enquanto os seguranças ficavam à distância, respeitando o espaço.

— Yasmin! Quanto tempo! — Alana disse, com uma doçura forçada. — O que faz por aqui? Comprando alguma coisinha?

Yasmin, claramente surpresa ao vê-la, sorriu nervosamente.

— Ah, oi, Alana! Sim, estou só dando uma olhada nas vitrines. E você? Comprando o shopping todo? — perguntou, lançando um olhar às várias sacolas que os seguranças carregavam.

— Você me conhece, gosto de me mimar um pouquinho — Alana respondeu, rindo. — Mas olha só, que coincidência te encontrar. Sabe, eu estava pensando no Erick hoje. Ele tem tantas coisas acontecendo na vida agora...

Yasmin arqueou uma sobrancelha, curiosa, mas tentando manter a pose de desinteressada.

— Ah, é? O que tem ele? — perguntou, fingindo desinteresse, mas Alana podia ver o brilho nos olhos dela. Ela sabia bem da obsessão de Yasmin pelo seu irmão.

— Bem, você provavelmente não ouviu ainda, mas o Erick vai se casar em breve — Alana disse casualmente, mexendo nos cabelos com uma falsa despreocupação. — Com Eduarda, a filha de uma grande família no Brasil. O noivado já está sendo preparado.

O rosto de Yasmin ficou rígido por um momento, mas ela rapidamente tentou disfarçar com um sorriso forçado.

— Casar? Erick? — Ela riu sem graça. — Que surpresa... Não sabia que ele estava nesse caminho.

— Pois é, querida. As coisas mudam, né? E ele está muito ansioso pra isso. — Alana enfatizou a última frase, se deliciando ao ver a reação desconfortável de Yasmin. — Mas me conta, e você? Como está sua vida? Encontrou alguém especial ou ainda está... se divertindo por aí?

Yasmin tentou manter a compostura.

— Ah, estou bem. Aproveitando a vida, sabe como é. — Ela olhou de relance para os seguranças e depois para as sacolas de Alana, claramente incomodada com o fato de que a vida de Alana estava em um nível muito superior ao dela.

Antes que Alana pudesse responder, Luara, a antiga "peguete" de Derick, apareceu ao lado de Yasmin. As duas trocaram olhares rápidos e cúmplices, mas Alana não perdeu o controle da situação. Pelo contrário, ela sorriu ainda mais, percebendo que agora tinha a atenção de ambas.

— Luara! Que surpresa também! Sabiam que Erick vai se casar? — Alana repetiu, só para garantir que a notícia circulasse. Ela sabia que a ideia de perder os irmãos Calmores mexeria com as duas.

— Sério? — Luara perguntou, sem conseguir esconder a surpresa.

— Sim. E a festa de noivado vai ser enorme. Acho que vocês não estão na lista de convidados... — Alana disse, sorrindo com um toque de ironia.

As duas tentaram disfarçar o desconforto, mas Alana percebeu que sua missão estava cumprida. Ela sabia que Yasmin e Luara iriam remoer a notícia por um bom tempo.

— Bem, preciso continuar com minhas compras. Foi ótimo ver vocês — Alana disse, jogando o cabelo para trás e se virando em direção à próxima loja, seus seguranças a seguindo de perto.

Enquanto ela se afastava, pôde ouvir os murmúrios irritados de Yasmin e Luara. Com um sorriso vitorioso no rosto, Alana continuou seu dia de compras, satisfeita por ter deixado uma marca.

Cena

Alana chega em casa exalando confiança, os seguranças a seguem carregando várias sacolas de grifes. Ela mal conseguia conter o sorriso enquanto cruzava a porta, sentindo-se realizada após um dia de compras bem-sucedido. Ao entrar no hall da mansão, encontra sua mãe, Naby, observando a cena com uma mistura de surpresa e divertimento.

— Filha, pra que tudo isso? — Naby pergunta, arqueando uma sobrancelha e cruzando os braços. — Nem parece que você já tem um closet enorme, cheio de roupas.

Alana sorri, despreocupada, enquanto entrega as sacolas para uma das empregadas organizarem.

— Ah, mamãe, você é tão incrível que, às vezes, parece um sonho. — Ela gira em volta de si mesma, ainda empolgada com suas novas aquisições. — Eu só estou renovando meu closet. As coisas que estão lá já não são suficientes, sabe? Preciso me atualizar com as últimas tendências.

Naby ri, balançando a cabeça, mas sem conseguir esconder a admiração pelo espírito livre da filha.

— Alana, você e esse seu jeito… Se seu pai souber desses gastos... — Naby diz, tentando parecer séria, mas claramente divertida com a situação.

Alana faz uma careta, sabendo muito bem como o pai reagiria, mas depois solta uma gargalhada leve.

— Ah, mamãe, ele não vai saber. E mesmo que soubesse, tenho certeza que com um sorriso e um charme, ele me perdoaria rapidinho.

Naby suspira, rindo junto.

— Você sempre soube como amolecer o coração do seu pai, mas cuidado, hein? Nem sempre o sorriso vai funcionar.

Alana piscou para a mãe, ainda em seu mundo de leveza e despreocupação.

— Pode deixar, mamãe, eu sei como lidar com ele.

Cena

Alana, ainda empolgada com suas compras, joga o cabelo para trás e olha para Naby com um sorriso travesso.

— Ah, por sinal, mamãe, esqueceu que eu vou pro Brasil? Melhor dizendo, Rio de Janeiro! Lá faz calor, e eu vou aproveitar pra pegar uma marquinha na praia — diz Alana, quase sonhadora, já se imaginando sob o sol carioca.

Naby sorri, mas logo adota um tom mais sério, preocupada como sempre com o bem-estar da filha.

— Filha, você sabe que o Rio de Janeiro é lindo, mas também tem seus perigos. Cuidado lá, tá? — Ela a observa com um olhar mais firme. — E, por favor, não faça besteira. E se fizer... ou conhecer alguém... se cuide, tá bom?

Alana revira os olhos, mas sorri carinhosamente.

— Ah, mamãe, relaxa. Eu vou ficar bem. Já sou grandinha, sei me cuidar! — Alana ri, tentando tranquilizar a mãe, mas logo a abraça. — Mas obrigada por se preocupar. Eu prometo que vou me comportar… na medida do possível.

Naby ri e balança a cabeça.

— Na medida do possível... só você mesmo, Alana.

Cena

Alana entra no seu quarto, cercada pelas sacolas de compras, e joga-se na cama macia. Seu celular começa a vibrar na mesa de cabeceira. Ela estica o braço preguiçosamente e, ao olhar para a tela, vê o nome de Alan, irmão de Luara. Um sorriso se forma em seus lábios, já imaginando o que ele queria.

— Oi, Alan — ela atende com um tom casual, mexendo distraidamente nos fios de cabelo.

— Alana! Como você está, linda? Já faz um tempo que a gente não se fala... Tava com saudades de ouvir sua voz — responde Alan, com sua voz sempre envolvente e cheia de segundas intenções.

Alana sorri, mesmo sabendo que ele adorava jogar charme.

— Ah, tô bem. Estive ocupada, sabe como é... comprinhas, preparando-me pra uma viagem pro Brasil. E você? O que anda fazendo?

— Me preparando pra ver você — ele responde rapidamente, arrancando uma risada suave de Alana. — Brasil, hein? Sorte dos brasileiros que vão te ver por lá... E eu aqui morrendo de saudade. Sabe que eu nunca esqueci aquele beijo, né?

Alana revira os olhos, mas mantém o sorriso.

— Você e esse papo de sempre, Alan. Foi só um beijo.

— Só? Eu diria que foi um dos melhores momentos da minha vida — ele brinca, a voz rouca, tentando ser sedutor.

Alana morde o lábio, divertida com a situação, mas não ia cair fácil nos joguinhos de Alan.

— Ah, é? Então, parece que precisa de mais diversão na sua vida, porque, sinceramente, foi só um beijo comum.

Alan ri do outro lado da linha, mas não desiste.

— Você me provoca, Alana. Um dia ainda te convenço que podemos ir além... A propósito, você tá linda como sempre, né? Aposto que tá aí com um sorriso maravilhoso.

Ela ri e se ajeita na cama, satisfeita com a conversa, mas sem dar muita abertura.

— Sempre esse charme barato, Alan. Vamos ver se um dia você melhora. Mas por enquanto, vou deixar você só com a saudade.

— Ah, Alana, um dia você não vai resistir... — ele diz, brincalhão, mas ela já está distraída.

— Vou te deixar sonhando por enquanto. Cuida de você, tá? — ela diz, encerrando a ligação com um toque leve de provocação.

Desligando o celular, Alana joga-se de volta na cama, rindo sozinha. Alan podia ser insistente, mas ela sempre controlava o jogo.

Naby

Alan 19 anos

Luara 19 anos

Yasmin 19 anos

Niki

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Comments

Valquiria Dias

Valquiria Dias

são todos gêmeos esses irmãos? pra todos ter a mesma idade

2025-01-15

1

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