IV: O Bar dos Vampiros

Hefesto ficou o restante do dia em seu quarto e a noite resolveu sair. Eram 19:00 horas e o deus começou a caminhar pela cidade. Hefesto estava trajando uma calça jeans com sapatos preto, camiseta branca e uma jaqueta de couro preta que estava aberta.

Caminhando pela cidade o deus avistou alguns supermercados, lojas de eletrônicos abertas, além é claro de muitas boates que tocavam todos os ritmos de músicas. Continuando sua caminhada ao atravessar o farol o deus avistou uma grande praça, algumas pessoas corriam, outras passeavam, pais andavam com seus filhos, ou um casal de noivos ou namorados. Alguns jovens se reunião em grupos para conversar, namorar, cantar e ouvirem musicas e até comer e beber.

Mas uma jovem em especial chamou a atenção de Hefesto. Ela estava lendo um livro que o deus conseguiu ler sua capa que dizia "50 tons mais escuros! "

- Então é fã da trilogia 50 tons de cinza? – Perguntou o deus e um sorriso era visível no rosto da jovem.

- Talvez eu seja senhor Hefesto! – Respondeu a jovem sorrindo enquanto fechava o seu livro.

- Não não eu não quero interromper, por favor continue a sua leitura eu só estou de passagem.

- Não tudo bem! – Lizzel guardou o livro em sua bolsa. – Eu me empolguei e li demais já está mesmo na hora de parar um pouco.

A jovem ficou de pé e se espreguiçou, Lizzel agora estava usando uma calça jeans, com sapatilhas preta e uma blusinha branca. E carregava consigo uma bolsa preta com uma flor branca estampada nela.

- E então gostado da cidade?

- Sim estou estava andando para conhece-la melhor, muito agitada essa hora da noite principalmente as boates.

- Para uma cidade pequena boates tem aos montes por aqui.

- Realmente o pessoal precisa se divertir as vezes.

- Com certeza! – Respondeu Lizzel sorrindo e Hefesto não resistiu e começou a sorrir.

- Amigo novo minha filha? – Disse uma voz atraindo a atenção dos dois. – Ou devo dizer que é o meu novo genro?

- Mãe! – Lizzel ficou com o rosto todo corado com o comentário de sua mãe e evitava olhar para Hefesto para não revelar o quanto estava sem jeito.

Hefesto olhou para a mulher e a mesma se mostrou encantada ao olhar para o deus. Ela tinha a pele branca exatamente com Lizzel, cabelos pretos lisos e olhos castanhos claros. Aparentava ter a mesma idade que o deus mostrava ter com idade em torno de 30 a 40 anos. Ela estava usando um vestido preto que ia até seus joelhos e sapato de salto da mesma cor, usava também uma jaqueta jeans branca junto com uma bolsa preta.

- Sinceramente seria um prazer ser o seu genro, mas infelizmente acho que não faço o tipo de sua filha. Ela merece alguém mais jovem e bonito para ela. – Tanto Lizzel como a sua mãe começaram a rir e Hefesto estendeu sua mão, a mulher estendeu a sua e os dois se cumprimentaram. – Prazer me chamo Hefesto Olimpus.

- O prazer é todo meu senhor Hefesto, me chamo Lauren Magnólia sou a mãe de Lizzel.

- Sei que escuta isso sempre e deve ser repetitivo, mas eu também tenho que dizer. Já sei a quem ela puxou a beleza!

- Olha só parece quem alguém está te paquerando mamãe! – Disse Lizzel com um tom brincalhão e sua mãe concordou rindo.

- Há não infelizmente também não Lizzel, o mesmo que eu disse a você vale para sua mãe também. Ela merece alguém bonito e mais jovem!

- Eu poderia me contentar com alguém mais velho e feio.

Lizzel olhou surpresa para a sua mãe ao escutar o seu comentário. Hefesto a olhou por um momento e voltou a sorrir.

- Sério? Então eu me dei bem dessa vez? O meu dia de sorte finalmente chegou. – E todos começaram a rir.

- Mãe o senhor Hefesto. – Hefesto pigarreou e Lizzel olhou para ele.

- Já somos companheiro de viagens, não precisa de formalidades apenas Hefesto por favor.

- Ok então mãe o Hefesto é o rapaz que eu contei quando cheguei por mensagem, aquele que está de férias e consertou o problema do ônibus.

- A sim então o senhor é o chefe da manutenção que tem uma mãe Mitóloga?

- Na verdade eu tinha uma mãe Mitóloga ela infelizmente não se encontra entre nós.

- A sinto muito eu...

- Não sem problema algum, mas sim esse sou eu.

- E está gostando da cidade?

- Até onde eu vi eu amei ainda tenho muitas coisas para ver.

- Realmente tem, se não estiver com pressa gostaria de nos acompanhar até um barzinho que existe aqui perto?

- Se não for incomodar as duas.

- Não claro que não venha será uma honra mostrar a cidade.

- Que povo bem acolhedor agora entendo por que os meus colegas da cidade Central recomendaram essa cidade.

- Então é de lá que o senhor vem?

- Sim é de lá sim.

- Aqui é um refugio para as pessoas da cidade central, ficar perto do campo como ainda podem viver um pouco perto da civilização. Então vamos até lá.

                                               ***

Os três andaram por uns minutos e logo pararam em frente ao bar cujo o nome era "Toca do Morcego".

- O nome pode ser estranho, mas é um lugar bem legal. – Disse Lizzel e Hefesto assentiu.

Ao chegar perto daquele lugar Hefesto começou a sentir uma atmosfera pesada e hostil. – Alguma coisa vai acontecer aqui! – Pensou o deus antes de adentrar ao local com Lizzel e sua mãe.

O local por fora tinha as paredes brancas e o nome toca do morcego estava grafitado apenas em vermelho como se o nome fosse escrito com sangue. Dentro do bar existiam algumas mesas que faziam o lugar parecer mais uma lanchonete do que um bar. As mesas eram quase coladas uma as outras e em fileiras, no centro havia um grande balcão que parecia tomar praticamente todo o fundo do estabelecimento. Atrás do balcão uma grande prateleira repleta de todos os tipos de bebidas podia ser vista.

O lugar não estava tão cheio e nem tão vazio, Hefesto fez uma contagem rápida e contou 20 pessoas no local incluindo os barman. Ao se aproximarem do balcão um dos barman se preparava para atende-los. Ele era jovem deveria ter em torno de 20 a 22 anos, cabelos loiros, olhos veres claros, pele branca. Estava usando uma camiseta branca, com calça social preta e sapatos da mesma cor.

- Bom a noite o que gostaria de beber essa noite? – Disse o rapaz com um grande sorriso revelando os seus dentes brancos.

- Eu gostaria de uma cerveja por favor! – Disse Lizzel e o rapaz sorrindo abriu uma garrafa e entrou junto um copo.

- E o mais novo lindo casal o que gostaria? – Perguntou ele olhando para Magnólia e Hefesto.

Quando o seu olhar se encontrou com o deus o jovem pareceu ficar surpreso ao vê-lo, mas conseguiu disfarçar.

- Eu gostaria de uma tequila para iniciar. – Disse Hefesto com calma.

- Então o mesmo para mim, uma tequila para iniciar a noite. – O rapaz assentiu e começou a preparar as bebias.

- Ele está muito nervoso. – Pensou o deus. – Realmente algo de ruim vai acontecer na minha primeira noite na terra.

As bebidas foram servidas e os três levantaram os seus copos e brindaram. Hefesto e Magnólia chuparam uma fatia de limão antes beberem a bebida com um só gole.

- Aahhh delicia. – Disse a Magnólia e Hefesto sorrio.

- Muito bom não é mesmo?

- Sim sim e agora senhor Hefesto fale um pouco do senhor, se não se importar é claro.

- Claro que não há incomodo algum, a minha vida não tem muitas emoções. Como eu disse a Lizzel eu sou chefe de manutenção da BMW, ou seja eu vistorio as construções dos carros da empresa.

- É uma posição muito importante pelo que vejo.

- Sim na verdade é.

- E o senhor é casado?

- Divorciado na verdade!

- A eu sinto muito...

- E nós também sentimos muito! – Disse uma voz com um certo tom de sarcasmo.

Olhando para o lado o trio percebeu que as pessoas que estavam no bar os olhavam atentamente e com ódio, principalmente para Hefesto.

- Acho que não somos bem vindos aqui. – Disse o deus com calma olhando para o grupo. Eram em torno de dezenove entre homens, e mulheres, adolescentes, adultos e algumas pessoas mais velha na casa da idade de Magnólia.

- Senhor Hefesto isso nunca aconteceu eu sinto muito...eu venho anos aqui.

- Eu sei que não é a sua culpa. – Disse ele com calma sem tirar os olhos do grupo. – Eu acho que é de mim que eles não gostam!

- Realmente não é de você que gostamos! – Disse a pessoa que havia falado antes e agora Hefesto pode vê-lo. Ele era um jovem de pele morena e cabeça raspada, sobrancelhas grossas e olhos castanhos escuros. Aparentava ter em torno de 25 a 30 anos, corpo magro e definido. Estava usando calça jeans preta, com botas e uma jaqueta aberta da mesma cor, ele estava sem camisa e seu abdômen definido podia ser visto. – Não gostamos de anjos por aqui!

- Perdão, ele disse anjo? – Hefesto olhou confuso para Lizzel e sua mãe que também o olharam da mesma forma.

- Não se faça de desentendido só por que veio para cá com essas mortais!

- Escute eu não se...

- Não venha com essa de não sei sobre anjos, não gostamos de anjos! – O rapaz ficou irritado e abrindo a boca os seus dentes bancos eram visíveis. Logo o trio viu uma cena que os surpreenderam principalmente a Lizzel e sua mãe. Os caninos do rapaz se alongavam e no lugar de dentes presas eram vistas. Os outros que estavam com eles repetiram o seu gesto e no lugar de dentes presas eram vistas.

- Vampiros... – Disse Hefesto mostrando estar calmo.

- Vampiros...eles..eles realmente existem! – Disse Lizzel apavorada enquanto abraçava forte a sua mãe que tentava em vão não olhar para a cena a sua frente. – Como vampiros podem existir?

- Existe muita coisa que vocês não imaginam que possam existir. – Disse Hefesto ainda com calma.

- Então suas parceiras humanas não sabiam sobre você anjo?

- Pelo amor de Deus eu já disse que não sou um anjo!

- NÃO ME VENHA COM ESSA! – Irritado o vampiro agarrou uma das mesas e a atirou na direção do trio.

Hefesto rapidamente segurou Lizzel e Magnólia e conseguiu as levar para o chão desviando da mesa que se chocou com o balcão do bar o quebrando e atingindo algumas garrafas.

Uma chuva de bebidas inundou o local e quando percebeu Hefesto ele e as mulheres estavam cercados pelos vampiros.

- Agora eu estou bravo! – O deus se levantou e ao ficar de pé o vampiro moreno correu em sua direção. Ele se aproximou tão rápido que Lizzel e sua mãe mal conseguiram ver quando o vampiro havia se aproximado, só perceberam quando Hefesto o segurou pelo pescoço e jogou o seu corpo para o lado que voou pelos ares e parou ao derrubar a parede do banheiro feminino. Os demais vampiros rosnaram e partiram ao mesmo tempo na direção ao deus, Hefesto foi rápido e retirou de seu bolso o seu Galaxy S5. Apertando o botão de voltar o celular começou a brilhar e da tela inúmeras correntes voaram em todas as direções e pretenderam os vampiros. Um a um cada vampiro caia no chão como se uma bomba tivesse explodido ao seu redor. No chão os vampiros tentavam se mexer em vão, apenas os seus olhos e nariz não foram presos pelas correntes.

Com cuidado Hefesto colocou o celular no bolso e caminhou até o banheiro feminino, segurou o vampiro e jogou fazendo o seu corpo cair de frente para o balcão. Os vampiros agora olhavam surpreso e com medo para Hefesto. Calmamente o deus retornou e descobriu que não apenas eles, mas Lizzel e Magnólia também o olhavam da mesma forma.

- Realmente vocês estragaram as minhas férias! – Disse o deus mostrando estar irritado e agora o medo estava estampado no rosto de todos os vampiros.

- O senhor... – Disse Lizzel atraindo a atenção de Hefesto e dos vampiros. – É realmente o anjo?

- Um anjo? Não Lizzel eu não sou um anjo!

- Mas então..

Hefesto segurou o vampiro por trás próximo a nuca e o levantou, ele parecia que estava segurando um gato pela nuca o deixando imóvel e evitando que ele o atacasse.

- Escute bem! – Disse o deus e o vampiro o olhou atentamente e ainda com medo. – Vou liberar a sua boca para que fale comigo. Se gritar eu aperto um botão do celular e você vai morrer entendeu! – O vampiro tentou balançar a cabeça confirmando, mas não conseguiu, Hefesto entendeu o que ele queria dizer e liberando a tela do celular apenas a parte que cobria a boca do vampiro foi liberada. – Ótimo agora me diga por que você e seus amigos vampiros acham que sou um anjo?

- É por que...porque... – O vampiro mostrava que estava totalmente nervoso.

- Vamos diga ou eu vou apertar o botão como eu disse que faria!

- Não por favor isso não!

- ENTÃO DIGA!

- É por causa da aura divina que você emana. – Disse uma voz atraindo a atenção de todos para o canto do bar.

Quando Hefesto olhou ficou hipnotizado e soltou um vampiro que caiu de cara do chão abrindo uma pequena rachadura.

Era uma mulher que estava sentada em uma das mesas do fundo, ela deveria ter em torno de 30 a 35 anos, mas o seu corpo não a deixava parecer que tinha mais do que 20. Tinha a pele branca e cabelos loiros com algumas sardas em seu rosto. Tinha olhos verdes e lábios rosados. Seu corpo era magro, ela estava usando uma mini saia jeans, com uma jaqueta também jeans aberta e um top banco com botas pretas. Seus cabelos loiros estavam e caiam como cascatas em suas costas. Ela sorrio para Hefesto revelando os seus dentes brancos e seus caninos eram visíveis enquanto ela sorria.

- Minha aura divina? – Hefesto finalmente conseguiu falar. – É por isso que acham que eu sou um anjo?

- Sim podemos senti-la, os anjos quando aparecem não podem esconder sua aura de nós e sinceramente vampiros e anjos não se dão muito bem. E então se não é um anjo por que não nos diz o que realmente é.

Hefesto olhou em volta, seu olhar passou por cada um dos vampiros que o deus conseguiu abater e parou em Lizzel e em Magnólia que o olhavam curioso. Suspirando ele balançou a cabeça e novamente suspirou.

- Se eu disser que não sou anjo nenhum vocês não vão acreditar em mim não é?

- Infelizmente não. – Respondeu a vampira com sinceridade. – Sua aura mostra isso, e já disse apenas os anjos tem auras divinas.

- Não somente eles. – Disse Hefesto controlando suas palavras. – Existem outros seres que vocês nem sabem que existem que também possuem uma aura divina e não apenas os anjos que conhecem!

- Então que seres seriam esses? – A vampira o olhava curioso.

- Bom... – Hefesto deu os ombros e suspirou. – Eu já disse não sou um anjo, mas sou um...

- Um? - Erguendo a cabeça ele a olhou em seus olhos.

- Eu sou um deus!

Todos no local o olharam surpreso. O corpo de Hefesto começou a brilhar, brilhava de uma maneira tão intensa que os vampiros presos fecharam os olhos, a vampira desviou o olhar protegendo o seu rosto, e Lizzel e sua mãe imitaram o seu gesto. Quando a luz se dissipou todos olharam para Hefesto e voltaram a se surpreender.

O deus agora estava usando uma túnica branca com sandálias douradas, seu corpo estava a mostra magro, mas definido. Em sua cabeça uma coroa de louro dourada podia ser vista e Lizzel ficou mais surpresa com o que via.

- Como eu disse eu não sou um anjo, mas sim um deus! Eu sou Hefesto...deus Grego dos Ferreiros mais conhecido como o Ferreiro Divino, sou o filho de Zeus rei dos deuses e deus dos raios e de Hera Rainha dos deuses e deusa do matrimônio!

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