Capítulo 4

A rotina diária continuava a se desenrolar, e Eduardo tentava se ajustar à nova realidade após a perda de Helen. O tempo havia passado, mas a dor ainda era intensa, uma constante lembrança de sua ausência. A vida em casa estava se ajustando lentamente a uma nova normalidade, e as interações entre Eduardo, Lucas e Caroline começavam a se estabilizar, embora o luto ainda estivesse presente.

Eduardo acordou naquela manhã com uma sensação de cansaço que parecia não ter fim. A noite anterior fora particularmente difícil; ele havia sonhado com Helen, e o sonho o deixou com um sentimento misto de consolo e tristeza. Ele se levantou e se preparou para o trabalho, com a esperança de que o dia fosse um pouco mais fácil.

Na cozinha, Caroline já estava de pé, preparando o café da manhã. Lucas ainda estava dormindo, e Caroline usava esse tempo para refletir e tentar encontrar algum sentido de normalidade em meio ao caos emocional.

Caroline (para si mesma): Um dia de cada vez. É isso que Helen diria.

Quando Eduardo entrou na cozinha, Caroline ofereceu um sorriso gentil. Ela estava se esforçando para manter um semblante de normalidade e criar um ambiente acolhedor, apesar do luto que ainda pairava sobre eles.

Caroline: Bom dia, Eduardo. Como você está?

Eduardo: Bom dia, Caroline. Estou indo. Mais um dia para enfrentar.

Caroline: Se precisar de algo, me avise.

Eduardo fez um esforço para participar da conversa, mesmo que sua mente estivesse distraída. Enquanto tomava seu café, ele pensava nas responsabilidades do trabalho e em como as coisas haviam mudado. A ausência de Helen estava presente em todos os aspectos de sua vida, e ele sentia que, apesar dos esforços para seguir em frente, estava sempre lutando contra uma maré de tristeza.

Após o café da manhã, Eduardo se dirigiu ao escritório, onde a rotina de trabalho o aguardava. Ele entrou em sua sala, tentando se concentrar nas tarefas do dia. O trabalho oferecia um certo nível de distração, mas também lembrava constantemente de Helen, pois muitos dos projetos e iniciativas haviam sido compartilhados com ela.

Ao longo do dia, Eduardo enfrentou uma série de desafios. A empresa estava lidando com uma reorganização significativa, e ele precisava tomar decisões importantes sobre a reestruturação. As reuniões foram intensas e cheias de pressão, e Eduardo percebeu que o trabalho, embora necessário, estava se tornando uma fonte de estresse adicional.

No final do dia, Eduardo saiu do escritório exausto. A tentativa de se manter ocupado não tinha sido suficiente para afastar o peso emocional que carregava. Ele dirigiu para casa, desejando que a noite trouxesse algum alívio para a dor.

Ao chegar em casa, Eduardo encontrou Lucas e Caroline na sala de estar. Lucas estava assistindo a um jogo de esportes na televisão, tentando se distrair, enquanto Caroline estava sentada com um livro, aparentemente perdida em seus pensamentos.

Eduardo: Como foi o dia de vocês?

Lucas: Foi um dia comum. Estou tentando manter a mente ocupada com o trabalho e o esporte.

Caroline: Eu passei o dia organizando algumas coisas para o bebê. Há sempre algo para fazer.

Eduardo se sentou ao lado de Caroline, e Lucas mudou o canal para uma estação de notícias, mantendo a distração. O ambiente era calmo, mas a tensão ainda estava presente, uma lembrança constante da perda que todos estavam enfrentando.

Eduardo (tentando manter a conversa): Vocês têm planos para o fim de semana?

Lucas: Não muitos. Talvez um passeio no parque, se o tempo estiver bom. Precisamos aproveitar um pouco o ar fresco.

Caroline: Isso parece uma boa ideia. Um pouco de tempo ao ar livre pode ser bom para todos nós.

Eduardo concordou, sentindo que uma mudança de cenário poderia ser benéfica. Ele precisava de um tempo para respirar e tentar aliviar a carga emocional que carregava. O passeio no parque poderia ser uma forma de escapar, mesmo que temporariamente, das memórias dolorosas.

O fim de semana chegou, e o tempo estava favorável para um passeio. Eduardo, Lucas e Caroline decidiram visitar o parque local, um lugar que Helen havia amado por sua beleza natural e tranquilidade. Eles se dirigiram para lá, tentando se concentrar em desfrutar do momento e encontrar algum consolo na companhia um do outro.

No parque, Eduardo caminhou ao lado de Caroline e Lucas. O ambiente era vibrante e cheio de vida, com famílias e crianças brincando ao redor. O contraste entre a alegria do parque e a tristeza que eles carregavam era marcante, mas havia algo reconfortante em estar rodeado pela natureza e pela energia positiva.

Eduardo (observando as crianças): Helen adorava vir aqui. Ela sempre dizia que era o lugar perfeito para relaxar.

Caroline: Eu me lembro. Ela sempre tinha um sorriso no rosto quando estava aqui.

Lucas: É um lugar bonito. Faz sentido que ela gostasse tanto daqui.

Eles continuaram a caminhar, passando por áreas de piquenique e por um lago sereno. A conversa fluiu de maneira natural, e as memórias de Helen foram discutidas com um tom de carinho e saudade. A presença de Caroline e Lucas oferecia um tipo de conforto que Eduardo estava começando a valorizar mais.

Enquanto o grupo encontrava um local para se sentar e fazer um piquenique improvisado, Eduardo percebeu que a companhia de Caroline e Lucas estava ajudando a suavizar um pouco a dor. Ele se sentiu grato por ter uma rede de apoio, mesmo em meio ao sofrimento.

Caroline: Acho que estamos prontos para comer. Trouxe alguns lanches que preparei.

Eduardo: Parece ótimo. Agradeço por preparar isso.

Enquanto comiam e conversavam, Eduardo começou a sentir uma leve sensação de alívio. O ambiente descontraído e a interação com Lucas e Caroline estavam proporcionando um pequeno escape do peso do luto. Ele ainda sentia a ausência de Helen profundamente, mas havia um reconhecimento crescente de que, apesar da dor, era possível encontrar momentos de paz e conexão.

O tempo passou rapidamente, e o sol começou a se pôr. O parque estava se esvaziando, e o grupo decidiu que era hora de voltar para casa. A tarde havia sido um lembrete de que a vida continuava, mesmo que de uma maneira diferente.

Na volta para casa, Eduardo refletiu sobre o dia. O passeio no parque foi uma pausa bem-vinda, mas ele sabia que o processo de luto ainda estava longe de terminar. No entanto, a experiência havia mostrado que era possível encontrar um pouco de normalidade e apoio em meio à dor.

Ao chegarem em casa, Lucas e Caroline foram para seus próprios quartos, cansados, mas um pouco mais tranquilos. Eduardo decidiu passar algum tempo no jardim, onde sentou-se novamente no banco de pedra. Ele olhou para as flores e para o céu estrelado, sentindo uma mistura de paz e saudade.

Eduardo (pensando em voz alta): Helen, hoje foi um dia difícil, mas também foi um lembrete de que há beleza e consolo em meio à dor. Estou tentando encontrar uma maneira de seguir em frente, e a presença de Lucas e Caroline me ajuda mais do que posso expressar.

Enquanto Eduardo estava imerso em seus pensamentos, Caroline apareceu no jardim, segurando um pequeno buquê de flores. Ela havia colhido algumas flores do jardim para trazer um pouco de alegria para a noite.

Caroline: Pensei que você poderia gostar disso.

Eduardo: Obrigado, Caroline. É um gesto gentil.

Caroline se sentou ao lado dele, e os dois passaram um tempo juntos, compartilhando o silêncio da noite. A presença dela trouxe um pouco de conforto, e Eduardo sentiu que estava começando a encontrar uma nova forma de apoio e compreensão.

Eduardo (pensando): Talvez, com o tempo, possamos encontrar um novo caminho para seguir em frente, juntos.

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Comments

Clesiane Paulino

Clesiane Paulino

tadinho deles🥺🥺🥺

2025-01-14

0

Lalá

Lalá

Família unida vencendo a dor...

2024-09-30

1

Ver todos

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