III - A Viagem até a cidade escolhida

Hefesto se materializou atrás de uma rodoviária. O deus olhava em volta curioso e avaliando a estrutura do local.

Seu olhar passava clinicamente em tudo, as vigas, os portões de aço nada que era metálico passava desapercebido pelo olhar do deus.

Levando a mão no bolso ele começou a caminhar, em sua mão estavam um celular um Samsung Galáxs S5, olhando para o aparelho ele percebeu que aquele dia era um sábado e que eram 08:00 da manhã.

Entrando na rodoviária ele olhava os guichês decidindo o seu destino.

- Várias cidades e estados para visitar! – Disse o deus ainda decidindo o seu itinerário.

Hefesto continuava em dúvida até que um lugar de atraiu a sua atenção.

- Cidade de Olímpia? – O lugar atraiu a atenção de Hefesto pelo fato da cidade ter recebido o nome do monte Olímpo local onde se encontram os deuses gregos.

Hefesto comprou uma passagem que estava marcada para as 08:30. Olhando novamente o celular percebeu que ainda tinha mais 20 minutos livre e resolveu dar uma volta pelo local.

Na rodoviária ele olhou algumas lojas de lembranças e caixa eletrônico. Algumas mulheres no local olhavam atentamente para o deus que quando as olhavam de volta elas se derretiam. Hefesto sorrio e continuo o seu percurso.

Ao perceber que faltavam 5 minutos o deus caminho em direção a sua plataforma a B – 12. Durante o percurso Hefesto percebeu algo que havia esquecido de trazer consigo "uma mala. "

Olhando em volta e ao perceber que ninguém o estava observando, o deus estalou os dedos e uma pequena mala preta era visível em sua mão. Com um sorriso no rosto ele entregou sua passagem e adentrou no utilitário.

A poltrona de Hefesto era a de número 22 nos fundos, ao encontrar o seu acento ele percebeu que uma jovem iria ser sua companheira de viagem. Ela deveria ter em torno de 18 a 22 anos, pele branca, olhos castanhos escuros e lábios rosados. Cabelos castanhos claros e lisos, mas na metade até as pontas estavam encaracolados. Estava usando calça preta com botas da mesma cor, uma camisa branca, e uma blusa marrom. Ela estava na janela e ao ver Hefesto o seu olhar o mediu de cima a baixo. O deus colocou sua mala na parte de cima do acento e sentou ao lado da jovem.

- Olá. – Disse a jovem com a voz doce e infantil. – Meu nome é Lizzel Magnólia prazer.

- O prazer é meu Lizzel. – Respondeu o deus sorrindo. – Meu nome é Hefesto Olimpus!

- Hefesto? Igual ao deus ferreiro grego?

- Isso mesmo e pelo que vejo entende de mitologia.

- Sim, na verdade eu amo mitologia, estou cursando história na faculdade, mas eu quero me especializar em Mitologia.

- Então quer ser uma "Mitóloga" como a minha mãe era?

- Sim eu quero sim e então sua mãe era uma mitóloga?

- Sim ela era sim por isso me deu o nome de Hefesto, o meu pai ele era chefe de manutenção de aeronaves, minha mãe me dizia que quando eu nasci ela logo viu que eu seria como o meu pai, bom em trabalhos manuais e por isso me deu o meu nome em homenagem ao deus grego.

Hefesto se surpreendeu consigo mesmo, com a história que foi capaz de inventar.

- Uauu isso é incrível. – Disse Lizzel e Hefesto sorrio. - E você realmente trabalha com mecânica ou algo do tipo?

- Sim a minha mãe estava certa sou um dos engenheiros mecânicos da BMW.

- Uauuu. – E ela voltou a sorrir. – Um dia quero ser como a sua mãe! – Hefesto a olhou atentamente esperando sua conclusão. – Quando eu tiver o meu filho gostaria de batiza-lo com o nome de alguma divindade, tenho dúvidas entre três Poseidon, Dionísio e Hermes. Acho o nome deles lindo.

Sorrindo Hefesto continuou conversando com Lizzel durante o trajeto, contou a ela que resolveu tirar umas férias e recomendaram a ele a cidade de Olímpia para visitar. Lizzel também informou que estava de férias, mas da faculdade e iria passar as férias na cidade também no seu caso se dava pelo fato de sua mãe trabalhar na cidade.

Ela explicou que sua mãe é médica, e que escolheu trabalhar naquela cidade por ser perto do campo e fugir do estresse e da correria da cidade.

                                                                                     ***

Na metade do trajeto o ônibus começou a dar problemas e parou no acostamento. O motorista verificou e informou a todos que iria demorar para chegarem na cidade o que desanimou a todos.

- Droga! Era só o que faltava. – Disse Lizziel mostrando estar irritada. – Ficar parada no meio do nada.

- Acho que meu trabalho nunca me deixa. – Disse Hefesto sorrindo e Lizzel o olhou curioso.

O deus ficou em pé e pegou sua mala, abrindo um dos bolsos ele retirou um pequeno estojo e o abrindo mostrou a Lizzel. Dentro havia algumas ferramentas, parafusos e peças.

Hefesto caminhou pelo corredor e Lizzel o seguiu. Ele conversou com o motorista informando que era mecânico e se poderia dar uma olhada. Ao receber autorização o deus caminhou até o motor de deu uma olhada. Hefesto abriu a tampa do motor e verificou todos os cabos.

- Aqui achei o problema. – Disse o deus apontando para um dos cabos que visivelmente estava danificado. – Ainda bem que eu tenho um reserva, era um de um dos carros que eu trabalho eu só deixei para uma emergência.

- E agora aconteceu alguma. – Disse Lizzel sorrindo e Hefesto sorrindo também assentiu.

Ao terminar de trocar o cabo danificado e colocar o outro no lugar, Hefesto pediu para o motorista dar a partida e o ônibus pegou.

Todos comemoraram e Hefesto informou ao motorista que havia feito um reparo de emergência, conseguiram rodar mais algumas horas apenas. O motorista informou que a cidade estava próxima apenas a 45 minutos de onde estavam e de lá o veículo seria recolhido.

Enquanto caminhava para o seu lugar os demais passageiros agradeceram a Hefesto por ter resolvido o problema.

- Você é o herói de todos aqui! – Disse Lizzel sorrindo.

- Não nem sou herói só apenas um mecânico.

- Bom senhor mecânico o senhor nos salvou de ficar horas parados no meio do nada até alguém vir nos ajudar.

- Bom... podemos dizer que sou herói então!

O dois começaram a rir e seguiram viagem.

                                                           ***

Exatamente as 12:00 o ônibus desembarcou na rodoviária da cidade de Olímpia. Antes de sair os passageiros e o motorista novamente agradeceram a Hefesto pela a ajuda durante o problema.

Quando desembarcou o deus informou a Lizzel que iria procurar um hotel para se hospedar. Ela disse que conhecia um que ficava próximo da rodoviária e os dois caminharam até o hotel.

Durante o curto trajeto Lizzel informou que a cidade não era muito grande, tinha em torno de 40 mil habitantes, era uma mini- cidade no meio do campo. Em qualquer direção que olhasse Hefesto podia ver partes de lavouras, vacas, bois, cavalos, realmente o lugar era calmo, embora estivessem em uma cidade a presença do campo de alguma maneira ajudava a diminuir um pouco o famoso estresse da cidade.

- É aqui chegamos. – Disse Lizzel parando na frente do hotel. – É um lugar não muito luxuoso, mas tem luxo e também é bem barato.

- Muito obrigado Lizzel pela companhia e por me trazer até aqui!

- Não há de que foi um prazer ajudar, sei que vamos nos encontrar por aí. Qualquer coisa pode me encontrar no parque da cidade amo ir até lá para ler!

- Combinado será um prazer poder vê-la novamente.

Sorrindo Lizzel se despediu dando um beijo no rosto de Hefesto e seguiu andando.

- Odeio admitir. – Disse Hefesto enquanto avistava a jovem partindo. – Ares estava certo, os humanos são muito divertidos.

Sorrindo o deus entrou no hotel para se hospedar.

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