V - As Explicações Parte - 01

Hefesto, Lizzel, Magnólia e Natasha se retiraram do bar e caminhavam em silêncio.

Lizzel e sua mãe olhavam de relance para o deus que andava tranquilamente como se nada tivesse acontecido. O olhar das duas alternava entre Hefesto e vampira Natasha a única vampira que o deus não chegou a aprisionar no bar.

- Então... - Disse Lizzel rompendo o silêncio. Hefesto e Natasha olhavam para ela esperando que a jovem concluísse suas palavras. - Podem explicar melhor o que aconteceu?

- Eu sou um deus grego e ela é uma vampira! - Disse Hefesto apontando para Natasha. Ele falou como se aquilo fosse algo normal a se dizer.

- Um deus e uma vampira... - Disse Magnólia atraindo a atenção para si. - O que mais existem por aí?

- Lobisomens, zumbis, ogros, fadas, duendes tudo o que as pessoas pensam que é ficção, imaginação eles existem! - Respondeu Natasha.

- Existem fadas? - Perguntou Lizzel surpresa.

- Sim existem, anjo e demônios também.

- Uauu.

- Sim.

- Mas o que você faz andando com a gente? - Perguntou Magnólia e só agora Lizzel pareceu se lembrar quem Natasha realmente era.

- Hora estou indo com vocês eu não posso ficar mais no meu covil.

- Covil?

- Sim. - Interveio Hefesto. - Aquele bar na verdade é um covil de vampiros!

- Mas não atacamos a humanos pode ficar tranquila.

- Mas você não bebe sangue?

- Sim eu bebo, mas para não atraímos a atenção e roubamos do hospital!

- Agora está resolvido o problema da falta de sangue.

- Não vai denunciar a polícia vai? - Magnólia a olhou como se a fosse o certo a se fazer, mas percebeu que não seria uma boa ideia. - Pense bem como vai dizer para a polícia que vampiros estão roubando o sangue do hospital.

- Vão achar que eu sou louca!

- Realmente vão.

- Mas ainda não entendi como você não foi capturada? - A pergunta de Lizzel fez ela, sua mãe e Natasha pararem. Hefesto estava tão distraído que só percebeu depois que as mulheres haviam parado. Ele parou e recuou alguns passos e ao voltar respondeu à pergunta no lugar de Natasha.

- A resposta é simples Lizzel ela não queria nos atacar!

- Não queria nos atacar?

- As correntes estavam programadas para atacar qualquer ser que viessem em nossa direção, se olhar bem por que não prendeu a você a sua mãe já se perguntou isso?

Lizzel assentiu mostrando que pensava no assunto.

- E por que não nos atacou! - Perguntou Magnólia. Natasha ficou uns segundo em silêncio e quando pensou em responder ele apontou para Hefesto que a olhou curioso.

- Por causa dele! Eu ainda achava que ele era um anjo!

- Então vampiros tem medo de anjos? - Perguntou Magnólia e Natasha assentiu.

- Para grande parte de nós eles são como se fossem a polícia! Ficam de olho de tudo e se algum ser sobrenatural faz algo contra um humano eles não perdoam. O meu...criador ele foi morto por um anjo, me pouparam por que ele se sacrificou por mim. - A vampira mordeu os lábios e respirou fundo tentando não chorar. Lizzel se conscientizou com a cena e a abraçou forte se esquecendo que Natasha na verdade era uma vampira e não humana.

- Lizzel! - Disse sua mãe surpresa.

- Mãe! Ela precisa de ajuda!

- Mas ela nem é...

- Humana... - Completou Natasha por Magnólia e a mulher levou a mão a boca. Respirando fundo Magnólia voltou a falar.

- Desculpe eu só...

- Tudo bem...eu entendo.

- Mas ainda não entendi a parte do criador!

- Ela se refere ao vampiro que a transformou. - Hefesto novamente tomou a atenção para si. - Ela era humana e se tornou uma vampira. Aquele que a transformou em vampira é o seu criador. Seria como se fosse o pai já que ele deu essa nova vida a ela, posso ser curioso e perguntar a sua idade senhorita?

- Senhorita? - Natasha sorrio e Lizzel jurou ter visto a vampira ficar corada. - A muito tempo não me chamam assim... a trezentos anos pelo menos!

- Trezentos! - Lizzel e sua mãe disseram em uníssono.

- Ainda é uma vampira nova, uma adolescente assim podemos dizer!

- O senhor é muito galanteador Hefesto.

- A você acha? - O deus sorrio para a vampira e logo pisco. Natasha desviou o olhar mostrando estar sem jeito.

- Parou, parem de flertar um ao outro! - Hefesto e Natasha se desculparam. - Tudo bem agora expliquem melhor isso de deuses, vampiras, e outras criaturas!

- Acho que aqui não é um bom lugar certo?

- Tem razão vamos para casa!

- O que? Nossa casa? - Disse Magnólia desesperada. - Não não de jeito nenhum mocinha, não iremos leva-los a nossa casa!

- Mãe!

- Não! Podemos correr mais perigo se descobrirem onde moramos.

- Eles não iram fazer mal a vocês isso eu garanto!

- E como pode garantir isso?

- As correntes, se esqueceram do que eu disse a eles?

- Mas quem garante que isso vai dar certo?

- Eles não vão querer se meter com vocês isso eu também posso garantir. - Magnólia olhou para Natasha e a vampira continuou a falar. - Ele é um ser divino, vampiros só temem a Anjos e demônios, o que conhecíamos antes como seres divinos apenas eles. Agora que existe outro ser divino os deuses um novo patamar que não conhecíamos, eles não serão loucos de tentar ataca-las já que Hefesto deixou claro que são amigas dele.

Magnólia olhou surpresa para Hefesto que a olhava atentamente. Seu olhar passou por sua filha que a olhava com atenção, ela suspirou e voltou a falar:

- Tudo bem vamos para casa, lá poderemos conversar melhor.

                                                                                                    ***

A casa de Lizzel e Magnólia ficava no fim da rua perto da divisa da cidade com o campo. Era a última casa da rua e alguns metros à frente a estrada de asfalto terminava e ligando a ela estava uma estrada de barro. A casa era branca com dois andares, uma pequena garagem e dentro dela estava um carro um Veloster branco. Ao entrarem em casa Natasha parou perto da casa e olhava atentamente para todos.

- Ah... é verdade. - Disse Hefesto e Lizzel e sua mãe o olharam. - Alguém precisa convidá-la para entrar.

- Por que? - Perguntou Lizzel confusa.

- Vampiros não podem entrar na casa de humanos sem serem convidados.

- Como é que? Não podem entrar em casa sem serem convidados?

- Se for uma casa aonde um humano mora e dorme sim! Agora se for uma casa onde por exemplo eu morasse ou um vampiro eles não precisariam de convite.

- Interessante... - Disse Lizzel olhando para Natasha. A vampira a olhou mostrando estar com medo, e o olhar de Lizzel era indecifrável. - Bem pode entrar Natasha!

A vampira respirou fundo e adentrou a casa.

O lugar era grande, as paredes também eram brancas e existiam muitos quadros pendurados nas paredes. Fotografias, quadros pintados à mão, o chão era de madeira e três sofás brancos eram visíveis de frente para uma estante. Uma tv de lead estava fixada a parede, existiam dois corredores que davam para direita e a esquerda, e a esquerda também bem ao lado da tv uma escadaria era visível.

- O lugar é lindo. - Comentou Hefesto e Lizzel sorrio.

- Obrigada.

- Muito bem. - Magnólia sentou-se em um dos sofás e Lizzel se sentou ao lado dela, Hefesto e Natasha sentaram-se no sofá da frente e as olharam. - Nos contém tudo!

Baixar agora

Gostou dessa história? Baixe o APP para manter seu histórico de leitura
Baixar agora

Benefícios

Novos usuários que baixam o APP podem ler 10 capítulos gratuitamente

Receber
NovelToon
Um passo para um novo mundo!
Para mais, baixe o APP de MangaToon!